depois de quatro anos e meio e mais de quatro dezenas de textos, Otros Mundos merece alguma reflexão.
se “a escrita é uma arte, e não uma ciência”, serei um artista? Não me parece.
todavia, no mínimo, devo perguntar: comuniquei bem? tentei agradar aos leitores e partilhei alguma coisa que gostem e lhes seja útil?
dei-lhes uma escrita que os divirta, informe, persuada e expressei os meus pensamentos e convicções de forma clara?
dei-lhes o que eles queriam?
quero que Otros Mundos seja uma rede informal de partilha de saberes e informação útil, norteada pelo bom senso.
para isso, antes de publicar, pergunto:
- é fácil perceber qual é o tema?
- qual a importância e actualidade do tema como contributo para um Mundo melhor e mais justo?
- todos os parágrafos têm um propósito e uma sequência lógica?
- as principais ideias estão destacadas?
- é necessária mais informação, exemplos ou episódios?
- a informação está suficientemente clara?
- há ideias genéricas que necessitam de fundamentação?
- é preciso explicar algum termo técnico?
- há repetições desnecessárias?
- o tom é adequado e consistente?
- as frases são claras?
- há palavras e ideias vagas?
- há erros de gramática?
- há erros de pontuação?
- isto interessa a quem o vai ler?
tudo isto e algo mais sempre sem medo de assumir o que escrevo.
tento evitar “aos costumes disse nada”; não gosto nada de me esconder atrás das palavras ou de lugares comuns, o cinzentismo arrepia-me e causa-me náuseas.
agradeço muito a duas pessoas, sem elas não haveria otros mundos, ao Paulo Ribeiro e ao Carlos Pessoa.
assumidamente Otros Mundos quer, não só fazer parte da mudança, mas também fazer a mudança.