Por estes dias a nossa Catarina, a Catarina mais famosa do país, aquela em que mais de meio milhão de portugueses confia, esteve no Porto e afirmou que “os transportes públicos serão públicos”.
Pena é que as histórias em Portugal nunca sejam contadas na totalidade. A Catarina não diz tudo porquê? Qual a verdadeira razão porque vamos continuar a pagar muito por um mau serviço de transportes? Estou em crer que os portugueses sabem que, de uma maneira ou de outra, pagam os transportes, mesmo que a Catarina lhes diga que não. E, também acredito, que todos sabemos que o nosso maior interesse é pagarmos o menos possível pelo melhor serviço, certo? A verdadeira motivação da Catarina e dos seus amigos do lado é vital para a sua sobrevivência. Só com os transportes na mão da CGTP é possível a Catarina e os seus amigos terem mais de um milhão de votos. O mais triste é a consequência desta verdade, o pior de tudo; pelo desperdício das cidades que têm o privilégio de ter algo aparentado com transportes, públicos apenas na despesa, que todos bem pagamos, o interior despovoado, envelhecido e doente, não tem meios para levar os idosos à sede do Concelho ao médico ou ao correio. E é também pelo mesmo tipo de razões que nos faltam recursos para a saúde, educação, cultura, etc.
Cada um faz o país que merece. Nós, portugueses, andamos muito distraídos, gozam connosco, na nossa cara, e deixamos.
Para muitos este meu escrito é a típica retórica de direita que tudo quer na mão do mercado. No que me toca apenas me interessam governantes competentes e honestos, nada me importa se estão à direita ou à esquerda. Os mais céticos já notaram que a esmagadora maioria das greves ocorre no sector dos transportes? Porque será, se estes trabalhadores até ganham muito acima da média? Perguntem à GGTP, e aos partidos que a suportam, qual é o seu certificado de sobrevivência?