Serra Bendita
Terminamos com Arrábida 5, o último ponto da Agenda.
Cinco: Fazer.
O texto que deu origem a esta série de artigos, que hoje concluo, foi publicado a 11 de dezembro de 2018. Tinha cinco pontos e terminava assim: “só falta fazer”. Ora, os referidos cinco textos sobre a “serra bendita” visam, essencialmente, contribuir para que se faça a Agenda Arrábida, Serra Bendita porque não? Acredito profundamente nesta Agenda como uma excelente opção e um sério compromisso pela Arrábida, onde todos ganham, sobretudo a serra. Há tudo para fazer.
A semana passada escrevi sobre uma inolvidável experiência que tive nas terras altas da Escócia, o West Highland Way (WHW), uma das 10 grandes rotas mais bonitas do mundo: é assim que é vendida e é por este alto valor que se paga. As terras altas da Escócia, na verdade, são fantásticas. Uma terra inóspita, das mais despovoadas da Europa, que vale essencialmente por isso – ar limpo, puro e fresco, sem humanos. Mas falta-lhe quase tudo o resto, tudo o resto que a Arrábida tem em abundância. Se o WHW é bom, a Arrábida é muito melhor: a diversidade paisagística e cultural e a biodiversidade da Arrábida não têm paralelo. Porque não tirar partido desta riqueza? Não há uma razão válida para não o fazer.
A Agenda da Arrábida vai-nos levar à serra, a viver a serra. Na Escócia, antes de pisarmos o campo, somos explicitamente convidados a ler o Scotland’s Outdoors Responsibly, que se resume em três significativos e simples tópicos:
– é responsável pelos seus atos e ações;
– respeite as outras pessoas;
– cuidado com o ambiente.
Não é preciso mais para termos uma Arrábida viva e vivida como merecemos. Depende de nós.