economia circular

A meio da segunda década do século estamos perante um conjunto de desafios que há pouco tempo eram inimagináveis. Quase tudo está em causa. Há algum tempo que muitos indicadores evidenciaram que o modo de vida seguido, contrariamente ao que se apregoou, era marcadamente insustentável. Muitos de nós começaram a desconfiar que o caminho seguido não conduziria a bom porto. Assim se veio a confirmar. E agora? Como traçar uma rota de desenvolvimento que assente em padrões sustentáveis, que combata a pobreza e que nos possibilite um modo de vida feliz? É este caminho possível?

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regresso

joelho 2(escrevo estas passadas para os meus amigos com quem corro muitas ou poucas vezes)

Há muito tempo que este curto texto tinha o título anunciado: regresso. Só não sabia quando. A Grande Inteligência (ou Grande Arquiteto do Universo para os maçons) não me impediria de correr. Se assim fosse, que inteligência seria essa?

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legionella

Esta é a palavra que mais se leu e escreveu nestes tempos.

Nada de novo escrevo sobre o assunto, mas quero escrever o que todos merecemos.

Desgraçadamente, é uma situação catastrófica que nos evidencia que vivemos num país onde vale a pena viver. Esqueçamos tudo o que está por de trás de tão triste ocorrência; o que se passou a seguir é digno de nos orgulharmos de sermos Portugal.

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outono

Há pouco mais de uma semana este outono, de quase trinta graus e com o mar a vinte, andava estranho. Seja como for, o calendário e as melhores tradições mantêm-se. E, apesar de tudo, as mutações da natureza fazem-se sentir; depois dos dias longos e da “euforia” do verão, caminhamos agora, no hemisfério norte, para os dias mais curtos e frios do inverno. É um tempo de maior recolhimento em que os povos se preparavam para a aspereza dos dias invernais vindouros. É o tempo da energia dos frutos secos de Todos os Santos e do vinho novo que nos vão dar a energia e o calor para passar o Inverno. Este é também um tempo de transição, que nos convida a observar o que nos rodeia, e onde a natureza nos convida à regeneração interna e externa que desejamos.

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up local

visa_o_nov2014_so_artigo-p1Com os recursos locais seremos um país sustentável, líder no crescimento verde a nível global.

O desafio da sustentabilidade é grande, o foco está, sem dúvida, em dois temas fundamentais: carência alimentar e alterações climáticas. Algumas fontes científicas não hesitam em falar de “uma emergência planetária sem precedentes” ou na “6ª grande extinção no planeta Terra”.

Globalmente, tudo se resume à insustentabilidade do nosso modo de vida. E o mais grave de tudo é que não temos solo e recursos suficientes para alimentar a atual população da Terra, e muito menos vamos ter para os anunciados dez mil milhões dentro de poucos anos.

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educar para a economia verde

in: Mirante

in: Mirante

Como sabemos, a educação é o melhor investimento que um país pode fazer. Os resultados tardam alguns anos mas não se conhece outro caminho melhor. Só um povo qualificado pode dar resposta aos grandes desafios de hoje.

Enquanto todo o tipo de recursos são afetos a colmatar a incompetência – um bom exemplo é a “colocação de professores” –, a escola não discute o essencial. Não discute o que ensinar e como o deve fazer.

Por muitas voltas que dermos, só seremos um país sustentável, com presente (o futuro vem depois), se as nossas escolas ensinarem aos futuros homens e mulheres o essencial do “empreendedorismo sustentável”. A anunciada economia verde só terá sucesso se os atores, isto é, os cidadãos, estiverem aptos para isso.

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fim de jogo

Em “Fim de jogo”, a peça de Samuel Beckett, o protagonista Hamm, em sua cadeira de rodas diante de um mundo acabado, diz a frase: “que saudades das velhas perguntas e das velhas respostas!…”. Hoje, sua frase poderia ser: “temos novas perguntas, mas velhas respostas”. Isso: em nosso tempo, as novas perguntas são respondidas confusamente por velhas ideias. Diante dos labirintos de labirintos que surgem no planeta, criados pela superpopulação, pelo crescimento da miséria, pelo Oriente Médio, pelo terrorismo, pelas mudanças climáticas etc., só dispomos de velhas respostas.

Opinião in O Globo: http://oglobo.globo.com/cultura/fim-de-jogo-14452963

 

 

 

mar de pedra

 

Depois da pausa de verão retomámos as nossas navegações. Desta vez, pelo imenso mar de pedra do Parque Natural das Serras d’ Aire e Candeeiros, no bonito concelho de Porto de Mós.

Um grupo de cerca de 40 caminheiros – e o Zico, de quatro patas – que bem podiam ser marinheiros, saiu do porto de abrigo do Centro de Atividades de Ar Livre de Alvados e rumou encosta acima.

Texto completo publicado no Notícias do Mar: https://dl.dropboxusercontent.com/u/51403445/facebook_tt/20141104/mar_de_pedra_-_pnsac.pdf

Reportagem fotográfica:

https://picasaweb.google.com/109212587513581186400/TejoAPePNSAC21DeSetembroDe2014?authkey=Gv1sRgCJOa98GF0bP8_gE#

 

 

 

 

2050

Uma criança que iniciou agora a escolaridade, estará em 2050 nos seus 40 anos, no auge da sua carreira. Isto é, 2050 é já agora e foi tema para o desenvolvimento de um workshop sobre os possíveis cenários para Portugal nessa altura. Este evento decorreu no Greenfest no inicio de outubro, em Cascais.

Tive a grata oportunidade de participar na coordenação do referido workshop e fiquei agradavelmente surpreendido.

Durante quatro horas, seguindo uma metodologia adaptada da universidade de Oxford, foi-se avançando para a resposta. Como se prevê Portugal daqui a 35 anos?

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan