Este é o breve diário possível de uma experiência única com um vulcão de emoções.
O álbum de fotografias, no fim, completa a escrita.
Este é o breve diário possível de uma experiência única com um vulcão de emoções.
O álbum de fotografias, no fim, completa a escrita.
O verão do início de abril, coincidente com a Páscoa, trouxe alegria ao Portugal turístico, encheu as praias e os restaurantes de estrangeiros a saborear a “boa cozinha portuguesa” com Coca-Cola. Todavia, por esse país fora ainda vai subsistindo um Portugal que chora e sofre com este verão de abril. O Portugal verdadeiro, sobretudo o Portugal húmido (a norte do Tejo), está seco. Os riachos secaram, os musgos estão amarelos e não há erva para os animais. O Tejo também já o mostra, seja pelo caudal, seja pela má qualidade, aparente, da água; e estamos só em abril. Dois mundos de costas voltadas, entre o bom tempo imaginário e o mau tempo verdadeiro. Dois mundos que raramente se tocam.
Por todo o país, da arquitetura à medicina, da moda ao desporto, há Saras que se distinguem e que são permanentemente ignoradas. Este país, que todos conhecemos, tem aversão a distinguir e reconhecer o mérito, sobretudo no feminino.
Na verdade, o desporto, pelo mediatismo que tem, presta-se muito para a referência e o exemplo.
Sara Moreira, a enorme atleta portuguesa, merece todo o reconhecimento que se lhe possa fazer. Quase que apetece escrever que há mais vida para além de Ronaldo, obviamente sem o mínimo desprimor para este. Um ano depois de ter sido mãe, Sara Moreira, na estreia da distância, consegue o terceiro lugar na maratona de Nova Iorque. Quem corre uns quilómetros, como aqui já confessei que faço há mais de 40 anos, consegue fazer uma modesta ideia do que significa ficar em terceiro nos 42,192 quilómetros de uma das mais emblemáticas provas do atletismo mundial, ainda por cima quando se está a estrear na distância. “Sou ambiciosa e acredito sempre”, disse a atleta a propósito do que viveu em Nova Iorque, no dia que é apenas o culminar de uma vida de trabalho, persistência e dedicação.
[ este texto é de Vanessa Scnhitzer, uma jovem talentosa Engª do Ambiente, que pensa alto. Tal como nos ensina J Tolentino Mendonça há que juntar saberes e sabores, os telhados verdes, para a imensa população urbana, são o juntar o campo à cidade ]
As cidades tornaram-se cinzentas, perderam a sua capacidade produtiva para serem predadoras, ávidas e egoístas, consumidoras de recursos, da biomassa produzida nas zonas rurais. A necessidade de recuperação de espaços verdes, que até aqui tinham sido “roubados” pelo crescimento das cidades, tornou-se uma imperiosa necessidade. É necessário incluir as cidades no ciclo de produção ecológica, tornando-as mais sustentáveis e sensíveis aos impactos que elas exercem sobre as paisagens que sustentam a vida humana: “a cidade invadiu o campo, agora chegou o tempo de o campo invadir a cidade.”
Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan