otros mundos

depois de quatro anos e meio e mais de quatro dezenas de textos, Otros Mundos merece alguma reflexão.

se “a escrita é uma arte, e não uma ciência”, serei um artista? Não me parece.

todavia, no mínimo, devo perguntar: comuniquei bem? tentei agradar aos leitores e partilhei alguma coisa que gostem e lhes seja útil?

dei-lhes uma escrita que os divirta, informe, persuada e expressei os meus pensamentos e convicções de forma clara?

dei-lhes o que eles queriam?

quero que Otros Mundos seja uma rede informal de partilha de saberes e informação útil, norteada pelo bom senso.

para isso, antes de publicar, pergunto:

  1. é fácil perceber qual é o tema?
  2. qual a importância e actualidade do tema como contributo para um Mundo melhor e mais justo?
  3. todos os parágrafos têm um propósito e uma sequência lógica?
  4. as principais ideias estão destacadas?
  5. é necessária mais informação, exemplos ou episódios?
  6. a informação está suficientemente clara?
  7. há ideias genéricas que necessitam de fundamentação?
  8. é preciso explicar algum termo técnico?
  9. há repetições desnecessárias?
  10. o tom é adequado e consistente?
  11. as frases são claras?
  12. há palavras e ideias vagas?
  13. há erros de gramática?
  14. há erros de pontuação?
  15. isto interessa a quem o vai ler?

tudo isto e algo mais sempre sem medo de assumir o que escrevo.

tento  evitar “aos costumes disse nada”;  não gosto nada de me esconder atrás das palavras ou de lugares comuns, o cinzentismo arrepia-me e causa-me náuseas.

agradeço muito a duas pessoas, sem elas não haveria otros mundos, ao Paulo Ribeiro e ao Carlos Pessoa.

assumidamente Otros Mundos quer, não só fazer parte da mudança, mas também fazer a mudança.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan