caminhada-Tejo a pé

DIA 22 Outubro, PRÓXIMO DOMINGO, o Tejo a pé caminha nas margens do Tejo entre Lisboa e Loures no novo e fascinante PASSADIÇO.

O nosso encontro é às 9 HORAS, no estacionamento do lado de Lisboa, no final do Parque das Nações, junto à nova ponte pedonal sobre o rio Trancão: Rua da Cotovia, junto ao Clube Parque das Nações.

Será um muito fácil passeio linear (ida e volta) de 6 a 7 km onde teremos novas vistas sobre o rio, o sapal e toda a envolvente.

É muito provável que se avistem aves, quem tiver binóculos e câmara fotográfica deve levar. Mais do que nunca a ROUPA deve ser adequada às condições climatológicas do dia. Durante o percurso não há pontos de água, NÃO ESQUECER. Não há almoço no final, a meio do percurso haverá uma paragem em ponto adequado para o efeito.

Como sempre teremos boa conversa e partilha de saberes. No Tejo a pé o tempo está sempre bom, é um grupo de amigos que se junta para passear onde cada um toma conta de si e dos outros.

Máximo 50 participantes, por ordem de inscrição obrigatória.

rio, sapal, aves, Lisboa.

água, seca – tudo como dantes

Vinte cinco anos depois, dezenas e dezenas de estudos, planos e estratégias, muitíssimos milhões de euros e eis que o Alentejo, depois do Algarve, tem um Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo (PREHA). Se pusermos em cima disto os 20 anos de Alqueva, tudo fica bem à moda desta coisa desgovernada que amamos e se diz Portugal. Nada de novo. Ao Alqueva e aos 25 anos de estudos falta somar as alterações climáticas para completar a equação essencial. Entretanto, os estudos sucederam-se e como é costume, “aos costumes disse nada”, com as estantes e as gavetas a aumentarem de tamanho; como quase sempre, o Estado não fez e não faz o que deve. Todos sabemos que é assim na água e no resto: estudamos, planeamos, mas falta, quase sempre, o implementar, monitorizar, avaliar e analisar resultados, para, finalmente, voltar a atuar mais eficazmente.

No Público, dia 16 de agosto, artigo completo:

https://www.dropbox.com/scl/fi/qbynjqajicbjgqioifdmz/gua-seca-P-blico-16-ago-23.pdf?rlkey=tdfi998oy0qbonktu1vqh7hh1&dl=0

geologia essencial

geologia no presente

Dia 1 de setembro às 18 horas em Portugal.

coisas de vinho

um livro incontornável

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a última noite de Z Herbert em Siena, na Toscana, terra de Chianti,  antes de viajar para Paris…

“A pequena trattoria enche-se da multidão dos clientes…

Com conhecimento e apetite, que cresceram de geração em geração, comem spaghetti, bebem vinho, conversam, jogam às cartas e aos dados.

Peço ao dono da trattoria um vinho melhor. Traz-me um chianti do ano anterior da sua própria cave. Conta-me que a sua família possuía aquela vinha há quatrocentos anos e que aquele é o melhor chianti de Siena. Depois, ficou a olhar para mim atrás do balcão para ver o que eu faria com aquela preciosa bebida.

É preciso inclinar o copo para ver o líquido deslizar pelo vidro e verificar se não deixa vestígios. A seguir, é preciso erguer o copo até aos olhos e, tal como diz certo conhecedor francês, afundar os olhos em verdadeiros rubis e contemplar a bebida como se fosse um mar chinês repleto de corais e algas. O terceiro gesto é o de aproximar a boca do copo ao lábio inferior e aspirar o cheiro mammola – o buquê de violetas que anuncia às narinas que o chianti é bom. É preciso inspirar o aroma do vinho até ao fundo dos pulmões para reter o odor das uvas maduras e da terra. Por último, evitando a pressa de um bárbaro, deve levar-se à boca um pequeno gole e, com a língua, espalhar o sabor escuro e aveludado pelo céu-da-boca.

Regresso às Tre Donzelle. Apetecia-me acordar a camareira e dizer-lhe…

Se não tivesse medo da palavra, diria que até ali fui feliz. Mas não tenho a certeza de ser bem interpretado.

Vou-me deitar com os versos de Ungaretti. Na sua obra, há um poema apropriado a despedidas;

Vejo de novo os teus lábios lentos

À noite, o mar vai ao seu encontro

As patas do teu cavalo

Em agonia mergulham

Nos meus braços cantantes

Vejo que o sono traz de novo

Novos desabrochares e novos defuntos

Uma má solidão

Que todo o amante em si descobre

Como um vasto túmulo,

Separa-me de ti para sempre,

Querida, afogada em espelhos longínquos.”

a aposta na pobreza

Até parece que embirrei com Arraiolos; antes pelo contrário. Repito o que escrevi anteriormente: Arraiolos é uma terra fantástica, rica em patrimónios. Leram mal? Custa muito que não se tire partido desta riqueza e que continuemos pobres e despovoados.

O meu amigo Tito, leitor fiel do DS, sabe que na farta terra de Cascais/Oeiras a infraestrutura com maior sucesso é o passeio marítimo. Nada se lhe compara; um fantástico sucesso. Ora, por cá, a Ecopista é o mesmo. Melhor, não é mas podia ser. A Ecopista é uma fantástica infraestrutura, mas não está aproveitada. `Não, não estou a ser “má língua”. Alguma utilização, sobretudo no troço urbano e periférico, da população local é pouco, muito pouco. O potencial desta infraestrutura até Mora é enorme. Só numa terra como a nossa é que um desperdício destes é possível. Tão pouco é necessário atravessar a fronteira para ver como se faz, espreitem por favor: https://ecopistadodao.pt/. O que fazem no Dão é comparável?

Como este exemplo do Dão há mais uma dezena ou duas no nosso país. Se passarmos a fronteira, por toda a Europa, desde logo bem perto, em Espanha, França e Itália, temos imensas ciclovias que são fabulosos produtos turísticos com enorme sucesso. Já aqui o escrevi mas volto a fazê-lo: aqui ao lado, numa serra despovoada da Andaluzia há uma destas ecopistas (Via Verde de la Sierra, está tudo na net) com cerca de 36 km que é gerida profissionalmente. Esta infraestrutura, via verde, criou 35 postos de trabalho diretos. Estas infraestruturas são altamente rentáveis, pagam o investimento, a conservação e a manutenção, criam postos de trabalho diretos e atraem e retêm turistas por mais que um dia. Isto tem alguma comparação com a ecopista Évora- Arraiolos- Mora? Se passar pelo pseudoparque de autocaravanas de Évora (junto ao Aminata) verá que a grande maioria destas trazem bicicletas. Seria também um excelente negócio para Évora e arredores um parque de autoravanas com qualidade.

O que é preciso para o fazerem?

viagem noturna

“a luz castiga e quase que nos impõe uma ditadura”.

viagem noturna foi o tema da Conversas de Cesta com António Paiva.

uma caminhada na Sintra noturna, onde os sentidos “esquecidos” se avivam. “pés na Terra, cabeça no Céu”.

Malagueira (Siza Vieira)

Um dia um turista chegou à estação rodoviária e virou à esquerda; passados poucos minutos estava no Bairro da Malagueira. Algum tempo depois, na visita ao bairro, em conversa com um morador soube, com admiração, que encostada à Malagueira havia uma cidade património da UNESCO. Esta é a verdadeira Malagueira que poucos moradores e eborenses conhecem e vivem.

O dia 21 janeiro assinalou a formalização da Associação de Moradores e Cidadãos -Malagueira Viva e Vivida. Um grupo de moradores e cidadãos, “não indiferentes”, que gostam da Malagueira e querem um bairro mais vivo, pensou e promoveu esta Associação para todos. Queremos um bairro que responda às necessidades de quem lá vive e que receba em troca a identificação, apropriação, estima e orgulho dos seus habitantes. Estas ruas e estas paredes merecem sair do esquecimento. Merecem o verdadeiro genius loci do traço do Mestre Siza. Todos, a começar por Évora e pela Praça do Sertório, temos que olhar para a Malagueira e merece-la. A Malagueira merece ser viva e vivida. Por isto nasceu a Associação Malagueira Viva e Vivida. Sentimos e vivemos a Malagueira e queremos que o abandono e esquecimento a que o Bairro tem sido sujeito faça, rapidamente, parte do passado. Sabemos o que falta fazer e temos um plano de ação. Vamos apresenta-lo, discuti-lo e validá-lo. Contamos com todos os cidadãos, atuais e antigos moradores, admiradores, estudiosos, entusiastas ou visitantes do Bairro da Malagueira, para a mudança de paradigma existente no bairro da Malagueira. Cada um apenas tem de fazer o que deve. O futuro não nos vai perdoar se assim não for.

vinho, arte e ciência

Coisas de vinho, arte e ciência é a tertúlia do vinho do Alentejo. Dia 3o de jan, 18:30 no Évora Hotel:

conversas de cesta

Domingo, dia 24, 18:00, na Parede/Carcavelos – o banco do tempo. Conversas de Cesta, partilhar o que tenho na cesta.
As pessoas deixaram de conversar, de partilhar. Estamos tão perto e tão longe uns dos outros.
Cada um de nós tem na “Cesta” saberes que são úteis aos outros, partilhar não custa, acrescenta.
Um convidado e um tema são o pretexto para uma conversa boa. Todos os meses no segundo e quarto domingo do mês.
O conceito é a “partilha informal de saberes úteis”, sem inscrição, sem custos, sem compromisso. Rigorosamente sem custos e sem recursos financeiros.
A escolha é de cada um:
ignorar,
nada fazer ou,
fazer o que deve.
Fazer parte da mudança é o convite.
Tornar a Cesta enorme.
Contribuir positivamente para a “nossa terra” melhor.
“Se eu mudar o mundo muda”, esta é a nossa grande convicção, queremos fazer a nossa parte.
Faça a sua.”   Em 12 anos temos mais de 200 tertúlias realizadas. A quase totalidade delas com grande nível. O cartaz programa de outubro como um excelente exemplo, a Fátima Sousa é uma conceituada física e Rui Dias o melhor geólogo português vão Conversar sobre temas de grande atualidade e interesse. Em http://www.otrosmundos.cc/category/conversas-de-cesta/ poderá aceder a mais alguns exemplos.  

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan