o futuro do passado

O “futuro do passado” não é meu mas ajusta-se perfeitamente aos infinitos ridículos mentirosos a que vamos assistindo no presente. Nunca como agora é essencial pensarmos pelas nossas cabeças. Leitor, por si e pelos seus mais queridos, por favor, pense pela sua cabeça. Na verdade “não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos”(Anais Nin, 1903-1977, escritora francesa). Neste tempo de crise, isto é, de oportunidade, segundo a ancestral língua e saber grego, o essencial é um apelo à verdade. Poucos ou nenhuns estão interessados em esquerda-direita, queremos é viver em segurança. A minoria, muito minoria, privilegiada, que vive da politica, sim, esses esses sim interessam-se pelas aparentes questões “esquerda-direita”. Segurança é a palavra mais importante. E deixem-se de mentiras democráticas tipo “vamos ficar todos bem”, “ninguém pode ficar para trás”. Democracia é a última palavra que este vírus conhece; não querem? Paciência, é assim. Os arautos da democracia, juízes da santíssima trindade, direitos, garantias e liberdades, não se questionam? Uma miragem mentirosa e conveniente para nos manipularem. Talvez fosse uma boa oportunidade para lhes explicar o excelente momento para começarmos a assumir os deveres. Será que eles têm deveres? Onde fica a verdade que a crise nos exige?  É bom gozar a liberdade, quem a pode ter, mas é incontornável validá-la com a responsabilidade perante os outros. Será que os juízes do “certo-errado” (esquerda – direita) nos deixam acreditar em nós próprios, nos nossos recursos e na nossa capacidade para criar riqueza? A verdade, isto é, a crise, exige-nos que deixemos de assobiar para o lado, a olhar para Bruxelas e a esquecer significativas franjas do submundo português que diariamente navegam à tona da miséria para sobreviver. São milhões os portugueses reféns da pobreza à espera da caridade pública e privada. Com ou sem mala de cartão, cada vez mais distantes da sua terra, os melhores partiram. Não nos interrogamos? Dizem-nos que foi a troika e dormimos todos bem? Que raio de fatalismo é este que nos obriga a ser pobres? Sem estudos, estratégias e consultores, que já nada acrescentam e só servem para entornar muitos milhões em cima dos problemas, uma boa verdade seria escolher sermos remediados e felizes na terra onde nascemos e que amamos, honrando a cultura e os saberes dos nossos antepassados. Pode ser?

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan