paisagem musical, West Highland Way (Escócia)

 

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Esta é a história pessoal de uma caminhada numa das mais bonitas Grandes Rotas do Mundo, nas terras altas da Escócia.

Seis dias de uma surpreendente paisagem que em cada vista muda e nos inunda pela sua beleza.

” O  West Highland Way (WHW) é o mais antigo trail de longa distância da Escócia e um dos mais belos do mundo.”

Não sabemos se é um dos mais bonitos do mundo mas, depois de percorrer o WHW, podemos afirmar que é lindo de morrer. É muito mais que isso. O WHW é uma paisagem musical profundamente mágica. São 95 milhas, cerca de 152 quilómetros, que fazem bem ao corpo, à mente e à alma.

Ao fim de poucos quilómetros e algumas horas, entramos francamente noutro mundo. Toda a nossa vida as nossas preocupações ficam algures em stand by, o WHW transforma-nos subtilmente sem darmos por isso. Parece que aqueles seres mágicos da floresta celta como os gnomos, druidas e duendes, nos acompanham divinamente e nos fazem esta magia.

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2014

As crianças têm como objetivo crescer, os adolescentes terem um relacionamento, o adulto transcender-se na sua profissão, como casal e na família que criaram. Estes objetivos são bons e sãos, mas num determinado momento aparece um obstáculo: estes objetivos não são suficientes.

“Mexe-te! Estás a apodrecer!”.

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Tejo

fotografia do portal Viver o Tejo

(fotografia do portal Viver o Tejo)

O turismo é, provavelmente, a atividade económica mais transversal.

O rio Tejo é um excelente exemplo. Brutal, talvez seja a melhor palavra para retratar o potencial do Tejo para o turismo de última geração – um turismo de experiências e emoções. O turismo que fica na memória de quem o faz.

São necessários aeroporto, boas vias terrestres, comboio de alta velocidade, etc., mas não é menos necessário o produto turístico à escala local. É isto que nos falta estruturar e oferecer, um produto turístico que promova o imenso património natural, construído e etnográfico/cultural que temos à escala local. É o que a oferta tradicional ignora, mas que tem efetivamente valor para quem deseja uma experiência turística única, de excelência.

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respeito

 

 

respeito

 

A falta de respeito é transversal e carateriza estes tempos. Em qualquer lugar público, na presença de senhoras, crianças e famílias ouvem-se, com naturalidade, os mais absurdos palavrões e impropérios. Parece que até fica mal se não se disserem asneiras.

As nossas estradas e ruas estão inflacionadas de sinais de trânsito que poucos respeitam. Essa mesma sinalética em excesso é um absurdo. Basta haver a regra da prioridade à direita para os sinais de perda de prioridade não fazerem sentido. Em países mais respeitosos, comparativamente, não existem sinais de trânsito.

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expectativas

Mação (blogs.sapo.pt)

Mação (blogs.sapo.pt)

Quanto contentes estaríamos se não soubéssemos que estão cá os nossos amigos da Troika para mais um exame? Bastava que a TV não tivesse o poder que tem para que em Mação nada se soubesse e fossem todos bem mais felizes.

Na verdade, a felicidade de cada um é inversamente proporcional à medida das suas expectativas. E estas são fortissimamente potenciadas por tudo o que de “maravilhoso” e efémero nos “vendem”, designadamente na TV. É exatamente por isto, só por isto, que os antigos eram, apesar de tudo, bem mais felizes do que nós. As suas expectativas eram sustentáveis, moderadas e perfeitamente tangíveis no seu mundo. O resto era a felicidade de sonhar, por exemplo, com um automóvel que os iria fazer ainda mais felizes para o resto da vida.

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o sonho do Império, “um encontro com a história”

descobrimentos

 

8 de dez de 2013 fica marcado pela 1ª ½ maratona dos Descobrimentos. Descobriram uma corrida com longo e promissor futuro.

Depois de um acordar primaveril, embora fresco, na Parede a Praça do Império surpreendeu-nos com um denso nevoeiro sebastianista e um frio de cortar os ossos. O pior é que ainda faltava quase uma hora para ouvir o sinal de partida e dar corda aos sapatos. Estávamos francamente mal vestidos para aquelas condições meteorológicas. Inventámos quase tudo para aquecer. Procurámos o CCB mas as lojas ainda estavam fechadas e depressa percebemos que aqueles corredores abertos do magnífico edifício potenciavam o desconforto térmico.

Finalmente, depois da homenagem a Mandela:. a corrida começou.

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agricultura biológica

Mais do que acreditar no campo estamos convictos que o campo é o futuro, já hoje.

No nosso campo os produtos tradicionais de qualidade que todos conhecemos valem pela qualidade.

A resposta só pode ser esta: não temos condições para competir em quantidade, só a tipicidade dos nossos produtos locais pela suas características diferenciadoras se pode impor no mercado, gerando retornos aos produtores bastante mais atrativos.

Na Europa uma galinha de quinta custa três a quatro vezes mais que um frango de aviário.

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viver o Tejo

(fotografia: Rui Cunha)

(fotografia: Rui Cunha)

 Seminário Internacional

Viver o Tejo

Promover o Tejo, os seus recursos e a sua bacia

29 de novembro de 2013

Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha NERSANT

Apresentação completa em power point: carlos cupeto nersant 29 nov de 2013

porque me chamas? (história de uma peregrinação a Santiago de Compostela)

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Estas são as emoções (com botas) de uma peregrinação a Santiago. Cerca de 350 km pelo Caminho Primitivo, de Oviedo a Santiago de Compostela, sob o tórrido calor de agosto de 2012.

Pouco importa se o Santo lá tem os ossos, as Astúrias e também a Galiza valem tudo e muito mais; o resto, quase tudo, fica para cada um. A certeza é: umas botas nos pés e uma mochila às costas fazem bem ao corpo, mente e espírito.

Neste caminho nasceu OTROS MUNDOS a magnífica loja da bonita galega de Lugo.

Ande e viva!

“Quem chega a Santiago, depois de muitos quilómetros – quantos mais melhor – com uma mochila às costas, sabe do que falo.

– Deixa-me ficar.

Não quero ficar em Santiago, a Parede – onde vivo -, Cascais, Lisboa é muito melhor.

– Deixa-me ficar ligado ao meu mais profundo EU.

É isto que Santiago me dá.

Ligação a mim próprio, é o que consegues quando caminhas com sentido. Peregrinar a Santiago, para Santiago, pelo caminho das estrelas.

Quantas estrelas?

Quantos passos?

Quanta dor?

Quanto suor?

Quanta alegria?

Por sorte o Caminho Primitivo (Oviedo-Santiago, 343 Km) potencia tudo isto, e muito mais, como nenhum outro trilho, quase um fantástico segredo, muito bem guardado. Enquanto milhões andam pelo Caminho Francês, os que partem de Oviedo tiram um bilhete especial. Um bilhete que garante autenticidade, verdade, retiro e tudo o resto, magnitude.

“Si alguno (peregrino) se acerca triste, vuelve feliz” (Códice Calixtino, Libro de Santiago, Libro I Cap 17). Esta é a grande verdade. Centenas e centenas de anos com milhões de peregrinos a caminhar para Santiago. Porquê?”

Texto completo e fotografias (pdf):  Caminho de Santiago Final

 

run qualquer coisa

A conversa antes e depois só é comparável ao paleio de pescadores, caçadores e motoqueiros. Assim foi em Vila Franca junto à praça de toiros, como não podia deixar de ser, antes da partida para a 17ª Corrida das Lezírias.

Lezíria, tantas vezes em cima da mesa e nunca antes corrida por mim. Só faltou mesmo encontrar o Sr Madaleno – da associação de regantes da Lezíria Grande – numa daquelas imensas retas em terra batida.

Por sorte encontrei alguns dos atletas que já vou conhecendo. Se duvidas houvesse a corrida começou logo ali. No antes a grande admiração era eu nunca ter corrido aquela prova. Está tudo dito; como é possível estar ali uma pessoa de calções e ténis que nunca tenha corrido as Lezírias? Estou no meio de craques que, como os bons fiéis, fazem disto a missa do domingo.

Texto completo (pdf):  Run qualquer coisa 1

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan