aeroporto circular

Convém lembrar que quando tratamos de aviões e aeroportos a escala é global. Ou seja, Lisboa é arredores de Madrid; no caminho em que estamos, queiramos ou não, cada vez mais o será. Nesta escala e contexto, Beja não é interior, não é arredor ou tão pouco subúrbio de Lisboa; Beja é Lisboa. Acontece que o aeroporto de Beja existe porque, em determinada altura, a Força Aérea escolheu esta localização pelas suas condições aeronáuticas excecionais e instalou ali uma base aérea que, em termos de área ocupada, é a maior da Europa e uma das maiores do mundo. Foi essencialmente por esta razão, qualidade aeronáutica excecional, que a Força Aérea alemã ali se instalou desde muito cedo. A escolha alemã, pelo que sabemos do povo alemão, devia-nos bastar para considerar Beja como uma hipótese muito séria. Mas não, andamos há 50 anos a ouvir tudo e todos de modo a justificar a inércia para a tomada de decisão.

Artigo completo na revista Visão:

https://www.dropbox.com/s/26z8kc58snanxtj/aeroporto%20circular%20-%20Vis%C3%A3o%20-%2013%20jan%2022.pdf?dl=0

correr para quê?

Passados alguns anos, sete desde a última, e alguns mais depois da participação regular em provas, voltei a correr com um dorsal (correr uma prova): corri a Marginal à Noite. Uma velha pequena grande prova no melhor concelho do país, Oeiras. E se Portugal fosse todo como Oeiras?

A memória e o gosto da corrida mora em mim há 49 anos, por muito dura e angulosa que seja, não há pedra no ténis que resista. Esta identidade com a corrida tem muito peso, muita força, há um passado, não quantificado, de muitos quilómetros, de muita cabeça. A cabeça, também na corrida, é o músculo mais importante. “O passado não está morto”, escreveu Faulkner em “Requiem por uma monja”; e acrescentou: “Nem sequer é passado.” Impossível dizer melhor: o passado nunca termina de passar, sempre está aqui, operando sobre o presente, formando parte dele, habitando-nos. Viver um presente sem passado é viver um presente mutilado. É dizer: viver uma vida mutilada. (Javier Cercas, “La dictadura del presente”). Toca a correr. Este sempre foi o meu método, nada de planos, sistemas, séries, o que seja, tudo se resume a quilómetros nas pernas.

Porquê? A corrida faz parte de mim. Em mil novecentos e setenta e picos em Évora, muito parecida com a de hoje, se honestamente incluirmos o fator “tempo atual”, praticar desporto era muito difícil. A corrida foi o possível, barato, fácil e independente. Uns anos mais tarde a presença diária no Estádio Universitário, onde me cruzava amiúde com os atletas de nome mundial, animou e consolidou a coisa.  Décadas depois, a vida profissional em Lisboa e a pessoal e social em Cascais, amplificou e embelezou a prática.

Para quê? Esta é pergunta; andamos sempre atrás do “porquê” e na verdade o que importa é o “para quê”. Quem corre sabe a resposta, é simples e complexa. A corrida é como a música ou outra coisa, transforma e eleva. A corrida é como outra coisa qualquer, depende da forma como se faz. “Descasca uma laranja como se dirigisses uma orquestra”, diz um saber antigo, dá a melhor resposta. Para além de um treino para a vida, e para o corpo, a corrida, exigente e intensa leva-me ao mais profundo do que Sou. Quase uma meditação. Tantas vezes saio do lugar que os ténis pisam.

Para além do desafio, a Marginal à Noite’22 foi um teste a quase tudo o que este esqueleto agrega. Depois de, há uns anos, uma longa paragem por significativas limitações físicas, de outros tantos anos de uma lentíssima, mas persistente recuperação, quero saber como está o corpo. Esta é a resposta mais fácil e foi positiva, sobretudo no que diz respeito às canetas. Já no que respeita à parte respiratória a resposta não é “sim” e “não”; houve má gestão por falta de treino com o “peso” do dorsal. Quem corre sabe que fazer um treino ou um prova são coisas muito diferentes mesmo que distância e o percurso sejam os mesmos. A cabeça também não esteve sempre bem. Estamos entregues a nós próprios e, como sempre, o mal do Homem é pensar.

Quem pensa que há corridas com percursos planos engana-se, plano só de automóvel, ou em casa no PC ou sofá. Logo depois da partida em St. Amaro de Oeiras na direção a Caxias, onde se inverte o sentido, há cerca de um quilómetro a subir. Estes são os passos mais importantes. Mas antes há a caixa e partida e, entretanto, na minha ausência, o mundo mudou para pior. Em 3000 criaturas fui o único que não tinha um smartphone na mão. Foi uma muito má surpresa. Absurdo e, pior, estúpido. Velhos e novos, todos com o foco no ecrã. Ninguém está ali a viver a experiência. Apenas uns, ainda mais velhos que eu, da Lage, mandavam umas bocas uns aos outros, mesmo assim não resistiram e tiraram uma selfie. Aquele tempo, sempre excessivo, foi ainda mais longo. As boas conversas com quem não se conhece antes do tiro de partida estão agora proibidas. Pior, este tempo de espera serviu para me aborrecer, ainda me aborreço com a cretinice estúpida. O mais grave é que isto tornou a minha subida, o primeiro quilometro, abruptamente mais difícil. Para além da minha fraqueza de me deixar aborrecer com o absurdo, depois do sinal partida, pelo enorme Isaltino, não consegui começar a correr porque estavam todos de aparelho na mão, muitos de mão ao alto, como que a pedir clemência ao Céu. Inacreditável é que durante a prova muitos vão com o “bicho” na mão em atividade.

No fim, na verdade o Céu existe, a cabeça foi esquecendo o que não presta e o pensamento do coração prevaleceu; dei-lhe com alma.

Uma outra pergunta surgiu; vão haver mais dorsais na minha camisola?

acordar

depois da prolongada quarentena, em breve vou acordar.

Estremoz

Há quase três décadas, numa viagem de Portalegre a Évora, desde Veiros até Évora Monte, a excelência do concelho de Estremoz bateu-me forte. Durante anos em muitos textos e apresentações dei o exemplo de Estremoz; como pode uma equação com tantas excelentes parcelas positivas dar um resultado negativo?

A minha mãe é natural de Estremoz, eu nasci no Cano e todas as férias de criança eram passadas por estas terras onde ainda tenho família empreendedora, trabalhadora, com sucesso de que muito me orgulho. Em Estremoz fiz o meu mestrado e doutoramento, por esses tempos cheguei a semiviver nesta abençoada terra. Trabalhei muito por estes campos, nas pedreiras, na água e etc. Conheço bem Estremoz.

O concelho de Estremoz tem tudo para ser muito, mas muito melhor do que é. É muito difícil, quase impossível, que Estremoz não seja uma cidade excelente, rica, dinâmica e prospera. Uma cidade limpa, cuidada, o Rossio calcetado, uns bancos para velhos verem o tempo passar é muito pouco. É miserável quando comparado com o que pode, devia e tem de ser.

Estremoz tem uma Localização fabulosa, nos eixos E-W e N-S, a 20 minutos de Badajoz (200 mil pessoas) a 2 horas de Lisboa, entre Évora -Portalegre – Elvas, … Esta terra dispõe de Recursos como poucas: água; solo; mármore; vinha; montado… Estremoz ostenta Patrimónios ímpares, naturais; culturais; construídos – quantas cidades têm um lago com a beleza do Gadanha, uma praça como o Rossio e um castelo com uma pousada e a Rainha Santa? Quantas gentes têm bonecos como os de Estremoz? Aqui há Infraestruturas (acessibilidades; parque industrial e feiras; adegas; pousada e outros e alojamentos de qualidade; polo da universidade…) como em poucas terras do interior. Estremoz tem uma centralidade única. Tudo isto, e muito mais, somado tem de ser um resultado excelente. O que falta então para Estremoz ser diferente para muito melhor? Caminhos iguais vão dar ao mesmo lugar. Temos de mudar. Quarenta e cinco anos de socialismo trouxe Estremoz onde está. Estremoz e a sua gente merece muito melhor. Todos merecemos Estremoz muito melhor. Qual é o risco de experimentar governança local? Mais do mesmo, ou experimentar outros caminhos, outras paisagens, outra forma de governo local.  As pessoas em primeiro lugar com uma economia que crie riqueza. Por favor experimentem, o risco são 4 anos. O que são 4 anos quando comparados com quase 5 décadas?

choro olímpico

Sou do tempo em que desporto na TV pouco mais era que os Jogos Olímpicos. Lembro-me do Carlos Lopes, Rosa Mota e muitos outros nos darem muitas alegrias. Sei que o António Leitão comia uma feijoada e a seguir ganhava medalhas. Entretanto os tempos mudaram, e de que maneira. Confesso-me um pouco lá atrás. Fico perplexo quando vejo os nossos olímpicos chorarem como meninos porque perdem. Suspeito que, em grande parte, a derrota fica explicada, não estão preparados para ganhar.  Sei que o Eusébio em 66 chorou em Wembley, não é comprável.  Não me parece nada bem que as televisões insistam neste tipo de imagens: choro e conversa menos própria, “o bronze não é para mim, eu sou ouro”. Não há aqui qualquer espírito Olímpico. Dizer “eu sou ouro” é, no mínimo, impróprio para o colega que ganhou o ouro. Não quero que as minhas crianças vejam isto. Não é bom exemplo para nada, sobretudo quando vem de atletas olímpicos supostamente ditos de alta competição.  Não há ninguém nesta equipa olímpica que eleve a coisa para padrões correctos e justos? Antes de treinarem as diferentes especialidades esta gente tem, de ter, obrigatoriamente, formação e preparação a outro nível. Até parece que não somos o país do Cristiano Ronaldo, um exemplo de atitude em tudo o que um atleta global tem de ser, antes da dimensão desportiva. Recordando um passado recente, suspeito que, após os Jogos, a coisa não vai ficar por aqui; a festa vai continuar no Palácio de Belém com o entretém popularucho do país de sucesso e ganhador do faz de conta.  E assim cá vamos cantando e rindo numa situação que parece tão bem e nunca esteve tão mal.

“Tristes os que se identificam com tão fracos heróis!”(António Barreto, a propósito de Otelo, Público, 31 jul 21)

velhos e covid

Quando os amados velhos são desclassificados para idosos ficam logo a perder. Pior ainda é quando passam a “idosos e idosas”. Uma goleada sintetiza a coisa. Como se sabe, no norte morreram menos velhos com Covid do que no sul. Não é preciso gastar um cêntimo a fazer mais um estudo para sabermos porquê. É porque no norte há mais família e menos lar. Segundo o Público, em 2019, antes do vírus, a OCDE divulgou um relatório, sobre os cuidados aos velhos, que conclui “níveis de pessoal inadequados, má qualidade de trabalho e falta de qualificações, que põem em causa a qualidade dos cuidados e a segurança”.  Entretanto começa-se a saber, ou suspeitar se preferir, que em muitos lares morrem mais velhos de tristeza do que de Covid. Os ridículos de Covid que vivemos têm num velho um efeito devastador, na “linguagem” de velho resume-se no desinteresse pela vida. Como se explica a um velho que agora não pode assistir ao crescimento dos netos e que não pode ver a família? Se houve tempo em que isolamento teve alguma razão, neste tempo chamo-lhe estupidez. Estupidez que não resolve coisa nenhuma e cria outros problemas. Sobretudo quando as orientações de entidades competentes se alteram como um cata-vento. Antes que seja tarde demais é tempo para que tudo isto seja doseado com bom senso. A não compreensão do que nos pedem começa a ser inaceitável. A reacção e o ajuste de mediadas leva uma enormidade de tempo e muitas vezes, quando as decisões são implementas já estão desactualizadas. Nos lares é tudo ainda pior, a mais das vezes as sucessivas decisões são contraditórias, o medo é ainda maior e faz o resto.

Deixem os velhos estarem com as suas famílias, verem e respirarem as suas casas, apanhar ar puro e os resultados serão bons. 

chuva

… catástrofe à espera de acontecer.

As chuvadas que têm caído nos últimos meses, designadamente em Évora, onde rapidamente as ruas viram rios, são um bom sinal de alerta a que ninguém liga. Em oposição, até o mais distraído cidadão dá conta da maior gravidade das cheias urbanas que vão acontecendo por todo lado. Por cá as infraestruturas são muito débeis e a limpeza e manutenção das linhas de água é algo parecido com o resto – já ouviram falar de Odemira? Toda a gente sabe e quem deve assobia para o lado, até um dia. A panaceia da conversa sobre alterações climáticas dá-nos algumas certezas, as situações extremas de precipitação e seca cada vez mais prováveis e graves. Portugal é um país naturalmente perigoso, no que respeita a ricos naturais, e cada vez mais o será. O habitual laxismo e irresponsabilidade impune levam os responsáveis a  viver o dia ignorando esta realidade sem nada fazer. O país é perigoso devido à sua localização geográfica, ao seu clima e à sua exposição atlântica. Com este contexto a probabilidade de acontecerem fenómenos naturais perigosos é elevada. Apenas sabemos que este tipo ocorrências, que causam danos humanos e materiais, dando lugar ao risco, serão cada vez mais frequentes, intensas e imprevistas. Temos uma outra certeza, os meios de acção disponíveis (humanos e materiais), em caso de ocorrência, são sempre mais escassos que o necessário. A grande incerteza é saber quando e onde? O que fazer? Avaliar e assumir a perigosidade/risco; prevenir e, em caso de ocorrência, acção rápida e eficaz de forma articulada por parte de todos os agentes de protecção civil. Na generalidade só há uma coisa a fazer: prevenir. Alguém dá por alguma acção séria de prevenção? Temos um acidente à espera de acontecer, mas, em Portugal, os nossos governantes, designadamente os autarcas, gostam mais de fazer outras coisas como festas, festarolas, piscinas, rotundas, relvados sintéticos etc., não levam este tema a sério. De certeza que há por aí uma dúzia de estudos, normalmente desfasados da realidade, mas, sobretudo, ignorados. Um dia destes vamos sentir o impacto social e económico de uma catástrofe natural. Ora acontece que tudo isto não é daqui a muitos, muitos anos, nem numa qualquer terra longínqua; é agora e aqui.

viva o 25 de Abril

Viva o 25 de abril? Obviamente. Ainda se questiona abril? Ou alguém nos continua a enganar e a subjugar?  Sinto-me incomodado, ao fim de 47 anos, por ainda haver a necessidade de publicitar a democracia e fazer com que não se esqueça. Será que o fascismo ainda por aí anda à espreita e é uma ameaça para abril? Se assim for, o meu incómodo passa a terror. Na verdade, em Évora, vejo um cartaz que diz “viva o 25 de abril, fascismo não”; 47 anos depois? Será esta uma preocupação dos portugueses que são livres ideologicamente e de interesses? Um cartaz destes leva-me a pensar que o mesmo povo que foi subjugado pela ditadura e preso pela PIDE, ainda está agora, 47 anos depois, preso por interesses que não os seus. Porque ouço, cada vez com mais insistência, que é preciso “aprofundar a democracia”? Ao fim de 47 anos ainda nos falta democracia? Quem são os responsáveis e o que andámos a fazer? Quem boicotou abril? A situação a que chegámos é culpa dos fascistas que ainda por aí andam? O que justifica esta suposta ameaça do fascismo? O que falta fazer?

Sabemos que estamos cada vez mais pobres (não se aceita a hipocrisia de nos compararmos com o 24 de abril de 74, a comparação só pode ser feita com os países da nossa geografia nos dias de hoje), que as desigualdades são cada vez maiores e que o “construam-me porra” do Alqueva se traduz, entre muita matéria questionável, em imigrantes a ganharem 400 €/mês e a viver sub-humanamente, à meia dúzia em cada “quarto”. Certamente que nada disto é abril. Tudo isto me envergonha e incomoda profundamente. Talvez seja tempo de verdade. De pensarmos por nós, acreditarmos na nossa terra, nas nossas capacidades e nos nossos recursos. Não é aceitável que cerca de 30% do nosso povo, os melhores e mais talentosos, tenha que sair do seu país para criar a riqueza que aqui não consegue. Por cá, a intensidade energética é altíssima, a produtividade ridícula e a carga fiscal absurda (a pesadíssima e ineficaz máquina do Estado não tem alternativa): o resultado final só pode ser um “mau”. Quarenta e sete anos depois isto satisfaz alguém? Isto chega-nos, ou é melhor arriscar por outros caminhos? Acreditamos que vem aí um saco de dinheiro, mais um, que vai resolver a coisa? Ou queremos aceitar a verdade e o caminho certo que nos dê alguma esperança de podermos construir um país mais justo, próspero e feliz? Vou continuar a ter esperança.

after day

500 árvores em Évora

Ao fim de muitos anos, depois de muitas cimeiras sobre o clima, Paris foi só uma entre quase três dezenas, e a seguir a muitos milhões de estudos e planos, justos para alimentar o mercado, o poder local decidiu plantar árvores. Acertar no caminho não chega.

Localmente pouco mais podemos fazer, mas não chega. Imagine que o objectivo é viajar de Évora a Lisboa, plantar 500 árvores é tão ridículo como chegar ao kartódromo, ficar satisfeito e contar uma história. Quinhentas árvores? O que Évora plantou é uma árvore por 250 hectares.  Évora necessita de cinco ou dez mil, talvez umas 20 mil árvores todos os anos, para que daqui a alguns anos se tenha algum resultado. Por cá os espaços verdes são discretos, o histórico Jardim Público, o famoso Passeio Público de Eça, onde os eborenses pagavam para passear, há muito que foi abandonado por todos, incluindo os eborenses. As avenidas, novas e velhas, estão deficientemente arborizadas. E o Rossio? Uma vergonha indescritível. Hoje o Virgílio daria meia volta e de imediato apanhava o comboio de regresso. E os relvados? O que dizer desta barbaridade? Ainda não se percebeu que a relva nas margens da ribeira da Torregela não pega com nada? Será que a câmara municipal sabe quanto isto nos custa por ano, não contando com o custo ambiental? Com o dinheiro que se pouparia, e mão de obra disponível, seria possível plantar dezenas de milhar de árvores todos os anos. Tudo isto está inventado e não é preciso pensar muito, basta espreitar ao lado. Cascais transformou relvados, em espaços urbanos nobres, em prados naturais, para além de tudo o resto vai aumentar a biodiversidade nestas áreas. Do outro da fronteira Vitória, a capital do País Basco, com cerca de 250 mil habitantes é totalmente percorrida a pé em passeios verdes. Há 30 anos Vitória iniciou o “anillo verde”, um frondoso anel de vegetação que envolve toda a cidade. Talvez valesse a pena que os governantes desta nossa terra fizessem uma viagem de trabalho a Vitória. Porque razão Évora não tem um acção estratégica de médio prazo deste tipo? Se há 30 anos Évora tivesse iniciado a plantação de árvores hoje seria muito melhor para todos nós; muito para além da Capela dos Ossos. 

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan