Rafael, da Renascença até hoje (tertúlia Conversas de Cesta)

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Em 2ª edição Luís Bettencourt Moniz brindou-nos com uma viagem até à antiga Grécia e pela leitura do magnífico fresco de Rafael compreendemos o que hoje somos. Na verdade são cerca de 900 anos da nossa história que tudo, ou quase, explicam. A ética e o saber que nos vai faltando e nos transportou à atual crise de valores.

Racional. Buscar o conhecimento das causas

Belo. Inspiração Divina

Verdade. Conhecimento das coisas divinas (Disputa)

Bem. Para cada um o que lhe é devido

Apresentação power point:

https://www.dropbox.com/s/br6gd8q8iq2vyu1/2015_11_27VariacoesQuadroMiguelAngelo.pdf?dl=0

Bibliografia citada:

https://picasaweb.google.com/109212587513581186400/BibliografiaReferidaPorLuisBettencourtMoniz?authkey=Gv1sRgCPa6n7un1NXjXA

 

 

caminhos de Santiago a sul

É sempre bom aprender com quem vai à nossa frente. A Espanha promove-se muito bem do lado de cá como evidencia a Mostra Espanha 2015. Temos de aprender a gastar menos dinheiro na promoção de Portugal no estrangeiro.

O vasto programa da Mostra trouxe até Beja um fantástico colóquio sobre o Caminho de Santiago (CS). Atenção, não estamos a falar de “coisas de padres” nem de algo que fica muito longe, para lá do Minho, e que por isso não nos interessa. Como as organizações são as pessoas devo, antes de mais, enaltecer os homens e mulheres da Diocese de Beja e Câmara Municipal desta cidade que desenvolvem um trabalho que o país deve reconhecer quanto antes.

Muito mais que um produto religioso, o CS é um dos pilares mais estruturantes da Europa cultural e social em que nos inserimos. É por esta razão que milhares de quilómetros desta rota em Espanha são reconhecidos pela UNESCO. Deseja-se que em breve o caminho português também o possa ser, em Beja ouvi de responsáveis que o processo está em curso, todavia, sabemos o que isso pode significar em Portugal, anos e anos de enredo.

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serra do Louro – arrábida

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O Tejo a pé caminhou hoje na Arrábida, numa das “arrábidas”, na serra do Louro.

Larguíssimas vistas -Tejo, Sado, Palmela, Setúbal, Lisboa, pontes, serra de Sintra…-, até para quase todas as outras “arrábidas”.

Sol, alguns pingos, muita gente nos trilhos.

Moinhos Vivos; moinhos, burros e padaria.

O típico almoço, bem acompanhado de tinto e depois o regresso para a prova dos licores da serra.

Nada melhor para acabar o dia do que a Arrábida numa garrafa de licor: Arrabidine – Adega Lima Fortuna (Quinta do Anjo).

Mais imagens em:

https://picasaweb.google.com/109212587513581186400/TejoAPeNaSerraDoLouroArrabida22DeNovembroDe2015?authkey=Gv1sRgCIPXqsLlvv7AQA

https://picasaweb.google.com/102373007709626159099/TejoAPeSerraDoLouroArrabida22DeNovembroDe2015?authkey=Gv1sRgCMyh_pif_oS-MQ

https://goo.gl/photos/vs9Xu3nApbYEf18o8

 

 

 

 

 

 

 

évora – meia maratona

[no Alentejo somos únicos, quem tem uma medalha de cortiça? ]

No Alentejo somos únicos, quem tem uma medalha de cortiça?

Na escrita o meu maior prazer é escrever positivamente no DS sobre Évora/Alentejo.

Finalmente Évora vai ter uma corrida que merece esse nome. A meia maratona de Évora é muito mais do que uma corrida. É um evento com uma enorme importância, económica, social e cultural. Uns mais do que outros, todos sabemos que a corrida é um fenómeno mundial. As razões são múltiplas e também bem conhecidas.

Há um pouco mais de 40 anos comecei a correr nas ruas, estradas e campos de Évora, nunca mais parei e quando sou obrigado a fazê-lo por algum impedimento físico os dias correm-me pior. Sair do Chafariz d’ el Rei seguir pela circular à muralha e ir ao Alto de S Bento foi durante muitos anos a minha clássica. Muitas, mas muitas vezes também ia e vinha ao aeródromo, pela estrada de Viana. Hoje é diferente mas não tanto como deveria ser. Isto é, fazer desporto em Évora não é nada fácil e é um dos aspetos que me leva a sorrir quando me dizem que Évora tem boa qualidade de vida – é falso. Nesse tempo era adolescente e comecei a correr porque não tinha alternativas para além do futebol, rugby e natação. Mais ou menos como hoje. Também é justo escrever que se há males que veem por bem este é um deles, Évora empurrou-me para a corrida porque nada de desporto tinha/tem, e ainda bem.

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a nossa catarina

Por estes dias a nossa Catarina, a Catarina mais famosa do país, aquela em que mais de meio milhão de portugueses confia, esteve no Porto e afirmou que “os transportes públicos serão públicos”.

Pena é que as histórias em Portugal nunca sejam contadas na totalidade. A Catarina não diz tudo porquê? Qual a verdadeira razão porque vamos continuar a pagar muito por um mau serviço de transportes? Estou em crer que os portugueses sabem que, de uma maneira ou de outra, pagam os transportes, mesmo que a Catarina lhes diga que não. E, também acredito, que todos sabemos que o nosso maior interesse é pagarmos o menos possível pelo melhor serviço, certo? A verdadeira motivação da Catarina e dos seus amigos do lado é vital para a sua sobrevivência. Só com os transportes na mão da CGTP é possível a Catarina e os seus amigos terem mais de um milhão de votos. O mais triste é a consequência desta verdade, o pior de tudo; pelo desperdício das cidades que têm o privilégio de ter algo aparentado com transportes, públicos apenas na despesa, que todos bem pagamos, o interior despovoado, envelhecido e doente, não tem meios para levar os idosos à sede do Concelho ao médico ou ao correio. E é também pelo mesmo tipo de razões que nos faltam recursos para a saúde, educação, cultura, etc.

Cada um faz o país que merece. Nós, portugueses, andamos muito distraídos, gozam connosco, na nossa cara, e deixamos.

Para muitos este meu escrito é a típica retórica de direita que tudo quer na mão do mercado. No que me toca apenas me interessam governantes competentes e honestos, nada me importa se estão à direita ou à esquerda. Os mais céticos já notaram que a esmagadora maioria das greves ocorre no sector dos transportes? Porque será, se estes trabalhadores até ganham muito acima da média? Perguntem à GGTP, e aos partidos que a suportam, qual é o seu certificado de sobrevivência?

 

ambiente e sociedade

na 6ªf, 13, mais um malfadado dia em que morrem centenas de pessoas em atentados, tivemos  uma Conversa de Cesta em que se falou de ambiente e sociedade.

António Eloy dava-nos a garantia de falar por dentro, de quem viveu, e vive, a história do ambiente em Portugal na primeira pessoa, assim foi.

a incontornável alteração climática que pode conduzir a 6ª grande extinção marcou grande parte da Conversa.

depois o ambiente como causa dos grandes conflitos mundiais, atualmente a guerra na Síria, e o êxodo associado, como um “bom” exemplo de guerra climática – à mesma hora note-se o que estava a acontecer em Paris…

todavia, Eloy continua a acreditar: problemas complexos têm soluções sistémicas com as decisões das pessoas e a tecnologia na primeira linha.

que assim seja!

dia 27 temos outro grande tema e orador na Conversas de Cesta:

Variações sobre um quadro de Rafael, com Luís Bettencourt Moniz.

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o engano das portagens

A semana passada escrevi sobre os enganos deste nosso Portugal; aqui fica mais um excelente exemplo: as portagens. Portagens, sempre na ordem do dia, mas sempre ao lado do essencial. Este é daqueles temas que me fazem sentir estúpido todos os dias. Naturalmente, em tempo de mudança o assunto ganha ainda mais relevância. Desde já, para que fique bem claro, não há aqui dois lados da barreira e as “comissões de utentes” não passam, a maioria das vezes, de arma política – mais ou menos como as greves tipo Metro, TAP, etc.

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tertúlia em novembro

 

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Em novembro, no parque ambiental 5ª de Rana temos mais Conversas de Cesta: uma rede de partilha de informação útil.

Como sempre às 21:00 venha conversar e partilhar ideias connosco.

dia 13

ambiente e sociedade, com António Eloy;

dia 27

variações sobre um quadro de Rafael, com Luís Bettencourt Moniz.

Divulgue pelos seus amigos e apareçam.

um país de enganos

Muito mais que outra coisa qualquer, o nosso país é um paraíso de equívocos. Todos os conhecemos e sentimos. Um dia alguém os deveria inventariar e escrever como forma de os banirmos, de vez, do nosso quotidiano.

Uns tempos depois de 1974, pelo exemplo e curiosidade que o nosso processo revolucionário despertou no mundo, um militar protagonista foi convidado a ir à Suécia contar a “história”. Em pleno parlamento sueco, perante os deputados e governantes, o português afirmou que a “revolução dos cravos em Portugal estava a acabar com os ricos”. Os suecos não queriam acreditar no que ouviam; por muitas explicações que fossem dadas, não compreendiam. Em plena fase de implantação da social-democracia, contestaram afirmando que tudo faziam para tentar acabar com os pobres e não com os ricos. Este episódio mostra o país que somos e como vivemos. Como todos teremos dado conta, recentemente, foram divulgados dados sobre o aumento do número de famílias que caíram na situação de pobreza, que não conseguem pagar a água e a luz e passam carências alimentares; podemos concluir que, há quase 40 anos, o nosso militar tinha razão e continuamos no “bom caminho”.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan