vila velha

terras altas do tejo

terras altas do Tejo

O Tejo é muito mais que o Terreiro do Paço e a Lezíria.

Em Vila Velha de Rodão, nas terras altas, o Tejo assume uma beleza impar. Autêntica, onde os mais variados patrimónios se cruzam. Tudo parece estar em harmonia. As pessoas, o rio e tudo o resto têm encanto e encantam.

Provavelmente por isso, desde há muito que o homem por ali andou e se instalou. Variados atores locais como a Câmara Municipal de Vila Velha do Ródao (CMVVR), a Associação de Estudo do Alto Tejo e o Centro de Interpretação da Arte Rupestre do Vale do Tejo têm desenvolvido muitos e excelentes trabalhos. Esta é a  verdadeira Geração do Tejo que tanto tem feito por este rio e pelas suas gentes. O Centro de Interpretação da Arte Rupestre do Vale do Tejo é uma das materializações mais relevantes desta realidade.

Todavia, num verdadeiro passo a passo, aquela Geração continua na busca do conhecimento da vida do rio e do resto, por estas paragens.

Só se valoriza aquilo que se conhece e depois de se conhecer esse conhecimento só vale a pena se for partilhado.

Assim, num solarengo domingo, na encantadora freguesia de Perais, um pouco disto tudo foi dado a conhecer. O lançamento do guia A Calçada e a Barca da Telhada (Ed. CMVVR) foi a razão para alguns dos autores mostrarem in loco a magnífica paisagem e o rico património que os nossos antepassados por ali deixaram.

É um trabalho ímpar, de um rigor excepcional, com grande seriedade e qualidade que começa por apresentar e justificar o projeto. Percebe-se, desde logo, que muito mais que um livro sobre património este é apenas um dos produtos de um projeto com imensos méritos mas que visa essencialmente criar mais um polo de interesse e atratividade nesta belíssima terra.

Feito o muito trabalho de estudo no terreno, propõe-se um percurso pedestre, uma fabulosa mais valia e, quanto a nós, a melhor forma de dar a conhecer e valorizar este património ao maior número de pessoas possível. Tanto mais que a PR5 – Caminho da Telhada se insere num conjunto de Pequenas Rotas locais. Esta é uma aposta segura da CMVVR.

A pé, como fizemos, é a melhor forma de conhecer um rio, uma terra, um lugar. Conhecer um rio é ler a sua história – como temos o privilégio de poder fazer com esta edição, no que respeita a estas terras do alto Tejo –, mas é, também, tocá-lo e cheirá-lo.

Como se escreve, as barcas de passagem, como a barca da Telhada, constituíram a atividade económica mais próspera destas terras.

Que os que cá estão agora e os vindouros saibam bem usufruir desta dádiva que foi, é, e será sempre o Tejo.

Bem hajam, Geração do Tejo, por partilharem este rio connosco.

No Mirante, a 03 de abril: https://www.googledrive.com/host/0B9RaVcLnMKYddk9pWkZSZHY2eHc/2014-04-03.pdf

Comments are closed.

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan