Quanto contentes estaríamos se não soubéssemos que estão cá os nossos amigos da Troika para mais um exame? Bastava que a TV não tivesse o poder que tem para que em Mação nada se soubesse e fossem todos bem mais felizes.
Na verdade, a felicidade de cada um é inversamente proporcional à medida das suas expectativas. E estas são fortissimamente potenciadas por tudo o que de “maravilhoso” e efémero nos “vendem”, designadamente na TV. É exatamente por isto, só por isto, que os antigos eram, apesar de tudo, bem mais felizes do que nós. As suas expectativas eram sustentáveis, moderadas e perfeitamente tangíveis no seu mundo. O resto era a felicidade de sonhar, por exemplo, com um automóvel que os iria fazer ainda mais felizes para o resto da vida.