geraldo plaza reveillon

Em boa hora levaram-me ao réveillon da geraldo plaza*. Tudo justo e perfeito. Na Geraldo esbarrei com o incontornável Chora, amigo de sempre, desde o Liceu Nacional de Évora (LNE). Alguns dos que me estão a ler, incluindo o Paulo, sabem o quer dizer LNE. Sem dúvida, o ano terminou em alta, estar com o Chora na passagem de ano. Muito bom. O Chora no fim de 2017 representou, muito bem, o meu mais remoto passado em Évora. Tenho pena que o Eduardo Luciano (vereador da cultura) e o Ceia da Silva (presidente do turismo do Alentejo e Ribatejo) não o entendam.

Depois de alguma cerveja o Chora confessou-me que a “coisa” tinha sido dura, muitos jantares e festas. Já próximo das 24 horas tentei dar 12 passas ao Chora. Obtive a melhor resposta, impossível, impensável, sublime, epifânico…: “já as comi”. Suponho que aí pelas 22 horas o Chora despachou as 12 passas. Para quê esperar pelas 12 badaladas? É demasiado óbvio, só nós o percebemos. Ainda bem que a UNESCO não compreende a dimensão cultural desta coisa. O enorme Chora comeu as passas, quando lhe apeteceu, como quem come um frango assado na Gruta. Já está, assunto arrumado. Muito bom, viva o Chora, muito obrigado Chora: já as comi, as passas, é de uma dimensão cultural única. Quantos de nós se reveem em ti, meu querido amigo! Deus te conserve assim. Obrigado Évora. Será que é possível Évora ser capital europeia da cultura sem perceber o Chora? Não creio. Muitas vezes encontro o Chora nos corredores do antigo LNE, doravante vou agradecer ainda mais estes encontros. Bem hajas Chora, bom ano para ti e para todos.

*em homenagem ao “évora plaza”, o shoping há muito desejado por muitos, odiado por outros tantos, que acabou de abrir em Évora.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan