sociedades secretas na Conversas de Cesta

Participar é um dever.

Participar é bem mais do que estar presente, é partilhar.

A tertúlia Conversas de Cesta vai para a sua 9ª época, cerca de 150 sessões realizadas sobre os mais variados temas, centenas de participantes.

Conversas de Cesta é uma rede informal de partilha de saberes úteis de participação livre.

Dia 24 de setembro às 18:00 na Parede/Carcavelos – Livraria Mais:

Sociedades Secretas; João Gonçalves.

Sinta-se convidado e partilhe com os seus amigos e contactos.

 

 

que turismo?

Para que fique claro, mais uma vez escrevo, só um parvo é contra os turistas e o turismo. Não é disso que se trata, é sim a forma como se faz esta coisa fantástica que se chama turismo. Só um estúpido é que desmerece os turistas que nos visitam, Prof. António Barreto, in: Diário de Notícias de 27 de agosto de 2017.

Todavia, por muito que o custe admitir vivemos apenas o imediato, esta é industria mais predadora do século XXI: o objectivo é viajar cada vez para mais longe em menos tempo com a intensidade máxima, dando uma nova expressão à máxima do “quanto mais melhor.” Acresce ainda que, depois da viagem em low cost, o turista no destino exige e consome sem limites. Este turismo é um produto do nosso tempo com uma factura de valor incalculável, que inevitavelmente será cobrada um dia: “faz e leva o quiseres desde que pagues”, o quanto basta para o nosso contentamento.

No jornal Expresso de 26 de agosto.

artigo completo:

https://www.dropbox.com/s/sqgirvzhnv3fgmx/c%20cupeto%20-%20turismo%20-%20Expresso%2026%20agosto%202017.pdf?dl=0

otros mundos

depois de quatro anos e meio e mais de quatro dezenas de textos, Otros Mundos merece alguma reflexão.

se “a escrita é uma arte, e não uma ciência”, serei um artista? Não me parece.

todavia, no mínimo, devo perguntar: comuniquei bem? tentei agradar aos leitores e partilhei alguma coisa que gostem e lhes seja útil?

dei-lhes uma escrita que os divirta, informe, persuada e expressei os meus pensamentos e convicções de forma clara?

dei-lhes o que eles queriam?

quero que Otros Mundos seja uma rede informal de partilha de saberes e informação útil, norteada pelo bom senso.

para isso, antes de publicar, pergunto:

  1. é fácil perceber qual é o tema?
  2. qual a importância e actualidade do tema como contributo para um Mundo melhor e mais justo?
  3. todos os parágrafos têm um propósito e uma sequência lógica?
  4. as principais ideias estão destacadas?
  5. é necessária mais informação, exemplos ou episódios?
  6. a informação está suficientemente clara?
  7. há ideias genéricas que necessitam de fundamentação?
  8. é preciso explicar algum termo técnico?
  9. há repetições desnecessárias?
  10. o tom é adequado e consistente?
  11. as frases são claras?
  12. há palavras e ideias vagas?
  13. há erros de gramática?
  14. há erros de pontuação?
  15. isto interessa a quem o vai ler?

tudo isto e algo mais sempre sem medo de assumir o que escrevo.

tento  evitar “aos costumes disse nada”;  não gosto nada de me esconder atrás das palavras ou de lugares comuns, o cinzentismo arrepia-me e causa-me náuseas.

agradeço muito a duas pessoas, sem elas não haveria otros mundos, ao Paulo Ribeiro e ao Carlos Pessoa.

assumidamente Otros Mundos quer, não só fazer parte da mudança, mas também fazer a mudança.

wine tourism

turismo com alma, aquele que acrescenta valor à nossa terra porque os actores são a nossa gente e os protagonistas os turistas.

turistas de última geração, os que participam e fazem parte da história:

– visita à vinha e breve história geológica – porque razão a mesma planta/casta 50 metros ao lado dá um vinho diferente?;

– apresentação do vinho e prova;

– o sabor do lugar.

  • notícia no jornal Público:

https://www.dropbox.com/s/1rae5rg4n2nn2jb/A%20hist%C3%B3ria%20da%20Terra%20num%20copo%20-%20P%C3%BAblico%203%20ago%202017.pdf?dl=0

  • descrição da “história da Terra num copo”:

https://www.dropbox.com/s/b64vx0eladyyw56/doc%20de%20apoio%20hist%20da%20Terra%20num%20copo%202017.pdf?dl=0

  •  a “história da Terra num copo”em imagens:

https://www.dropbox.com/s/4wek654a8s1nt6a/a%20hist%C3%B3ria%20da%20Terra%20num%20copo%20em%20imagens.pdf?dl=0

barcelona

ri palhaço. chora homem. sofre cão.

em mais um dia muito triste, depois de uma barbaridade, que dificilmente se compreende e aceita como manda a Bíblia, nada mais falta ler, ouvir e ver.

entretanto este jardim retângular, (des)governado por  um bando de irresponsáveis e incompetentes, não precisa de terroristas, as árvores encarregam-se do trabalho, quando ardem ou caem.  Continuamos em festa, como ontem se viu o PR e Primeiro Ministro em Pedrogão na nova cozinha da velhinha de 91 anos. Tudo normal, a irresponsabilidade não é responsável. Os turistas que venham em quantidades e levem o que quiserem desde que paguem alguns euros, mesmo que o país morra à sede. Ainda ontem às 15:00 com 40ºC em Montemor – o – Novo um joper regava abundantemente uma pateta rotunda relvada.

pouco tempo depois de Barcelona um (ir)responsável governamental apressou-se a adiantar que não haviam portugueses entre as vitimas; “uf correu tudo bem!”. Vinte e quatro horas depois sabemos que há uma portuguesa entre as vitimas mortais e a jovem neta está desaparecida.

isto de zero mortos ou um morto, num país onde se arde com alguma facilidade, não tem muita importância, apenas revela e confirma uma enorme irresponsabilidade e incompetência.

 

mágicos do turismo

Continuamos, por mais umas semanas, no tal tempo de férias. Por muito que custe a admitir o sucesso do turismo é apenas o imediato e esta é “apenas” a industria mais predadora do século XXI: o objetivo é viajar cada vez para mais longe em menos tempo com a intensidade máxima, dando uma nova expressão à máxima do “quanto mais melhor.” Depois da viagem em low cost, o turista no destino exige e consome sem limites. Este turismo é um produto do nosso tempo com uma fatura de valor incalculável, que inevitavelmente será cobrada um dia: “faz e leva o quiseres desde que pagues”, o quanto basta para o nosso contentamento. No fim, como sempre é, resta-nos uma certeza o custo disto vai ser enorme. Tudo o que estamos a vender como produto turístico (monumentos e pouco mais) todos os outros têm, muitas vezes melhor.

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despovoamento do campo

O conhecido jornalista José Gomes Ferreira diz em O Mirante que “a desertificação do mundo rural é uma tendência irreversível”. Refere-se ao despovoamento, claro, mas felizmente está equivocado. Na verdade, como bem diz, o abandono do campo não é um fenómeno português, mas global. Diz-se que cerca de 80 por cento dos europeus vivem em cidades, mas suponho que não são cidades como Santarém e Abrantes; são das outras, grandes, onde há muito deixou de haver estações do ano. Só que esta verdade de hoje é meramente circunstancial e um dia destes, num repente, a coisa vai mudar. É inevitável que mude.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan