tempestade no mar e em terra

o mar não se compadece com política barata

o mar não se compadece com política barata

No balanço dos efeitos no litoral da tempestade no mar foi possível ver o ridículo de um responsável de uma escola de surf a mostrar computadores portáteis danificados e o caos em que ficaram as instalações da escola. Isto, obviamente, para em seguida reivindicar o apoio do Estado. Entre outras questões mais profundas este, ainda jovem, gestor deve pensar em mudar de profissão, não basta o surf estar na moda.

A cena repetiu-se por todo o país, muitas barracas (a que chamam bares, restaurantes, escolas, etc.) foram ao ar – nada que não se soubesse que ia acontecer e que vai voltar a acontecer – e o Estado é chamado a pagar.

 

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cheias e riscos

Alguma chuva é suficiente para que surjam notícias de inundações e outras ocorrências associadas. Não estamos, obviamente, a considerar as cheias do Tejo. Estas, previsíveis e bem geridas, desde sempre, pelas populações.

Falamos de episódios pouco previsíveis, cada vez mais comuns, a que chamamos riscos naturais, às vezes acontecimentos catastróficos.

Os riscos naturais são cada vez menos naturais e cada vez mais induzidos pelos erros humanos e pela ausência de uma política de ordenamento do território que considere os factores geológicos e climáticos. Isto é, a componente induzida pelas diferentes intervenções do homem (estradas, urbanizações, barragens, diques, desflorestação, agricultura, etc.) é bastante significativa.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan