primavera

para além do betão e asfalto há um mundo ao pé de casa que nos transporta para um modo de vida que esquecemos.

para além do betão e asfalto há um mundo ao pé de casa que nos transporta para um modo de vida que esquecemos.

Longe vão os tempos em que as estações do ano marcavam bastante a vida das pessoas. Muito do que eram as atividades laborais e de lazer, com as festas tradicionais à cabeça, estava intimamente associado aos ciclos da natureza. O modo de vida das pessoas integrava-se bastante bem com a natureza. As feiras sazonais eram o reflexo da época do ano e as pessoas procuravam-nas na busca dos produtos próprios de cada tempo.

Nos tempos atuais, a diferença é tão grande que muitas vezes a linguagem e as atitudes nos colocam, a nós humanos, como se tivéssemos fora desta casa que é a Terra.

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bolsa de turismo

fotografia

 

Como se sente por todos os lados, o turismo está em alta em Portugal.

Lamento, mas não sou tão optimista. Acredito muito que os positivos resultados no sector do turismo em Portugal se devem essencialmente ao efeito da dinâmica internacional do sector e não ao mérito próprio.

A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) mostrou isso. A análise tem que ir muito para além do número de expositores ou visitantes e concluir que a BTL deste ano foi a melhor de sempre. O que significa essa conclusão?

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1 ano

 

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otros mundos faz 1 ano.

1 ano igual a 84 publicações onde a palavra chave é “emoções”, mais ou menos racionais, depende.

se for como alguns mestres dizem: para saberes o futuro olha para o teu dia de hoje, daqui a um ano cá estaremos a comemorar mais umas dezenas de escritos; e assim por diante.

otros mundos tem a magia de incluir também este, por isso aqui vamos ficar.

 

perto e longe da porta

O tema das alterações climáticas lê-se por todo o lado. Mas mais do que ler também se sente e alguns de nós não acreditam nisso.

É um daqueles assuntos que se prestam a que cada um, na sua boa terra, pense que nada tem a ver com ele.

Como explico à minha mãe, com quase 80, anos que isto também lhe deve importar?

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parques urbanos

 

a charmosa Portalegre onde a serra e a cidade se confundem

a charmosa Portalegre onde a serra e a cidade se confundem

A debandada do campo para a cidade é uma realidade.

Parece que 80% dos europeus vivem em cidades e que 40 milhões de chineses por ano deixam os campos e rumam às cidades à procura de melhor vida.

Também nesta realidade as nossas terras são diferentes, na maioria o campo e a cidade, vilas e aldeias, confundem-se. Somos ainda um país de hábitos de vida marcadamente rurais com tudo o que de bom o campo tem.

Além disto, muitas terras têm magníficos parques urbanos a convidar à memória do campo. Que o digam as terras ribeirinhas do Tejo e outros rios.

Isto é, os parques urbanos são destacados elementos de sustentabilidade no espaço urbano. A essência desta afirmação reside na utilização ambiental, social e economicamente inteligente que é dada ao que de melhor a natureza proporciona e que permite, em termos práticos, uma valorização significativa dos recursos naturais e uma redução substancial dos custos de intervenção e de manutenção.

Todavia, os parques urbanos são muito mais que “só” isto.

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garças e patos

 

paúl do Boquilobo, o charme das zonas húmidas (2 de março de 2014)

paúl do Boquilobo, o charme das zonas húmidas (2 de março de 2014)

Desde sempre no Tejo a Pé passámos a mensagem que o tempo para caminhar está sempre bom, umas vezes com sol, outras com chuva. O que verdadeiramente conta é o “tempo da cabeça de cada um”.

Com a ameaça de chuva mas, praticamente, sem chuva, os nossos passos pisaram as margens do Almonda e paúl  do Boquilobo. Terras por onde andaram os romanos, como testemunha a vila de Cardílio, que também visitámos, e certamente muitos outros. Onde há um rio há vida e assim foi sempre – os rios sempre atraíram pessoas.

A passo vivemos mais um pouco de um rio com vida, a possível.

 

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+ opinião

A democratização da opinião é um fato. Ainda bem que assim é. Muitas vezes é um dever, bem mais que um direito.

Contribuir para a formação de uma opinião coletiva de valor é o caminho que devemos seguir. Neste caminho, ficar calado é a pior opção.

Deixar este dever só para sabichões é perigoso e não nos devemos habituar a isso. Todos temos cabeça. É importante que pensemos por nós e formulemos as nossas próprias ideias e convicções.  Só assim é que uma sociedade pode caminhar no sentido da riqueza.

Apesar de tudo, continuo a acreditar que o bom caminho é acabar com os pobres, incluindo os de espírito, e não com os ricos.

Tudo em pdf: 2014-02-27

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan