conversas de cesta

Domingo, dia 24, 18:00, na Parede/Carcavelos – o banco do tempo. Conversas de Cesta, partilhar o que tenho na cesta.
As pessoas deixaram de conversar, de partilhar. Estamos tão perto e tão longe uns dos outros.
Cada um de nós tem na “Cesta” saberes que são úteis aos outros, partilhar não custa, acrescenta.
Um convidado e um tema são o pretexto para uma conversa boa. Todos os meses no segundo e quarto domingo do mês.
O conceito é a “partilha informal de saberes úteis”, sem inscrição, sem custos, sem compromisso. Rigorosamente sem custos e sem recursos financeiros.
A escolha é de cada um:
ignorar,
nada fazer ou,
fazer o que deve.
Fazer parte da mudança é o convite.
Tornar a Cesta enorme.
Contribuir positivamente para a “nossa terra” melhor.
“Se eu mudar o mundo muda”, esta é a nossa grande convicção, queremos fazer a nossa parte.
Faça a sua.”   Em 12 anos temos mais de 200 tertúlias realizadas. A quase totalidade delas com grande nível. O cartaz programa de outubro como um excelente exemplo, a Fátima Sousa é uma conceituada física e Rui Dias o melhor geólogo português vão Conversar sobre temas de grande atualidade e interesse. Em http://www.otrosmundos.cc/category/conversas-de-cesta/ poderá aceder a mais alguns exemplos.  

Luxemburgo – Portugal (0-2)

“o rendimento per capita do Luxemburgo é dos mais altos do mundo, mas depois têm estádios de merda. Realmente… há países com as prioridades todas trocadas” (Vasco Correia). Curiosamente 30% da população do Luxemburgo são portugueses, será que o problema é dos governantes/dirigentes?

pedreiras seguras…

…com sinais e arame (vedações “tipo gado”) resolve-se o problema do risco nas pedreiras. Alguém se lembra de alguma pessoa, cidadão ou operário, ter caído numa pedreira? É muito provável que tenha acontecido mas ninguém se lembra. O Ministério do Ambiente diz-se satisfeito com o trabalho feito nas pedreiras ao longo deste ano. “A situação de risco é muito menor do que era há um ano”, diz Matos Fernandes; com arame e sinais, digo eu. “Não há memória de uma dinâmica destas em Portugal, e valeu mesmo a pena a nossa determinação” (Matos Fernandes), o consumo de tinta e arame em Portugal disparou.

fotografia do Público

e se abríssemos os olhos?

lítio & Greta

como tudo o resto (petróleo, ouro, etc.) em matéria de recursos geológicos, que devem a sua localização exclusivamente a factores geológicos, o país “não quer nem saber”. Qualquer “povo” tem a câmara da TV à frente e diz os disparates que lhe aprouver com o mesmo valor de quem estuda e trabalha a coisa. O Secretário de Estado do brinco tem alguma razão na substância mas não tem nada ver com o assunto, apenas segue a aplicação da lei e os pareceres da Administração competente. Sabe bem a cartilha do chefe Costa; assim não se compreende para que existe? António Barreto escreveu: “As esquerdas, auto-sufcientes, exauriram o Estado competente, técnico e inteligente, para o transformar em agente político e já agora em sua coutada. As direitas, cúpidas, esvaziaram o Estado sabedor, capaz e independente, para entregar poderes e competências aos negócios e aos privados. O Estado, hoje, é alfobre de negócios, tapada dos partidos, autoritário como os ignorantes, convencido como os déspotas! E ao serviço da política mais barata, a dos interesses.”

era só mesmo o que faltava, Greta vem ao Parlamento dizer-nos o que devemos fazer. Aproveitem e perguntem-lhe sobre o lítio.

web summit

Paddy Cosgrave afirmou hoje que este pequeno país é um “país startup”. Fiquei entusiasmado; enquanto isto a nossa miserável pobreza, leia-se produtividade, necessita de 2,5 vezes do território do país para gerar a nossa pobre riqueza, é mau demais.

Também hoje a cidade de Nova Deli está fechada porque a qualidade do ar é venenosa, irrespirável. Estou certo que em Lisboa vai surgir uma app que resolverá o problema. E um pingo de vergonha, não lhes ficaria bem?

no Público dois dias depois:

https://www.dropbox.com/home?preview=Emerg%C3%AAncia+Clim%C3%A1tica+-+Publico+Lisboa-20191106-p%C3%A1ginas-1%2C28-29+(1).pdf

desgoverno

A maior de todas as grandes desgraças nacionais é o desordenamento do território. Ninguém tenha dúvidas. Esta realidade encarregou-se de nos fazer pobres, de desperdiçar recursos e de gastar fortunas a tentar remediar a coisa.  Colocam loteamentos (pessoas a viver) ao lado dos porcos.  Constrói-se em leitos de cheia e em bom solo agrícola. Ignoram-se recursos geológicos, veja-se a Zona dos Mármores. A partir daí toda a gente ralha e todos têm razão. Talvez por isso os grandes desafios associados ao território estejam dispersos por vários Ministérios e Secretarias de Estado no novo enorme Governo. Estou-me nas tintas para isso, é mais caro um Governo grande que um pequeno, mas não é por aí. O que nos deve interessar é a eficácia do Governo e os resultados alcançados. Falam-nos em eficiência energética, descarbonização, luta contra as alterações climáticas, aposta nos transportes públicos, economia circular, ciclovias, etc., etc e depois encalhamos num país miseravelmente produtivo que necessita de 2,5 vezes o seu território para gerar a nossa pobre riqueza, é mau demais. O resto é conversa fiada do bem disposto Ministro Matos Fernandes.  Temos na nossa terra condições, como poucos, para solucionar grande parte do “enorme problema” a que a humanidade chegou: temos solo e água, isto é, território de baixa densidade, pronto a produzir os alimentos que nos faltam para sermos suficientes. Na verdade temos condições para um verdadeiro up local em detrimento do up global que tanto tem agradado a uma ínfima minoria. Num planeta sobrelotado, não é difícil povoar o interior como desejarmos, enquanto é tempo.  Apesar de questões globais, como as alterações climáticas, temos algumas condições ímpares para um Alentejo bem melhor para todos. A grande questão é: os nossos governantes não compreendem isto ou não querem compreender?

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan