à beira mar plantados

era uma vez um povo que vivia num jardim à beira mar plantado.     brando clima, brandos costumes.                                                                       vida fácil, tudo a ajudar, até a história.                                                                até que num repente, no meio da floresta de iguais, surge um lobo mau, Sócrates.                                                                                                                                   contrariamente a que este povo pensa essa criatura não está só, tem muitos, mas muitos seguidores, e, muito importante: não surge do nada. pensavam que tudo se resumia a Sócrates?                                                                                                                         santa ingenuidade a deste povo; povo de onde emanam estas criaturas.   a candura imaculada deste Constâncio nunca inspirou confiança. tantos, mas tantos, iguais aí no ativo. Na verdade estes lobos, tipo Capuchinho Vermelho (Constâncio), são os mais perigosos.

pobreza

esta é uma micro estória de pobreza em que os portugueses aposta e, em particular, os alentejanos acreditam:

” ALENTEJO O Bloco de Esquerda está contra a prospeção de ouro e outros minerais nos concelhos de Évora, Montemor-o-Novo e Vendas Novas.”

by bike

Como, quase, todos sabemos estes tempos estão patetas e querem fazer de nós parvos. Na cidade onde vivo, do dia para a noite, aconteceu o 1º Encontro Nacional de Rotas e Infraestruturas Cicláveis. Ao que lá disseram a propósito do dia da bike (a bicicleta portuguesa) que a UNESCO instituiu (dia 3 de junho). Parece que andamos a fazer grandes descobertas e que usar a bicicleta é uma grande inovação – mobilidade sustentável, todos muito amigos do ambiente etc. Haja paciência. Num repente o transporte dos pobres virou uma inovação só possível aos mais abastados. Fiquei a saber que há uma empresa pública, Infraestruturas de Portugal Património (IP Património) dedicada à grande causa. Neste caso justificada pelas linhas de comboio e estações abandonadas que há uns anos se chamam Vias Verdes. Até quando é que vamos suportar que o nosso dinheiro seja assim estragado? Apesar do Encontro ser Nacional o que valeu a pena foram os exemplos que vieram de fora, designadamente de Espanha. O resto, por cá, é o faz de conta habitual, uma “família” de gente com o interesse nas bikes que governa a vida com a coisa. Como sempre. O presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta informou, com satisfação, que o Ministro das Infraestruturas criou um grupo de trabalho para por ordem na coisa: obviamente que ficamos todos a saber que nada se vai resolver.  Dois singelos exemplos, aqui do lado, mostram o ponto onde estamos. Numa serra despovoada da Andaluzia (como o nosso “desgraçado” interior) há uma destas vias verdes (Via Verde de la Sierra, está tudo na net) com cerca de 36 km que é gerida profissionalmente. Esta infraestrutura, via verde, criou 35 postos de trabalho diretos. Em Girona, na Espanha rica e povoada, foi criado o Consórcio das Vías Verdes de Girona, uma entidade pública de carácter associativo e de natureza institucional e local. O orçamento anual é cerca de um milhão de Euros e as receitas mais de três milhões. E por aqui me fico.

faz de conta…

um pacote de bolachas de 1,8 €, três embalagens, 3 materiais.

viva a charada do ambiente, sustentabilidade e outras tais.

um enorme faz de conta…

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan