o jornal Público de hoje chama o tema da censura, a de 2017, à capa.
vale a pena falar da censura do Salazar em 1967…
a 24 de novembro escrevi sobre o tema:
http://www.otrosmundos.cc/2017/11/24/seca-e-cheias/
o jornal Público de hoje chama o tema da censura, a de 2017, à capa.
vale a pena falar da censura do Salazar em 1967…
a 24 de novembro escrevi sobre o tema:
http://www.otrosmundos.cc/2017/11/24/seca-e-cheias/
mesmo que tudo, ou quase, nos diga o contrário, vivemos aqui e agora, neste lugar/espaço e neste tempo. Só assim somos autênticos e vivemos em primeira mão – tocamos, cheiramos e saboreamos.
http://www.citador.pt/textos/nao-sera-tempo-de-voltarmos-aos-sentidos-jose-tolentino-mendonca
http://www.citador.pt/textos/o-aqui-e-o-agora-jose-tolentino-mendonca
escrevi dezenas de vezes que a corrida é como a vida. Como poderia ser diferente?
a minha vida, por estes tempos, tem sido estúpida.
a estupidez distingue-se da parvoíce porque, além de causamos dano a outros, também nos prejudicamos a nós. Peço por isso a devida atenção à minha família/amigos, alunos, colegas, leitores e conhecidos. Peço também, desde já, perdão por todos os males que vos possa causar.
hoje, em Évora, corri a meia maratona monumental, da forma mais estúpida que alguma vez imaginei. Além da “esperança”, o único resultado positivo que consigo identificar é perceber que não tenho vergonha suficiente. Hoje em Évora soube que não tenho a vergonha que devia ter. Um rol de coisas estúpidas ultrapassou em muito a vergonha e aos 5 km parei para tentar recuperar. A cabeça, o mais importante dos músculos também para correr, não conseguiu mandar e por ali me fiquei. A lista “de coisas estúpidas” que fiz está bem clara na minha cabeça e sei como fui estúpido. Todavia, até os estúpidos têm direito à vida. Afortunadamente, o canal no YouTube Kurzgesagt mostra que quando as coisas “estúpidas” se juntam faz-se magia. Pequenas coisas transformam-se em coisas importantes. “Átomos formam moléculas, moléculas formam proteínas, proteínas formam células, células formam órgãos… É o fenómeno que o canal procura explicar tendo por base as formigas, o seu instinto de cooperação e o poder que ganham quando se juntam.” (https://www.youtube.com/watch?v=16W7c0mb-rE )
Valverde é uma aldeia engraçada, junto a importantes instalações da universidade padece desta vantagem. Fui até lá com os alunos fazer um trabalho de campo. Uma tarde fantástica para retratar bem o país que somos. Ainda falta ver o que vai sair dos relatórios mas confesso que a expetativa não é grande. Certamente que o professor também tem responsabilidade na qualidade dos trabalhos mas essa é outra história. Uma das razões porque Valverde foi escolhida respeita ao transporte que a universidade assegura através de autocarro. A primeira pedrada surgiu quando no autocarro só viajei eu e três alunos dos cerca de 20. Todos os outros deslocaram-se em viatura própria. Obviamente que se perdeu parte de coisa, alguns perderam-se, etc. Vale a pena comentar?
seca e cheia, duas faces da mesma moeda.
de hoje para amanhã faz 50 anos em que a catástrofe foi cheias; era bom que o país gerisse a seca a sério (“fechar a torneira enquanto lava os dentes” é ridículo) e cuidasse das cheias enquanto é tempo.
o comportamento do regime salazarista é inaceitável. Se olharmos para o que se passou e passa, 50 anos depois, em Portugal, as diferenças são assim tantas? Sabemos tudo o que devemos saber sobre Pedrogão e por aí fora? Hoje, o desempenho do Estado perante a catástrofe é aceitável? O Público de 28 de novembro chama o tema à capa:
há uns tempos, a propósito da queda do avião na base aérea do Montijo um leitor (Carlos Conde) do Observador escreveu este delicioso comentário:
“Recomendação grátis:
A Força Aérea, se estiver sintonizada com o governo, deve começar por negar em absoluto a queda da aeronave.
Quanto ao fumo negro visível na foto basta dizer que foi provocado por combustão espontânea de pneus, numa sucata, pertencente a pessoa próxima dos sucateiros do PS.
Mais tarde, após as notícias sobre o euro, o ministro da defesa deverá aparecer na tv e, entrevistado por pessoa de confiança (são quase todos), responde que já estão no terreno equipas cinotécnicas em busca de um eventual avião desaparecido.
A suspeita sobre o desaparecimento surgiu na sequência de “rumores anónimos”, quando uma equipa especializada multidisciplinar da Força Aérea após ter contado, por duas vezes, todos os aviões concluiu estar em falta um dos grandes.
Especulou-se sobre o desaparecido tendo sido colocada a hipótese de ter ido a Paris em treino dos pilotos, com passagens a 600€ para amigos.”
vale a pena espreitar estes links, imperdível escutar o Arqtº Ribeiro Teles:
http://observador.pt/2017/11/24/cheias-de-1967-21-fotos-do-rasto-de-morte-que-salazar-quis-ocultar/
pelo lado espanhol (El Pais):
agradecer.
… uma espécie prestação de contas a todos os que nos ajudam:
Abertura – 8 Maio 2017
17 Famílias – 46 Pessoas
92 Refeições completas diárias
Recolhas e entregas de 2ª a 6ª, sendo que 6ª levam 6 refeições até 2ª ao jantar.
1º Turno – 2 rotas carro
2º Turno – 1 rota carro + 1 rota pé
3º Turno – 2 rotas carros + 1 rota pé
+/- 120 voluntários por semana
Objectivo actual – Mudar para um sítio maior, mais acessível e adequado, onde possam trabalhar mais voluntários ao mesmo tempo, para chegar a mais famílias.
Dentro de dias vai-se correr a meia-maratona Évora Monumental. Provavelmente mais de sete mil pessoas vão esgotar Évora nesse fim de semana. Como quase sempre, santos da casa não fazem milagres, mas a gente não se importa nada que outros venham à nossa fazer coisas boas. A culpada disto é a Global Sport, que faz corridas destas em contextos de património: Coimbra, Guimarães, Douro Vinhateiro, etc. Acresce que a organização tem uma componente social muito interessante e envolve instituições de solidariedade locais. Por tudo isto, a meia maratona de Évora é muito mais do que uma corrida. É um evento com uma enorme importância económica, social e cultural. Uns mais do que outros, todos sabemos que a corrida é um fenómeno mundial. As razões são múltiplas e também bem conhecidas.
pergunta:
que factores básicos da geologia condicionam o vinho que bebemos?
TODOS
a vinha, como os homens, exprime a geologia, a biodiversidade e a atmosfera do lugar.
o vinho, na verdade, é uma forma de expressão:
– da geologia/geografia;
– da personalidade do enólogo.
vinho, escravo da geologia (apresentação):
A estrada do interior de Portugal que parte de Chaves e chega a Faro, ou o inverso; um país, o nosso, inteiro numa estrada, Portugal ao comprido. São 738 quilómetros, 35 concelhos e 11 distritos atravessados. Território com muita história e cultura dentro é, provavelmente, o melhor retrato da N2. Na verdade o “projeto rota turística N2” é coesão territorial e desenvolvimento para o interior. Viver a N2 numa Harley integrando um espetacular grupo do Lisboa Chapter Portugal foi um privilégio somado. Esta coisa de viajar com outras 13 HD ajuda muito mas, todavia, a N2 é efetivamente a rainha. Os imensos, ricos e diversificados patrimónios estão lá todos, a mais das vezes em poucos quilómetros tudo muda. Faltou-nos o principal recurso para respirar totalmente a N2, tempo. A N2 e tudo à volta exige-nos tempo. Tempo, o recurso que o nosso modo de vida nos rouba. Dois dias é muito pouco para tanto.
A história completa de uma viagem de Chaves a Faro, Portugal ao comprido:
https://www.dropbox.com/s/0rykwcvlx6c87b3/en2%20by%20hd.pdf?dl=0
Newsletter Lisboa Chapter HD – outubro 2017
https://app.flashissue.com/newsletters/e795e512f3bd02a8da05a6d85a9b1eb8525696cd
muitos, muitos anos depois, provavelmente nesta caminhada do dia 12 novembro foi onde os nossos passos nos levaram mais longe.
Saber popular das Serras de Aires e Candeeiros:
Terra que possas.
Terras que consigas cuidar e manter limpas e cultivadas.
Casas que caibas.
Casas que sejam o suficiente para dormires e descansares da vida diária.
Olival que não saibas.
Oliveiras que não saibas de modo a que tenhas muito azeite para vender para que tenhas dinheiro para o sustento e luz para iluminação à noite.
O melhor jornal do mundo mostra o que de melhor se faz no mundo, obviamente:
http://omirante.pt/sociedade/2017-11-12-Caminheiros-visitam-Serra-DAire-e-Candeeiros
http://omirante.pt/economia/2017-11-13-Produzir-cogumelos-biologicos-na-Serra-DDaire-e-Candeeiros
Fotografias de Natividade Silva:
Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan