verdade


As perguntas fundamentais e verdadeiras: 
temos dinheiro para pagar o Estado que temos?
ou, mais exatamente, temos dinheiro para pagar o Estado de que precisamos?
ou, indo mais longe, temos dinheiro para pagar o Estado que, por comparação com a Europa, achamos que devíamos ter?
a resposta a estas três perguntas é não.
(Vasco Pulido Valente)
faço eu a última pergunta: o que fazer?


amor

popularismo e populismo

O popularismo, no mínimo tão perigoso como o populismo, anda por aí em força, só comparável à amnésia deste povo. Os absurdos contraditórios do tipo “as nossas contas públicas estão ótimas, o país está bem”, quando é o contrário, deixam-me perplexo. Na verdade o “sucesso” das nossas contas assenta em cortes (cativações, isto é, igual a manhoso  em alentejano) e em aumento de impostos e contribuições. Nada de criar riqueza, de aumentar a produtividade. Uma fatura enorme, incalculável, a pagar no futuro não muito longínquo. Um verdadeiro popularismo que por cá, até agora, ofusca completamente o populismo que parece ameaçar a Europa. Vivemos num país improdutivo, sem riqueza, habilidoso, de “contas com esquemas” que nos são contadas com um sorriso. O popularismo é nosso, a habitual esperteza saloia portuguesa só possível no seio de um povo pobre, inculto e conformado. Os inconformados, os melhores, fizeram a mala de cartão e andam por esse mundo a gerar riqueza.

Entretanto o populismo  rodeia-nos por todo o lado e está aqui ao nosso lado. Será que nos vamos manter isolados e ficar “orgulhosamente sós”? Alguém acredita que a qualidade dos nossos partidos, políticas e políticos nos salvaguarda da ameaça do populismo? Fui espreitar os ditos extremistas aqui ao lado na Andaluzia e vi coisas, que no mínimo, nos devem fazer pensar.  Dizem eles que querem “apoiar os que criam emprego e riqueza – as pessoas autónomas, comerciantes, empreendedores e pequenas e médias empresas”, apoiar significa baixar impostos e taxas. Desculpem-me se sou politicamente incorreto, mas eu quero isto em Portugal. Por cá, como não se produz, a opção é taxar, cada mais, quem trabalha.  Incentivar a criação de riqueza, como forma de luta contra a pobreza, que em Portugal é cada vez mais preocupante, sempre foi uma das minhas mais fortes convicções. Isto é mau? É populismo?

arrábida 5

Serra Bendita

Terminamos com Arrábida 5, o último ponto da Agenda.

Cinco: Fazer.

O texto que deu origem a esta série de artigos, que hoje concluo, foi publicado a 11 de dezembro de 2018. Tinha cinco pontos e terminava assim: “só falta fazer”. Ora, os referidos cinco textos sobre a “serra bendita” visam, essencialmente, contribuir para que se faça a Agenda Arrábida, Serra Bendita porque não? Acredito profundamente nesta Agenda como uma excelente opção e um sério compromisso pela Arrábida, onde todos ganham, sobretudo a serra. Há tudo para fazer.

A semana passada escrevi sobre uma inolvidável experiência que tive nas terras altas da Escócia, o West Highland Way (WHW), uma das 10 grandes rotas mais bonitas do mundo: é assim que é vendida e é por este alto valor que se paga. As terras altas da Escócia, na verdade, são fantásticas. Uma terra inóspita, das mais despovoadas da Europa, que vale essencialmente por isso – ar limpo, puro e fresco, sem humanos. Mas falta-lhe quase tudo o resto, tudo o resto que a Arrábida tem em abundância. Se o WHW é bom, a Arrábida é muito melhor: a diversidade paisagística e cultural e a biodiversidade da Arrábida não têm paralelo. Porque não tirar partido desta riqueza? Não há uma razão válida para não o fazer.

A Agenda da Arrábida vai-nos levar à serra, a viver a serra. Na Escócia, antes de pisarmos o campo, somos explicitamente convidados a ler o Scotland’s Outdoors  Responsibly, que se resume em três significativos e simples tópicos:

– é responsável pelos seus atos e ações;

– respeite as outras pessoas;

– cuidado com o ambiente.

Não é preciso mais para termos uma Arrábida viva e vivida como merecemos. Depende de nós.

restaurantes

não mais que uma compilação de 8 restaurantes onde se come (muito) bem a preço justo. Escrevi no Mirante e Diário do Sul sobre estes restaurantes.

o critério foi só “porque sim”, porque gostei (muito) e o bom deve ser partilhado.

também gosto que partilhe connosco os seus (muito) bons restaurantes – os comentários podem servir para o fazer.

https://www.dropbox.com/s/6xzw5csea4qmuaf/restaurantes%20-%20carlos%20cupeto%20-%20DS%20e%20Mirante.pdf?dl=0

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan