Antes de iniciar este escrito dei uma volta por alguns sítios de informação. Nada mais se lê que banca, europa e terrorismo, o maravilhoso mundo a que chegámos e em que vivemos. Até o Europeu do nosso contentamento começa a ficar distante, embora as medalhas do Senhor Presidente continuem a ser distribuídas.
Bem a propósito, um amigo, gestor de empresa própria de sucesso, sempre bem informado, escreveu-me: “até o LIDL já compra a fruta e as verduras aos produtores locais. Enquanto isso tens o presidente do governo de Espanha a dizer que a situação de Portugal é muito pior que a de Espanha, Portugal a dizer que está melhor que a Grécia, a Itália a dizer que está melhor que a Espanha, a França a dizer que está melhor que a Itália e estes cabrões todos fazem uma suposta União Europeia… O que é um belíssimo exemplo do que significa a globalização!” Transcrevo porque me parece uma excelente imagem do esterco em que vivemos. Triste vida esta que nos entra pela casa dentro e sobre a qual nada, ou quase, podemos fazer. Esta é a face oposta do que escrevi a semana passada sobre a vida de proximidade. Ganha força uma questão que formulei há muitos anos e que, certamente, por aqui já a terei escrito: “quanto vale um hectare de terra fértil com um poço de água potável?”