cidadania, participação e o dever de decidir

o nosso maior problema, como país, não é a falta de participação cidadã, é a falta de cultura.

alterar esta falta de cultura é uma miragem, a pobreza crónica e assumida como estratégica não o consente. O povo tem que se preocupar diariamente com o essencial, sopas. Por outro lado descansa no Costa e no Marcelo como cuidadores.

pôr cidadãos incapazes de tomar conta de si a pensar e a influenciar o colectivo (espaço comum) deixa-me muitas reservas.

na verdade, mesmo na Europa rica e mais culta o tema da “participação pública” a maioria das vezes não é eficaz e só serve para gastar dinheiro.

no início da 2ª década deste século, por cá, no plano de gestão de região hidrográfica do tejo gastaram-se 0.5 M € (meio milhão de euros), daqui resultou nada. Estraga-se dinheiro com esta panaceia, do faz de conta, pelo politicamente correto.

por último gostava de saber onde está a fronteira e quem a traça, entre a participação e o dever de quem tem o poder/competência (legítimos) para tomar a decisão?

um bom e actual exemplo: A Costa vs P N Santos e a decisão da TAP

o jornal Público de hoje aborda este tema:

https://www.publico.pt/2020/12/13/local/noticia/ha-boas-excepcoes-local-desconfia-cidadania-activa-1942820

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan