ribeira da minha aldeia

Várias foram as vezes em que aqui escrevi sobre a boa prática do andar, o exercício mais natural e prazeroso de todos. A última foi sobre o ir a pé para a escola. Num solarengo domingo de setembro, um grupo de amigos, a que chamamos Tejo a Pé, foi até Constância e na Aldeia da Pereira juntou-se aos bons profissionais locais da Ponto Aventura. A proposta era fazer algo diferente, um pouco para além de um passeio pedestre, mais ou menos longo, com bonitas e diversificadas paisagens. Até para fazer jus ao nome, Tejo a Pé, muitas vezes procuramos andar nas margens dos rios, ou nas suas proximidades. Desta vez a ideia, meio estranha (?), era andar dentro do rio. As instruções prévias a todos os participantes estavam dadas, designadamente a necessidade de uma muda de roupa seca no ponto de chegada. Mas a surpresa, a grande surpresa, foi mesmo a prática. Motivados por um guia muito experiente e conhecedor, alguns fizeram-se ao rio e foram por ali fora numa experiência única para todos os sentidos, como convém em situações pouco habituais.

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atitude certa

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Anabela Chastre motivou a Conversa de Cesta na passada 6ª feira.

Atitude Certa, foi o mote. Desde logo polémico: o que é certo?

A sua história de vida como um exemplo de uma atitude certa, para a Anabela.

Missão de vida (exemplar): “fazer a diferença na vida das pessoas”.

Certo, será sempre seguir o instinto.

Apetece concluir: sonha e a obra nasce.

(nunca esquecer que dá trabalho)

Em novembro continuamos.

jardim de ervas em Évora

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https://picasaweb.google.com/109212587513581186400/JardimDeErvasEmEvora9DeSetembroDe2015?authkey=Gv1sRgCLT9zuGz8NTJsgE#

Cada criatura manifesta o seu nível de Ser em cada ato.

Depois da, sempre excelente, estadia em Pardilhó ficam sementes que vão germinando.

A minha ligação à Terra é algo real e que me faz sentir bem. Por isso, talvez, a visita ao Parque Ambiental do Buçaquinho tenha motivado um olhar diferente para o pátio da minha abençoada casa em Évora.

Um pátio com muita alma, adormecido, que parece agora querer viver e fazer pessoas felizes.

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riqueza local

Depois de dois exemplos do Portugal bom, sobre os quais escrevi nas semanas anteriores, eis um terceiro que merece ser partilhado.

O Portugal de baixa densidade (despovoado) tem recursos ignorados. Fátima Saraiva, em Penela, leva por diante um projeto de empreendedorismo social que contraria a pobreza.  Surge a marca DAQUI.

Aceda aos  excelentes biscoitos artesanais de Penela:

https://docs.google.com/forms/d/1roWYwJfxsoflIfwdqBxWvgdCvYxRilyue23tSLNN3AM/viewform

Artigo completo em o O Mirante:

http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=85640&idSeccao=543&Action=noticia#.VijNmrmFPIU

Mais informação:

http://idei-a.blogspot.pt/2015/11/dar-uma-nova-vida-ao-mundo-rural.html#more

 

 

 

 

 

vagabundo

Vivemos entre o que é bom e mau. Tudo tem um rótulo e fronteiras.

Não sei se um vagabundo é uma criatura boa ou má? Vagabundear é bom ou mau? Os dicionários não são muito abonatórios.

Recordo-me de os ver, de quando em vez, quase sempre como seres meio misteriosos. No mínimo sem sabermos de onde veem e para onde vão? Muito menos o que os trouxe até aqui e o que os leva daqui.

Há muito que não vejo um vagabundo, provavelmente é uma espécie em vias de extinção, contrariamente a outras, os gays por exemplo parece estarem em franca expansão e com um estatuto muito positivo. Na mesma altura em que via vagabundos os gays eram paneleiros (panleiros no Alentejo) e a coisa não era muito abonatória. Tudo muda.

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Ronaldo tem uma nova namorada (alentejana)

Desculpem a “inovação” mas o conteúdo do texto não tem a ver com o título. Uma pequena “inovação” para trazer mais pessoas à leitura destas linhas.

Na verdade o assunto é a 5ª edição da CIEM ‘ 15 – empreender para vencer (www.empreend.pt) que por estes dias decorreu em Oeiras. O que ouvi foi muito para além das expetativas: bons estudos, bons exemplos e melhores ideias.

Sabendo, como se ouviu, que em Lisboa há mais de 100 incubadoras de empresas e outros tantos estabelecimentos de ensino superior, o baixo número de participantes é a nota mais negativa do evento. Este é o espelho do país que somos, isto é, uma vergonha. Provavelmente a razão é essencialmente cultural mas, nem assim, deixa de ser inaceitável. Certamente que a boa organização da CIEM terá também alguma responsabilidade.  Exemplos destes todos os dias ocorrem nas terras onde vivemos, boas e uteis iniciativas ficam para as moscas. Custa admiti-lo mas o português, é, por natureza, passivo e conformado; há sempre alguém (outro que não o próprio) responsável pelo problema (neste caso desemprego e pobreza) e por isso é a esse que compete trabalhar para a solução. Há sempre uma esperança que por de trás do nevoeiro alguém vai cuidar bem da coisa. Por esta altura a esperança chama-se “syriza português”, e mais não escrevo. (continua)

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surf improvável

Uma conversa improvável aconteceu no circuito mundial de surf que decorreu em Cascais. Conheci o Nuno Mesquita pela mão do António José Correia, o fantástico presidente da câmara de Peniche reconhecido no mundo do surf. O Nuno é arquiteto e juntou a sua paixão às suas competências. Como sempre, mesmo no surf, o caminho não é uma rampa a descer, é sinuoso e tem dificuldades, mas só pode ter sucesso quando os ingredientes são os que o Nuno tem.

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campo e cidade (living the rural way of life in the surrounding of cities)

Na verdade, esta natural simbiose nacional entre o campo e a cidade, aliada à nossa única e ímpar biodiversidade traduz-se numa grande vantagem perante a equação da sustentabilidade e da qualidade de vida. Devemos assim estruturar um modelo de desenvolvimento e oferecer um produto que promova o imenso património natural,construído e etnográfico/cultural que temos à escala local.

Como seria o abastecimento de água à grande Lisboa se o pinhal interior deixasse de ter a sua função na parte alta da bacia do Zêzere? E como seria a qualidade do ar se não existisse Monsanto?

In fact, this national natural symbiosis between the countryside and the city, coupled with our unique and odd biodiversity translates into a great advantage over the equation of sustainability and quality of life. We must thus structure a development model and offer a product that promotes the natural, built and ethnographic/cultural heritage we have at the local level.
How would the water supply of Lisbon be if the interior pinewood forest ceases to have its function in the upper basin of river Zêzere? And how would the air quality be if Monsanto did not exist?

Artigo completo em português/english:

https://www.dropbox.com/s/ym4ycbf0yefmak4/cc-cidades%20analiticas%20(1).pdf?dl=0

 

 

empreendedorismo social

Ontem, dia 9 (segunda 6ª f do mês) houve mais uma Conversa de Cesta.

Fátima Saraiva, gestora de formação, contou-nos a sua história e conversámos à volta do tema: dar valor aos recursos do interior (territórios de baixa densidade).

A Fátima, quis mudar de vida, deixou a banca e os seguros e foi em  busca de bem estar e qualidade de vida.

Vive em Penela (concelho a 30 min de Coimbra com 130 Km²  e cerca de 6000 pessoas) com paixão um projeto de empreendedorismo social.

A história conta-se em poucas palavras e acaba na valorização dos recursos endógenos, o que de melhor cada terra tem.

O EES Rural criou a marca DAQUI e caminha para uma cooperativa que pretende obter sinergias e dinamizar a economia local.

https://www.dropbox.com/s/p3x31h9mfaqsr3y/EES%20Rural%20Divulgacao%20A5.pdf?dl=0

A seguir em:

facebook EESRural

Fotografias:

https://picasaweb.google.com/109212587513581186400/ConversasDeCesta9DeOutubroDe20155DeRana?authkey=Gv1sRgCPnD6c26k-ScfQ

Conversas de Cesta, uma rede informal de partilha de informação útil – economia da partilha.

Dia, 23, 21:00, atitude certa –  a minha vida dava um livro com Anabela Chastre.

fugas a pé

 

Apresentação do livro Fugas a Pé

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Caminhar pode ser o melhor exercício que existe no planeta”, diz Gretchen Reynolds, autora do  popular blog de fitness Phys Ed.

Além do exercício físico, andar constitui-se como uma excelente forma de relaxamento e de observação do que nos rodeia e de nós próprios.

Há muito que perdemos a noção de tempo e espaço, é fundamental voltarmos a ter presentes essas dimensões. Só assim é possível vivermos melhor.

Além de sugestões de percursos a fazer em território nacional, o livro oferece sobretudo uma série de conselhos para todos os que se preparam para se pôr ao caminho. Que roupa é a mais adequada para caminhar? Como preparar a mochila? Que cuidados ter durante a caminhada? São apenas algumas das perguntas a que Fugas a Pé procura dar resposta.

“Quem caminha sabe que esta actividade é uma verdadeira terapia emocional, passo a passo encontramos o relaxamento e o bem-estar tão essenciais à nossa qualidade de vida”.

Este livro é um convite para que ande a pé. Experimente e verá.

http://fugas.publico.pt/Noticias/284139_fugas-a-pe-este-sabado-ha-livro-de-caminhadas?pagina=-1

No Público, loja online por 3,99€:

http://loja.publico.pt/products.php?product=Livro-Fugas-a-p%C3%A9

 

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan