ciência no verão por José Luís Patrício

Ao longo da subida fomos fazendo e levados a fazer várias observações. Onde estamos já foi fundo de mar. No chão da estrada de campo, apanhamos, literalmente, bivalves. Há pedras cheias de conchas incrustadas ou muitas conchas amalgamadas que se foram petrificando. Na berma, cortada para se fazer o caminho, abundam conchas. Pareceria que os povos que nos precederam, ali deixaram concheiros, depois de terem aproveitado as conchas para a sua alimentação. Não foi o caso. Uma subida ainda para vencer…, já me vou sentindo cansado. Alguém disse, na outra serra (a do Socorro), que, quando se sobe, é melhor não olhar para cima, para o que falta subir. Se formos subindo, passo a passo, damos connosco no ponto mais alto. Olhar para baixo, dá vertigem. Olhar para cima, pesa, tira ânimo e fadiga. Mais à frente, novo lance de subida. Já não falta muito, mas depois do que já andámos…, e cansa olhar.
Vemos pedras, flores, conversamos… Há uma pedra branca, na berma declivosa, cheia de cristais, uma borboleta, uma formiga preta na mesma pedra branca, carregando uma «palha» seca.

http://aterraeagente.blogspot.pt/2014/09/passeio-as-serras-do-socorro-e-da.html

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Dez mil milhões(Ed. Circulo de Leitores) é o título de um livro arrepiante onde Stephen Emmott nos mostra o presente que vai ditar o nosso futuro. Muitos destes fatos temos escrito aqui, a propósito de muitos temas e assuntos. Tudo se resume à insustentabilidade do nosso modo de vida. Isto não são ideias de um conjunto de ecologistas que levantam algumas bandeiras à procura de ecrã. O caos insustentável em que vivemos, conduz-nos a um conjunto de acontecimentos apocalípticos, que são incontornáveis. E o mais grave de tudo, é que isto é verdade, não temos solo e recursos suficientes para alimentar a atual população da Terra, e muito menos vamos ter para os tais anunciados dez mil milhões dentro de poucos anos.

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o valor da natureza

Quanto vale o trabalho das abelhas na polinização das culturas agrícolas?

Quanto vale a capacidade de reciclagem de nutrientes dos ecossistemas?

Quanto vale a pureza da água de uma montanha?

Quanto vale a capacidade de processamento da poluição dos nossos solos e linhas de água?

Quanto vale o bem-estar proporcionado por um passeio na natureza?

Quanto vale uma paisagem natural?

Quanto vale o reservatório de carbono de uma floresta, de um sapal ou de uma turfeira?

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correr

fotografia de Tó Zé Tavares

fotografia de Tó Zé Tavares

Quem calça uns ténis para correr, irá compreender o que vou escrever, os restantes experimentem porque nunca é tarde e vale a pena. Se tivesse alguma dúvida, há dias, ouvi da Sonja (mestre de pilates e da vida) dizer que o movimento mais arriscado e perigoso é estar parado.

Em menino, lembro-me de correr pela rua fora com um sorriso na cara atrás de uma roda com uma gancheta (os mais novos perguntem aos mais antigos o que é este brinquedo).

Alegria é voltar a correr depois de uns meses parado por motivo de lesão, podes confirmar Mª João?

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1 ano

 

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otros mundos faz 1 ano.

1 ano igual a 84 publicações onde a palavra chave é “emoções”, mais ou menos racionais, depende.

se for como alguns mestres dizem: para saberes o futuro olha para o teu dia de hoje, daqui a um ano cá estaremos a comemorar mais umas dezenas de escritos; e assim por diante.

otros mundos tem a magia de incluir também este, por isso aqui vamos ficar.

 

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan