alimentação

Muitos percebemos que somos o que comemos. Mais, sabemos que a nossa qualidade de vida e bem estar, para além do fumar ou não fumar, do fazer ou não desporto etc., depende, em grande medida, da qualidade da nossa alimentação. Deixo já claro que nada disto tem a ver com dietas milagrosas que sustentam chorudos negócios. Tão pouco com o deixar de ter prazer à mesa. Tudo isto tem, sim, a ver com um modo de vida mais salutar e sustentável, na nossa terra. Vantagens para todos, a começar por cada um e por aqueles que nos são mais próximos.

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uma história

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uma história de vida, à volta da fogueira, mais ou menos ficcionada, foi o que o escritor António Brito ontem nos contou na Conversa de Cesta.

as histórias confundem-se com Homem, agregam e transmitem saberes.

a história do chão e pedras da Ilha de Moçambique ou o assalto no bairro fascinam à medida de cada um.

falou-se sobre a magia das histórias, orais ou que os livros contam, como satisfação de emoções.

voltamos a 14 e 28 de fevereiro, agora ao domingo às 18:00.

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bastão

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Castelo de Vide, 2016, a alegria de ter um bastão de “avelano”.

Para quem anda um bastão (vara) tem três funções principais, sustenta a marcha do caminhante – como um terceiro pé – e confere poder, faz a ligação entre a Terra e o Céu e, finalmente, tem a função de proteção, por exemplo, de cães.

Em 2000 no caminho francês para Santiago tive o privilégio e a responsabilidade de merecer uma vara e uma vieira entregue por Pablito. Em Azqueta, uma aldeia Navarra, “Pablito de las varas” recebeu-me em sua casa – museu vivo do Caminho. Só com o passar do tempo, e dos quilómetros, fui compreendendo o verdadeiro significado daquelas horas com Pablito, um ícone do Caminho. Muito mais que me oferecer o famoso bastão de “avelano”, Pablito ensinou-me a usá-lo e a caminhar. Os mais de 650 km que ainda faltavam até Santiago foram percorridos de maneira diferente. Muitas, mas muitas vezes, a vara que me acompanhava, quase que serviu de senha, às vezes senha silenciosa.

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Azqueta, em 2000, a 650 km do destino, Pablito ofereceu-me e ensinou-me a caminhar com um bastão.

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Uns anos depois, por 2004, quando vivi num monte alentejano próximo de Évora, em pleno inverno a mulher que me passava as camisas, acendeu a lareira com este meu sagrado bastão. Só em 2016, no dia 17 de janeiro, em Castelo de Vide/Marvão, voltei a ter uma vara de “avelano”.

Como um simples pau pode fazer feliz uma pessoa!

Portugal

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à beira mar plantados.

histórias à volta da fogueira [conversas de cesta]

tertulia-NOV-A3_PRODEsta semana conversamos à volta da fogueira.

O conceituado escritor António Brito www.antoniobrito.eu  conta-nos histórias: dia 22, 21:00, 5ª de Rana.

Apareça e traga os seus amigos.

Pf divulgue esta de rede de partilha de informação útil.

 

2030

2030 é já amanhã ou, se calhar, nem tanto. Vem esta data a propósito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), isto é, a Agenda global para 2030 com inicio em 2016. Dizem os manuais que os ODS são para todos e todos temos um papel importante na sua conquista. Ao todo, são 17 meritórios objetivos que se consubstanciam em 169 metas. Naturalmente, poupo-vos a esta fastidiosa lista mas cito alguns: erradicar a pobreza; erradicar a fome; educação de qualidade; reduzir desigualdades; trabalho digno e crescimento económico; paz; justiça e instituições eficazes; produção e consumo sustentáveis… Enfim, um chorrilho de velhas e novas utopias que só me fazem corar de vergonha.

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e tu? [caminho de Santiago]

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“para quê tantos quilómetros de esforço se o posso fazer em 30 m aqui no quintal?”

Partir de novo chega para justificar. Roger Nimer escreveu, “os caminhos são os únicos que podem acalmar as nossas vidas.”

Como se explica este atrativo coletivo crescente pelo caminhar com sentido?

É inverno, os dias são muito curtos, os satélites dizem-te que vais ter chuva e mais chuva todos os dias, no caminho que te propões fazer ninguém te deve nada, estás à mercê das gentes para te alimentares e alojares… Porquê partir? Quem te chama? Este é o convite à humildade que devemos ter na arte da vida, no caminho não somos mais que um, entre muitos, e isso é grandioso.

Para quê repetir o que já fiz anteriormente, por uma mochila às costas e caminhar até Santiago de Compostela? Para fazer turismo barato(?)? Para fugir do bulício das Festas? Para andar, com sentido? Para refletir sobre os próximos desafios? Para encontrar um novo sentido para a vida? Para meditar, orar?

Caminhar e pensar?

“Se queres compreender, discutir corretamente, imaginar, organizar o teu pensamento, conceber e decidir, caminha. Caminha, e então verás.” (Henri Vicenot)

Passar do sentar ao andar eleva-nos a uma curiosa alquimia onde tudo fica mais claro e límpido, com um cérebro mais sereno e um coração mais inspirado.

Este é um relato pessoal de “um caminhar” até Santiago.

Texto completo em:

https://www.dropbox.com/sh/6y10lnx96zx355h/AAAfBoFA-nwU2eg9BKXSaNLTa?dl=0

Um comentário de Carlos Pessoa a 20 de fevereiro de 2016…

Olá Carlos,

Li o teu roteiro de viagem a Compostela, que não sabia que tinhas feito. Boa malha (apesar da chuva)!
O que escreveste é particularmente ambicioso (não é crítica!), pois é sempre muito difícil conjugar num mesmo registo a vertente prática-informativa, as impressões-vivências pessoais de percurso e a partilha de emoções e outros “estados de alma”. É bem possível que a quem estiver mais interessado em saber como fizeste, por onde andaste, o que deve ser evitado, em suma, o “modos operandi” do caminheiro, a tua narrativa saiba a pouco. Para quem é mais sensível às experiências e vivências interiores (a que tu chamas internas), o texto dará mais resposta, embora nestas coisas a subjectividade da experiência de cada um seja, em rigor, de difícil transmissão/partilha. O importante, tudo somado, é que as tuas andanças tenham acrescentado algo de novo ao que existia antes de teres começado a caminhada, e isso parece-me que sim, foi atingido. Se assim foi de facto, fico muito contente por ti! Deixo um reparo de ortografia, quando dizes algures que era noite “cerrada”, e não “serrada”, como escreveste.
C.

 

 

2016

Acabámos de viver esta meia dúzia de dias, entre o Natal e o Ano Novo, em que todos depositamos enormes expetativas. E agora? O que fazer entre o Ano Novo e o Natal? Este Natal a vida convidou-me a mudar alguma coisa, não resisti e fui atrás, tentei fazer algo que me fosse útil no tal longo período do Ano Novo ao Natal, para além de comprar o Borda d’ Água.

Com todo o simbolismo que isso possa ter, o efeito transformador de umas dezenas de quilómetros com uma mochila às costas, o sentir o ar do campo e a visão de magníficas paisagens, imbuído de uma tradição, de uma memória e de uma carga emocional que se perdem nos séculos, no passado dia 31 cheguei a Santiago de Compostela a pé.

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alimentação consciente (margarida couto)

 

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o que faz bem ou mal?

esta foi a questão polémica que animou a Conversa de Cesta de ontem.

na verdade o importante é sermos conscientes do que comemos.

a mais das vezes depositamos a escolha das nossas opções alimentares na mão de outros (nutricionistas, médicos etc.).

outras ignoramos os sinais do corpo.

num serão muito participado, durante cerca de 2 horas, muitos expressaram a sua opinião e a sua experiência no verdadeiro espirito de partilha de informação útil.

algumas ideias aqui:

http://elcomidista.elpais.com/elcomidista/2016/01/12/articulo/1452616134_132117.html#?id_externo_nwl=newsletter_diaria20160113m

 

propósitos para 2016

2016 - palavras chaveno início de um novo ciclo (2016) defino os propósitos que vão merecer particular atenção nas minhas atitudes.

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan