Catástrofe
planetária e Greta
O risco de uma catástrofe planetária é cada vez
maior; isto é uma enorme verdade. A coisa aparece com o nome de “alterações
climáticas”. Quase tão grave como esta realidade é o que se tem feito e a forma
como surge na casa de cada um: um folclore inconsequente, uma oportunidade política
para sacar mais uns votos, ou até uma moda, como todas as outras que, tal como
aparecem, da mesma forma se vão… Reparem que na atual campanha eleitoral todos os
partidos, ou quase, têm cartazes verdes a aproveitar a onda… Haja paciência,
mas não há. O ridículo chega ao ponto de ser uma garota, Greta, de um país rico
a liderar a festa.
Outra verdade é o tema ser mais um excelente campo
de negócio de milhões para os mesmos de sempre: os mesmos que aproveitaram
outras modas e que viraram agora especialistas em clima. Um dos produtos deste
negócio são os planos de ação contra as alterações climáticas; ridículos é pouco
para os qualificar. Há-os para todos os gostos e não há terrinha que não tenha
um pano destes. Data de 2006 um primeiro Programa Nacional para as Alterações
Climáticas. São os nossos impostos que os pagam aos tais consultores e
especialistas. Entretanto, por causa de mais uma cimeira, esta em Nova York, as
últimas semanas têm sido muito animadas.
Há paciência para manifestações, greves e recados de
garotas confortáveis na vida que fazem mais mal do que bem à causa? As ruas das
cidades ficam cheias de gente a gritar com cartazes, a cimeira passa e, como
todas as outras, “aos costumes disse nada”, ou seja, fica tudo na mesma – quem
tem piscina tem, viaja de avião as vezes que lhe apetece a custo escandaloso e
quem tem fome, fica com fome. Nada muda. Greves palermas para nada, a não ser
para tranquilizar consciências. Será que o Ministro do Ambiente também faz
greve?
Quantas cimeiras destas já houve? Quais foram os
resultados? Depois de cada cimeira a coisa piorou e continua a piorar. Por cá, temos
um modo de vida totalmente insustentável: consumimos limões do Chile e vamos
ali a Londres por 30 euros. Como é compatível a sustentabilidade do planeta com
o turismo que todos conhecemos, cada vez com mais intensidade e que se deseja
mais e mais? Tenham vergonha, deixem-se de cimeiras e fiquem em “casa” a fazer
o que devem.