Ao longo da subida fomos fazendo e levados a fazer várias observações. Onde estamos já foi fundo de mar. No chão da estrada de campo, apanhamos, literalmente, bivalves. Há pedras cheias de conchas incrustadas ou muitas conchas amalgamadas que se foram petrificando. Na berma, cortada para se fazer o caminho, abundam conchas. Pareceria que os povos que nos precederam, ali deixaram concheiros, depois de terem aproveitado as conchas para a sua alimentação. Não foi o caso. Uma subida ainda para vencer…, já me vou sentindo cansado. Alguém disse, na outra serra (a do Socorro), que, quando se sobe, é melhor não olhar para cima, para o que falta subir. Se formos subindo, passo a passo, damos connosco no ponto mais alto. Olhar para baixo, dá vertigem. Olhar para cima, pesa, tira ânimo e fadiga. Mais à frente, novo lance de subida. Já não falta muito, mas depois do que já andámos…, e cansa olhar.
Vemos pedras, flores, conversamos… Há uma pedra branca, na berma declivosa, cheia de cristais, uma borboleta, uma formiga preta na mesma pedra branca, carregando uma «palha» seca.
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