Ti’ Lena

Turismo- “aquela força que puxa o mundo”; o vírus que contagia milhões para viajar, parece aplicar-se a Portugal. Todavia, acredito que o bom momento do turismo em Portugal se deve muito mais ao arraste da conjuntura internacional, e, muito menos, pelo mérito próprio em trabalhar bem o sector em Portugal.

No Centro de Portugal, há uma joia – as Aldeias de Xisto. Muito mais do que as casas de xisto por ali trabalha-se muito bem o tema do turismo, há produto, alma, profissionalismo e simpatia na oferta. Vale a pena espreitar e conhecer; até porque é muito perto.

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trabalhar a terra

“Assustei-me” quando num daqueles supermercados de todas as terras peguei numas maças a 1€/kg com origem no Brasil. Assim que dei conta devolvi as maçãs ao expositor. Como é possível? Que contas são estas? A quantidade de absurdos que está por detrás deste custo é inaceitável. Será que só é crime assaltar um banco? O que irá acontecer, e quando, para repor a verdade e normalidade neste modelo global do mercado?

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Vila Franca de Xira

Vila Franca, tal como Badajoz, surge forte na minha memória de infância. Depois de muita planície, da reta do Cabo e da icónica Estalagem do Gado Bravo, acabava o Alentejo. Passávamos o Tejo, sobre a grande ponte, e já cheirava a Lisboa. Na verdade, alguns quilómetros de transição há algum tempo que anunciavam a significativa mudança de ecossistema natural e cultural. Vila Franca é daquelas terras que alimentam a enorme e singular alma deste país.

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ri palhaço

Sofre cão. Chora homem a desventura

que por culpa tua acabas de sofrer.

Criaste uma imagem, bela, pura.

Autêntica miragem de lindo entardecer…!

image

 

Aí tens palhaço a vera vida.

E terás de rir, rir e sempre rir,

com a alma a sangrar pela ferida

que em teu peito se acaba de abrir.

 

Louco! Que esperavas tu velho tonto

da miragem que acalentaste de pronto

esquecido que miragem é ilusão?!…

 

Caiu-te a venda. Tremes à verdade nua.

Mas a culpa foi tua. Só tua.

Ri palhaço. Chora homem. Sofre cão.

 

A. Duarte (Viana do Castelo)

 

Nota:  há cerca de 40 anos o meu pai sabia, quando escreveu este poema, que em agosto de 2015 este me assentaria que nem uma luva.

 

de Évora com 40° até à cidade da Guarda

Uma tarde de domingo em agosto, em Évora com 40°, é propícia à divagação da memória sem surpresas.

Os “fins de ciclo” convidam, exigem, balanços.

Às vezes, sem dar conta somos levados aos lugares mais improváveis, até mesmo remotos, do nosso passado, da nossa consciência. Uma conversa ocasional com quem, divinamente, está aqui à mão, lembrou-me a cidade da Guarda. Um curto passo levou-me à ARH do Tejo, aos felizes tempos, muitas vezes sem dar por isso, da ARH. Invadiu-me o polo da ARH na Guarda.

Não foi há muitos anos mas parece que foi há muito tempo, o tempo é assim. Quanto tempo? Quantas histórias? Quanta vida?

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futuro

https://www.youtube.com/watch?v=UqYKj3wIk10

 

fiz isto (castilla leon) da melhor forma que o podemos fazer, a pé…

 

sem vaidade nem pretensiosismo digo de mim mesmo: tenho muito passado e por isso tenho muito futuro.

 

quem vem comigo até ao futuro?

 

 

 

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan