coisas de vinho – tabernas do Alentejo, arte e ciência

depois de 18 edições da Coisas de vinho (fase 0) passamos às Tabernas do Alentejo – arte e ciência (fase 1) e vamos chegar ao Enoturismo 4.0 – saberes e sabores (fase 2).

dia 18, 18:00, no magnífico Centro de Ciência Viva de Estremoz vamos assinar o contrato com o OPP 2017, aceite o nosso convite:

 

dia 24 de maio, 18:30, na Herdade da Comenda Grande temos mais uma excelente coisas de vinho, a tertúlia do vinho no Alentejo, imperdivel. Aceite e o nosso convite:

 

abrilada

Comemorar o 25 de Abril em Lisboa foi a escolha. Para fugir à confusão do dia os “novos” jardins Botânico e Cerco da Graça eram as hipóteses. A escolha caiu na Graça. O jardim é um espanto. Para além de turistas tinha gente que fazia de tudo um pouco, até de fato de banho a apanhar banhos de sol. Muito positivo um jardim vivo e vivido. Quanto dinheiro gasto há por este país que ninguém vive?  De resto, muitos turistas e obras, assim é Lisboa. Estamos em obras para os turistas. Quando esta febre passar, ou será que se julga que não passa?, veremos o que sobra e para quem sobra?

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turismo com ciência

Apesar de alguma degradação ecológica, sempre negada pelo Ministério do Ambiente, e exagerada por ecologistas, Portugal goza de um conjunto de patrimónios únicos e de grande valor. Entre eles destaca-se o património natural, que nos dá uma enorme riqueza, não quantificada, se não ignorada. Aqui, sim, está o nosso valor distintivo até para o turismo, para além de tudo o resto, como a agricultura.  O sucesso do próprio sector vínico quase tudo deve à enorme geobiodiversidade que temos.

Vem isto a propósito da “cauda longa” aplicada ao sector do turismo. Podemos e devemos estruturar produtos turísticos que abranjam franjas do mercado de alto valor e distintivas; isto é, que outros não têm. Muito para além do lugar-comum “turismo de natureza” – onde quase tudo cabe –, devemos atender ao turismo científico. O novo Dino Parque na Lourinhã, que trouxe novamente o tema dos dinossauros para as páginas dos jornais, é um excelente exemplo. Este Parque só existe parque há em todo o litoral do Oeste, de Torres Vedras a Peniche, um património paleontológico Mesozóico ímpar. Poucos territórios no mundo têm tantas jazidas mesozoicas como o Oeste. Todavia, como sempre acontece por esta terra, este magnífico território geológico está dividido administrativamente por concelhos e, sobretudo, pela cabeça dos actores: a Lourinhã tem um excelente grupo de especialistas e Torres Vedras tem outro. É mais ou menos como no surf, cada um com a sua onda. Portugal tem, na verdade, um enorme e incomparável potencial para o turismo científico de grande valor. A própria capital, Lisboa, tem um enquadramento natural ímpar, a Reserva Natural do Estuário do Tejo é um hot spot mundial em matéria de aves. Quase no centro de Lisboa, do outro lado, em Vila Franca, há uma infraestrutura magnífica, que os outros não têm, o EVOA (Espaço de Visitação e Observação de Aves) que, absurdamente, se bate com dificuldades para sobreviver. Quantos portugueses conhecem o EVOA? Como se pode promover um recurso desta dimensão se nós próprios não o conhecemos? Os atores do turismo em Portugal conhecem o EVOA? Depois da massificação, da quantidade, é avisado diferenciar e valorizar.

Artigo completo:

https://www.dropbox.com/s/96r2wd7lbwrwoov/carlos%20cupeto%20-%20turismo%20com%20ci%C3%AAncia%20-%20Expresso%205%20maio%202018.pdf?dl=0

o vinho ao fim da tarde – Coisas de vinho

mais uma tertúlia muito a propósito: o vinho ao fim da tarde, ou, o que os mais antigos recordam, o vinho do trabalho.

mais uma vez, no velho Estrela d’ Ouro, a casa encheu. É curioso notar que para além dos muitos que são habituais há um significativo número de participantes que se identificam totalmente com o tema do mês.

reportagem no Diário do Sul:

https://www.dropbox.com/s/c2d7hjyxbsiwgau/coisas%20de%20vinho%20-%20DS%2023%20Abril%2018.pdf?dl=0

queixume

Não parece, mas é verdade, todas as semanas penso em escrever coisas positivas e não reclamar. Mas o país não ajuda e as nossas cabeças estão muito mais dimensionadas para o “mal dizer”. É bem mais fácil. Muito mais fácil se ficarmos por aí e se não pensarmos em melhores alternativas: como fazer melhor?  O mundo seria muito mais feliz se andássemos todos pela positiva, a começar por mim. Alguém escreveu um dia que “o mundo é aquilo que vemos”. O queixume é dar força ao que não queremos; isto é, a coisa fica ainda pior. Na verdade, o principal actor da minha vida sou eu e por isso sou eu que decido os tons daquilo que vejo.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan