quem disse o que é a arte?
a arte também está na garagem.
esta arte tem um motor e duas rodas, quase monocromática: o preto e os cromados.
saiu da garagem e transmitiu arte.
segredou arte aos artistas.
levou os artistas por paisagens nunca vistas; por terras onde por estes dias já choveu.
quem disse que a arte só está nos museus, galerias e outras tais?
A estrada do interior de Portugal que parte de Chaves e chega a Faro, ou o inverso; um país, o nosso, inteiro numa estrada, Portugal ao comprido. São 738 quilómetros, 35 concelhos e 11 distritos atravessados. Território com muita história e cultura dentro é, provavelmente, o melhor retrato da N2. Na verdade o “projeto rota turística N2” é coesão territorial e desenvolvimento para o interior. Viver a N2 numa Harley integrando um espetacular grupo do Lisboa Chapter Portugal foi um privilégio somado. Esta coisa de viajar com outras 13 HD ajuda muito mas, todavia, a N2 é efetivamente a rainha. Os imensos, ricos e diversificados patrimónios estão lá todos, a mais das vezes em poucos quilómetros tudo muda. Faltou-nos o principal recurso para respirar totalmente a N2, tempo. A N2 e tudo à volta exige-nos tempo. Tempo, o recurso que o nosso modo de vida nos rouba. Dois dias é muito pouco para tanto.
A história completa de uma viagem de Chaves a Faro, Portugal ao comprido:
https://www.dropbox.com/s/0rykwcvlx6c87b3/en2%20by%20hd.pdf?dl=0
Newsletter Lisboa Chapter HD – outubro 2017
https://app.flashissue.com/newsletters/e795e512f3bd02a8da05a6d85a9b1eb8525696cd
esta é a segunda parte da viagem pela estrada nacional 2 Chaves – Faro em Harley Davidson.
Artigo:
https://www.dropbox.com/s/cy4eac19yt4k868/en2%20by%20hd%20in%20ds%202.pdf?dl=0
esta é a primeira parte, de três, de uma viagem de Chaves a Faro, Portugal ao comprido, pela charmosa Estrada Nacional 2.
como sempre em Portugal poucos ainda compreenderam o enorme potencial deste produto turístico “on road”, porque tem de ser sempre assim?
https://www.dropbox.com/s/gf468eov1asamqi/en2%20by%20hd%20in%20ds%201.pdf?dl=0
Telhados de vidro, quem não os tem?
Provavelmente por razão hereditária paterna, cedo o meu gosto pelas duas rodas motorizadas se manifestou. O resto foi só uma questão de tempo, isto é, de trabalho. Para quem vive do seu trabalho, comprar uma moto, por muito grande que seja o sonho, dá trabalho. É preciso prescindir de alguma coisa e trabalhar para pagar o luxo de ter uma grande companheira. No que me toca, não há viagem como a de moto, o vento na cara, os cheiros, as curvas e as melhores paisagens não têm como ser melhor vividas. Depois de muitos anos com moto, por opção própria, houve a travessia do deserto e não gozei o privilégio de ter uma duas rodas durante uma dezena de anos. Até que, há meia dúzia de anos, o refrescante oásis bafejou a minha vida pela mão de uma Harley Davidson (HD), verdadeira peça de arte com rodas e motor. Tudo isto parece manifestamente exagerado, mas quem tem moto sabe do que falo.
Marilyn é a minha Harley que hoje inaugura uma nova categoria neste blogue.
Marilyn é, na verdade, Otros Mundos.
Uma mota é um sonho, uma Harley é divina.
Quem pode ter sabe o que escrevo, os outros consideram-me, no mínimo, parvo. Tentarei partilhar o melhor que sei para os convencer que a Marilyn me dá razão.
Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan