estupidez inteligente

Santo Natal e 2016 com muita Paz e Bem

Quem não a conhece e sente? E se a questão for : quem a não pratica?

Onde está a fronteira entre a estupidez e a não estupidez? Quem define e marca esta fronteira?

A estupidez é uma das “qualidades” mais marcantes da condição humana. Incontornável. Mesmo que o não queiramos aceitar é verdade. Rodeia-nos e invade-nos por todos os lados. Desde já, o mais inteligente é admitir que este texto é estúpido. E o que importa? Na verdade só os estúpidos não se importam, nem por eles mesmos. É por isto que são verdadeiramente felizes. E que mais é necessário do que ser feliz?

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empresas na equação da sustentabilidade

dados da UE dizem-nos que:

ordenado mínimo em Portugal é cerca de 75% da média europeia;

produtividade em Portugal é cerca de 55% da média europeia.

todos percebemos?

pobre povo, que tem uma elite dirigente que faz um país destes. 

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inteligência

inteligência

creio que há, pelo menos, um tipo de inteligência em falta, a estupidez.

na mera condição humana, no presente tempo, não tenho dúvidas que os estúpidos são os mais felizes. Estou errado?

experimentem  5 min de conversa com um estúpido, não há nada que se possa contrapor e de certeza que notarão uma criatura feliz. É muito fácil encontrar um estúpido;  aqui onde estou, na melhor universidade do mundo – escrevo sem ironia, por exemplo, hoje,  às 18:30 no mesmo edifico há dois concertos gratuitos, um de percussão e  outro de piano -, dou um pontapé numa pedra e aprece-me de certeza, pelo menos, um estúpido. Posto isto sou forçado a concluir que a estupidez é, no mínimo, uma forma de inteligência. Provavelmente a mais inteligente.

e, por último, não me quero justificar, mas, se às vezes vos parecer estúpido, por favor não me levem a mal e fiquem satisfeitos, por mim.

http://www.eartes.uevora.pt/informacoes/agenda/(item)/18625

http://www.eartes.uevora.pt/informacoes/agenda/(item)/18587

http://www.uevora.pt/univercidade/Cultura-e-Lazer

 

 

José Tolentino Mendonça

“A forma como nós lidamos com o tempo é anómala porque deixámos de ter tempo. O tempo é uma invenção humana, mas nós nunca temos tempo. [Urge] Uma reconciliação profunda com o tempo, com os ritmos mais humanos, com a necessidade do descanso, do repouso, da sedimentação, para que cada um de nós possa sentir-se habitado, sentir o sabor das coisas pequenas, …” É um excerto de uma entrevista de J. Tolentino Mendonça, um dos grandes pensadores e poetas dos nossos dias. Muitos dos leitores de O Mirante leem o semanário nacional onde Tolentino Mendonça escreve todas as semanas. Algumas dessas crónicas semanais sobre a vida de todos os dias estão compiladas no livro, “Que coisa estranha são as nuvens”, que nos convida a parar e a “simplificar adensando” o modo de viver a vida. Para além de tudo, estamos perante um mestre de humanidade. Ler Tolentino Mendonça é esbarrar na simplicidade da vida que tanto gostamos de complicar.

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Monsanto a pé

Tejo a pé

 

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Quanto mais conhecemos Monsanto mais nos orgulhamos de sermos portugueses.

Com felizes regressos numa caminhada bastante tranquila do Tejo a pé o Nuno Luz, excelente técnico e guia da CM de Lisboa, mostrou-nos mais Monsanto, mesmo aquele que o nevoeiro não nos deixou ver: “um olhar sobre o Tejo”.

Apetece conhecer mais.

No moinho do Penedo, no fim, já próximo das 14:00, espreitámos o sol ao almoço e partimos mais felizes e contentes.

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a queda de um anjo

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A queda de anjo bem pode ser o nome desta peça de um barrista de Évora.

E quando um anjo caí, outro se levanta?

Talvez, se tiver asas (Ser) para isso.

“Ignoro tudo, acho tudo esplêndido, até as coisas vulgares: extraio ternura duma pedra. Não sei – nem me importo – se creio na imortalidade da alma, mas no fundo do meu ser agradeço a Deus ter-me deixado assistir um momento a este espetáculo desabalado da vida. Isso me basta.”

Raul Brandão

 

 

 

 

vizinhança

A rixa entre vizinhos é um património nacional. É cultural. É tão verdade que as faces da moeda são extremadas; de um lado o “ódio de morte”, do outro, “o mais que família” – é assim que o português sente os seus vizinhos e para toda a vida. Isto é verdade não só no Portugal rural, onde as disputas pelas águas, ou pela definição das extremas, são clássicas e têm grande importância local, como está assegurado no meio urbano onde é comum acontecer em qualquer condomínio que se preze. Quase tudo serve para qualquer dos extremos. O resultado é muito a consequência da nossa atitude. Bem poderia estar de candeias às avessas com a minha querida vizinha reformada que escolhe as madrugadas para estar horas a gritar ao telefone, porque já ouve mal, e assim não se sentir tão só. Escolhi achar piada e ficar feliz por a saber ainda de saúde para estar ao telefone durante horas.

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património da humanidade – Évora

Tive a oportunidade de assistir, nos Paços do Concelho, à comemoração dos 29 anos da classificação de Évora como Património da Humanidade (UNESCO). A oportuna alusão do Presidente da Câmara não só historiou como apontou o caminho. Évora assume o seu património e tem uma estratégia. Apenas ouvi os tópicos que o Presidente entendeu transmitir e não conheço a dita estratégia. Seja como for, no limite, qualquer coisa é melhor que nada, como aconteceu nos últimos anos, anos de mais. Durante muito tempo, Évora esqueceu-se do que é, esqueceu e perdeu muito da sua identidade. Perdeu muitos anos de oportunidade. Vamos em frente e recuperemos o possível desse tempo perdido.

O governo local (Câmara Municipal), como entidade liderante, deve ser ambicioso, sair da Praça do Sertório e exigir que o próprio país assuma o património de Évora como seu e estrategicamente essencial, designadamente para a atividade turística. Portugal não pode prescindir de Évora patrimonial; Évora Património é, inequivocamente, um recurso nacional. Este estatuto adquire-se e conquista-se em Lisboa, junto do governo central, sem politiquices, com cabeças abertas, como os para-quedas para poderem voar, e bem cientes dos atuais tempos.

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chocalhos (patrimónios do Alentejo)

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Eram 14:20 em Lisboa quando em Windhoek na Namíbia, nesta tarde de 1 de dezembro, foi apreciada e aprovada a candidatura da arte dos chocalhos como Património Cultural Imaterial da Humanidade com Necessidade de Salvaguarda Urgente. As Alcáçovas assume-se como “capital” desta arte e abraça o desafio. Os Mestres chocalheiros estão de parabéns.

A responsabilidade é enorme, ganha esta etapa, o desafio começa agora. O Alentejo é uma terra de patrimónios que deve traduzir em riqueza e bem estar para os alentejanos. Esta boa terra necessita, finalmente, de ultrapassar estigmas de pobreza e assumir-se com ambição como uma “reserva patrimonial da Europa”.

“O Alentejo continua assim a relevar os seus muito diversos valores identitários, enquanto componentes genuínas de quotidianos vivenciados, mas também como consequente afirmação de destino turístico.” (CMÉvora)

Viana do Alentejo tem valores únicos que finalmente poderão ser descobertos e vividos. Esta terra e as suas gentes merecem-no.

Como se faz um chocalho:

https://vimeo.com/105864696

 

 

 

 

 

os Carlos de Torres

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Torres Vedras tem dois Carlos, o Miguel e o Bernardes.

Torres Vedras é uma terra boa, quem a conhece sabe isto.

Mais do que a terra, em Torres as pessoas valem a pena, têm alma, partilham afetos e manifestam emoções.

Assim foi, mais uma vez, na passagem de testemunho do Carlos Miguel para o Carlos Bernardes. O segundo é agora o Presidente da Câmara Municipal, o primeiro partiu à procura de Portugal, que o país o saiba merecer como Torres. Em pouco tempo vão conhece-lo e vamos todos agradecer-lhe ter abraçado tamanho desafio.

O Carlos Bernardes fica com Torres nos braços, uma honrosa e boa herança que ele merece e que também construiu. Torres bem o conhece e sabe que está em boas mãos.

No fim sei que todos, Portugal e Torres, vão ganhar.

Portugal precisa de muitos homens como estes.

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan