garfada, altamente

A Dª. Leontina e o Sr. João são um magnífico exemplo que caracteriza a excelência gastronómica de Évora: o casal reparte tarefas entre a cozinha e o servir, será este um segredo? É comum isto acontecer em Évora em restaurantes onde se come muito bem.

Há mais de 40 anos que o Sr. João se levanta bem cedo para comprar os melhores produtos aos fornecedores que há muito já são bem mais que isso. Quando a Dª. Leontina chega à cozinha já muita coisa está preparada. Este é o início do segredo de O Garfo;

aqui se serve a melhor sopa de cação de Évora e, provavelmente, do mundo – disse alguém, com responsabilidade, um dia. No O Garfo tudo é Alentejo e tudo é bom. Talvez as sopas, que o Sr. João superiormente enaltece anualmente com um Festival, sejam o ex-libris deste templo alentejano. Como tudo no Alentejo também no O Garfo tem o seu tempo. O borrego na Páscoa é diferente, para melhor, do que no resto do ano, por isto o ensopado no O Garfo é só nessa altura do ano. Acresce, que no borrego, como no resto, sempre que possível a produção é local; o verdadeiro “sabor cá da terra”. Como se tudo isto não chegasse o Sr.  João é um conceituado escanção. Em matéria de vinho, essencial para a qualidade da refeição, o melhor é confiar na escolha de quem sabe, o Sr. João escolhe o vinho e estamos certos que a harmonização prato – vinho será perfeita.

É assim no O Garfo, o Alentejo no prato e no copo.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan