floresta, fogo e comissão

[comissão técnica independente: há “comissões técnicas” que não são independentes? ]

João Guerreiro, coordenador da Comissão Técnica Independente (CTI), afirmou duas coisas lapidares que há muito escrevi nestas páginas: i. “As autoridades de protecção civil não entenderam bem o que podia vir a acontecer”, se a protecção civil não entende quem entende? Para que serve então a Autoridade Nacional de Protecção Civil? ii. “É fundamental a profissionalização do combate e da primeira intervenção”, obviamente, uma guerra, como o fogo, não se combate com amadorismo “voluntário”.

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o vinho e a literatura

a 16ª tertúlia Coisas de vinho que decorreu, dia 22 de março, na livraria Fonte de Letras no centro de Évora, foi um momento alto. José Mora Ramos, engenheiro de barragens, escritor, ensaísta, dramaturgo, realizador e artista, não fez a coisa por menos.

a sala encheu,  as presenças da Magnífica Reitora, Ana Costa Freitas, e da Directora Regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, elevou, mais uma vez, a sessão.

seguiu-se um agradável jantar de grande qualidade no restaurante Dona Laura.

voltamos no dia 26 de abril com mais um tema, um produtor e noutro cenário.

Reportagem no Diário do Sul:

https://www.dropbox.com/s/6b3jg2yh5odwdo1/o%20vinho%20e%20a%20literatura%20-%20DS%20-%20mar%C3%A7o%202018.pdf?dl=0

Reportagem no Mirante:

http://omirante.pt/omirantetv/2018-03-27-Vinho-e-Literatura-tertulia-em-Evora

ainda a floresta

Pelas razões que todos sabemos a floresta continua na ordem do dia. Pode parecer um paradoxo, mas para escrever sobre floresta vou-me fixar na nossa magnífica capital, Lisboa. É verdade, Lisboa tem uma floresta magnífica e admirável que devia servir de exemplo para todo o país. Mais, o exemplo do Parque Florestal de Monsanto pode e deve constituir motivo de orgulho para todos nós. Saibam que qualquer desses emblemáticos parques verdes, mais ou menos urbanos, que as grandes capitais mundiais exibem e que todo o mundo conhece, até pelo cinema, são ridículos quando comparados com Monsanto. No meu tempo de menino, ir a Lisboa visitar o Jardim Zoológico era um sonho de todas as crianças. Pois bem, o Zoo que me desculpe, mas Monsanto está muito à frente. O sonho das crianças e pais de hoje devia associar Monsanto ao Zoo.

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água

“o ministro do ambiente julga que é dono da água”, afirma o presidente da CAP ao jornal Público.
é forte mas é verdade; não está em causa a postura do MA.
a verdade é, quem manda na água são os agricultores que consomem 80% da água em Portugal. nesta e noutras matérias o MA é uma figura decorativa.
numa sociedade do futuro, com”nível de consciência superior” o ambiente é intrínseco a todos os sectores e o MA não tem razão de existir. Em boa verdade, se pensarmos um pouco, talvez já assim seja.

caminhada na ribeira das vinhas em Cascais

No último domingo solarengo antes do abençoado inverno um numeroso grupo de amigos e caminheiros juntou – se no Mercado da Vila em Cascais e andou pelo campo desta terra. O convite foi-nos feito pela famosa ribeira das Vinhas.

Artigo completo no Noticias do Mar:

https://www.dropbox.com/s/nomub1b97df8vg8/vinhas%20em%20Cascais%20-%20noticias%20do%20mar%20-%20mar%C3%A7o%202018%20%28tejo%20a%20p%C3%A9%29.pdf?dl=0

av. s joão de deus (évora)

A conhecida e importante avenida eborense reúne características únicas, eventualmente merecedora de algum tipo de classificação distintiva, como tanto se gosta por esta terra. Com este belo exemplo bem pode a autarquia exigir tudo e mais umas botas dos cidadãos. A S. João de Deus é a pior e mais perigosa avenida do país, é a pior e mais ridícula Estrada Nacional (no caso, um Itinerário Principal – IP2) e é o mais caricato e original corredor de hospital do mundo. Com tanta coisa boa só podemos estar orgulhosos. Mesmo para um eborense a boníssima artéria é difícil de compreender, como é possível uma coisa destas na cidade UNESCO candidata a capital europeia da cultura?

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mato limpo

O Governo manda fazer o que não faz, ou seja, que o cidadão limpe o mato nas suas propriedades. Manda fazer em pouco tempo o que não fez durante anos. O típico “casa arrombada tranca na porta”.

A realidade é um interior despovoado onde predominam velhos. De resto, são emigrantes e imigrantes de difícil contacto e que por isso dificilmente vão cumprir o dever. Segundo quem melhor conhece o território, os autarcas, é tarefa impossível. Na verdade, o que se tem de fazer é um trabalho de anos, quase de reestruturação total de ordenamento do campo. Mas para isso são necessárias pessoas, que ocupem e que façam e tirem riqueza do campo. Isso só é possível, como sempre, se o campo for valorizado. Como em tudo, a valorização do campo não vai acontecer por decreto, será um processo lento, essencialmente por mudança do “nível de consciência dos portugueses”. Ora, isto é lento, muito lento, e custoso.

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o vinho e a literatura

O vinho é a única obra de arte que se pode beber! (Robert Louis Stevenson, escritor escocês)

Em março a Coisas de vinho mistura vinho com livros.

Sinta-se convidado e convide os seus amigos.

Na agenda cultural de Évora:

http://www.cm-evora.pt/pt/agendacultural/Paginas/Tert%C3%BAlia-o-vinho-e-a-literatura.aspx

vergonha de Simplex

O Governo aproveitou a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) para, com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, anunciar a simplificação do licenciamento de actividades na área do turismo. Muito mais do que este anúncio, o que todos queremos é que isto seja uma realidade em todo o país e em todos os sectores. Um amigo, empresário de sucesso, diz-me muitas vezes: “Carlos, só quero que me deixem trabalhar.” Na verdade, não é pedir muito. É um grito de desespero de quem conhece a realidade do licenciamento no nosso país.

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congresso nacional da água no jornal Expresso

Mais um congresso, para novos desafios? Que desafios? Que novos desafios são estes? Renovar e adaptar normas, regulamentos e legislação? Mais legislação? A Directiva Quadro da Água não chega? Mais reuniões, congressos, seminários e todo o tipo de eventos relacionados com o tema? Há alguma semana em que isso não aconteça?

E depois, o que fazemos com os estudos e conclusões dos congressos. Os recentes acontecimentos do Tejo respondem.

Texto completo no jornal Expresso:

https://www.dropbox.com/s/jx2c1w13efaoic6/c%20cupeto%20-%20recursos%20h%C3%ADdricos%20-%20Expresso%20-%2010%20de%20mar%C3%A7o%202018.pdf?dl=0

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan