No passado domingo, como acontece todos os meses, andei com o “Tejo a pé”, um grupo informal de caminheiros, no Oeste. Andar pelo campo é do melhor que podemos fazer por nós. Andar, como é simples e acessível a todos, na generalidade esquecemo-lo. Um errado modo de vida assente numa tecnologia de valores e efeitos duvidosos para aí nos conduziu e a isso nos convida. Nós deixamo-nos ir. Entretanto, pelo Oeste, neste passo a passo de caminheiros demos com uma enorme cerca onde estavam umas largas dezenas de cabras. Realçava, no meio de alguma bandalheira, o vivo laranja de muito mogango que tinha sido dado aos animais como alimento. Rapidamente se ouviu, dito por um local, “este ano houve muitas abóboras”. A poucos quilómetros, aqui no Alentejo, das ditas abóboras, ou seja do mogango, resulta uma das melhores sopas que pode sair de qualquer cozinha: o feijão com mogango.