otros mundos


otros mundos é este mundo, o que está ao lado e tudo à volta. Olhar o mundo com a alma, os passos e também os olhos. O comum e tudo o que está para além disso. As emoções e os estados de alma vividos e sentidos, aqui e agora, avulsos, sem nexo, sem forma ou preconceito. Desde o livro que se lê, à corrida de fim de semana, à água, à sustentabilidade tudo cabe em otros mundos, assim haja propósito e arte para o escrever. otros porque otros não é outros. O mundo e tudo à volta.

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Category Archives: turismo

10

Jul

Tejo ao vento

Há uns anos que a beira Tejo é palco para um bonito festival de papagaios ao vento. Imagine-se que vêm equipas de vários países. Deste ano não passou e fui lá espreitar. Valeu muito a pena. No caminho pensei: como voariam os ditos se não estava vento? Mas o Tejo é assim, uma vez na praia, mesmo sem perceber nada da coisa, o vento não enganava, fazia-se sentir de forma contínua e persistente. Tudo muito bom. Depois de andar um tempo de cabeça no ar, não faltou uma excelente esplanada, muito confortável, onde estavam umas largas, larguíssimas, dezenas de pessoas com o olhar entre a terra e o céu. Só faltou mesmo uma bebida fresca, pois não havia serviço de esplanada. Por aqui me fiquei, deixei de ver os papagaios e a magnífica paisagem, a imaginar como se pode tomar uma decisão destas: “não temos serviço de esplanada”?…

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à beira mar plantados/suficiência local/turismo/up local

08

Mai

turismo com ciência

…

Apesar de alguma degradação ecológica, sempre negada pelo Ministério do Ambiente, e exagerada por ecologistas, Portugal goza de um conjunto de patrimónios únicos e de grande valor. Entre eles destaca-se o património natural, que nos dá uma enorme riqueza, não quantificada, se não ignorada. Aqui, sim, está o nosso valor distintivo até para o turismo, para além de tudo o resto, como a agricultura.  O sucesso do próprio sector vínico quase tudo deve à enorme geobiodiversidade que temos.

Vem isto a propósito da “cauda longa” aplicada ao sector do turismo. Podemos e devemos estruturar produtos turísticos que abranjam franjas do mercado de alto valor e distintivas; isto é, que outros não têm. Muito para além do lugar-comum “turismo de natureza” – onde quase tudo cabe –, devemos atender ao turismo científico. O novo Dino Parque na Lourinhã, que trouxe novamente o tema dos dinossauros para as páginas dos jornais, é um excelente exemplo. Este Parque só existe parque há em todo o litoral do Oeste, de Torres Vedras a Peniche, um património paleontológico Mesozóico ímpar. Poucos territórios no mundo têm tantas jazidas mesozoicas como o Oeste. Todavia, como sempre acontece por esta terra, este magnífico território geológico está dividido administrativamente por concelhos e, sobretudo, pela cabeça dos actores: a Lourinhã tem um excelente grupo de especialistas e Torres Vedras tem outro. É mais ou menos como no surf, cada um com a sua onda. Portugal tem, na verdade, um enorme e incomparável potencial para o turismo científico de grande valor. A própria capital, Lisboa, tem um enquadramento natural ímpar, a Reserva Natural do Estuário do Tejo é um hot spot mundial em matéria de aves. Quase no centro de Lisboa, do outro lado, em Vila Franca, há uma infraestrutura magnífica, que os outros não têm, o EVOA (Espaço de Visitação e Observação de Aves) que, absurdamente, se bate com dificuldades para sobreviver. Quantos portugueses conhecem o EVOA? Como se pode promover um recurso desta dimensão se nós próprios não o conhecemos? Os atores do turismo em Portugal conhecem o EVOA? Depois da massificação, da quantidade, é avisado diferenciar e valorizar.

…

Artigo completo:

https://www.dropbox.com/s/96r2wd7lbwrwoov/carlos%20cupeto%20-%20turismo%20com%20ci%C3%AAncia%20-%20Expresso%205%20maio%202018.pdf?dl=0

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Expresso/patrimónios/turismo

19

Abr

vinho trabalha bem

 

A vantagem de andar de olhos abertos é enorme. Quando menos se espera, vemos coisas fantásticas que enriquecem a nossa existência. Um dia destes, nas recorrentes viagens que faço de um lado para outro, onde nada de relevante se espera por razões óbvias, aconteceu uma daquelas situações que valem a pena. Os meus olhos bateram na traseira de um camião TIR que ostentava uma imagem fabulosa. Por ir de olhos abertos ganhei o dia e mais alguma coisa: a enorme fotografia tinha como ponto central um caminho de terra que se perdia no infinito da planície alentejana. Acontece que o referido caminho era ladeado por vinhas, também elas infinitas. A (con)fusão da estrada em que estávamos a rolar (A6) com esta imagem foi qualquer coisa de soberbo. Tão bom como o excelente vinho que produzimos e que, como este exemplo evidencia, tão bem promovemos. Este sublime exemplo mostra-nos que é possível fazer bem mais e melhor.

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coisas de vinho/inovação/patrimónios/sustentabilidade/turismo/up local

11

Mar

vergonha de Simplex

O Governo aproveitou a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) para, com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, anunciar a simplificação do licenciamento de actividades na área do turismo. Muito mais do que este anúncio, o que todos queremos é que isto seja uma realidade em todo o país e em todos os sectores. Um amigo, empresário de sucesso, diz-me muitas vezes: “Carlos, só quero que me deixem trabalhar.” Na verdade, não é pedir muito. É um grito de desespero de quem conhece a realidade do licenciamento no nosso país.

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à beira mar plantados/ri palhaço. chora homem. sofre cão./turismo

02

Mar

enoturismo

muito já foi feito mas o caminho é longo, falta muito. Os bons exemplos, como o da Fundação Eugénio de Almeida, devem ser considerados.
nestes links o trabalho de O Mirante:​
http://omirante.pt/economia/2018-02-24-Fundacao-Eugenio-de-Almeida-e-um-exemplo-unico-no-enoturismo

https://www.facebook.com/omirantejornal/videos/1643606499051577/

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coisas de vinho/sustentabilidade/turismo

02

Mar

ilha do Pico

Quem tiver dúvidas que território é, antes de tudo, geologia, vá ao Pico. A verdade maior é que somos a terra onde nascemos e vivemos. Os picarotos, os naturais da ilha do Pico, são, provavelmente, pela força das circunstâncias, o melhor exemplo português desta realidade: uma existência entre o partir e ficar, a terra e o mar. Agricultores e pescadores. Homens que fizeram o milagre de tornar a rocha, sem água, terra habitável. Entre uma agricultura de resistência, onde só heróis como estes são capazes, e plantas rústicas, como a videira e a figueira, se aguentam. No principio nem um palmo de terra, esta, muito valiosa, foi “importada” em pequenas caixas do Faial. Assim nasceu a mais fantástica construção em pedra da humanidade – os currais do excelente vinho do Pico. Depois, a filoxera atirou os picarotos para a miséria, empurrou-os para o mar e tornou-os baleeiros; a ancestral arte da pesca, que põe frente a frente um animal de 50 toneladas e meia dúzia de homens numa embarcação a remos, munidos de arpões lançados à mão.

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calhaus/coisas de vinho/patrimónios/sustentabilidade/turismo/up local

04

Fev

Amarante – terra de patrimónios

As terras de patrimónios têm um encanto especial. Por ora o termo “patrimónios” é orgulhosamente um exclusivo meu. Enquanto isto, Amarante com o seu Tâmega, convidou-me a vivê-la durante um fim de semana. Esta é uma terra de patrimónios com muito encanto. Provavelmente este é um dos segredos mais bem guardados de Portugal; encanto, beleza, cultura e tradição. Não é Porto, não é Douro, não é Minho nem Trás-os-Montes, é tudo isto.

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patrimónios/turismo/up local

14

Dez

guia de Portugal

Neste tempo em que tudo aponta para o turismo talvez seja oportuno (re)visitar  o Guia de Portugal (1927).

Felizmente vamos tendo umas Fundações que muito para além de cumprirem o seu objeto enriquecem, e de que maneira, este país. No caso presente a Fundação Calouste Gulbenkian reeditou o texto integral que reproduz a 1ª edição do Guia de Portugal pela Biblioteca Nacional de Lisboa em 1927. São oito deliciosos volumes que agora mesmo estão a preço de Natal. Todas as casas portuguesas deviam ter esta obra, um hino há nossa memória e identidade. Bem sabemos que para alguns, demais, “memória e identidade”, é algo estranho e mesmo absurdo. Sobre o monte alentejano pode ler-se “…é um modelo de hospitalidade e asseio. Lá dentro a mesa é franca e a chama da lareira aquece todos os que chegam.” Tem a ver connosco. Gozamos de “uma beleza própria, embora só uma longa intimidade com a sua paisagem a permita apreender”.

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à beira mar plantados/turismo/up local

15

Nov

a estrada Nacional 2 em Harley Davidson

A estrada do interior de Portugal que parte de Chaves e chega a Faro, ou o inverso; um país, o nosso, inteiro numa estrada, Portugal ao comprido. São 738 quilómetros, 35 concelhos e 11 distritos atravessados. Território com muita história e cultura dentro é, provavelmente, o melhor retrato da N2. Na verdade o “projeto rota turística N2” é coesão territorial e desenvolvimento para o interior. Viver a N2 numa Harley integrando um espetacular grupo do Lisboa Chapter Portugal foi um privilégio somado. Esta coisa de viajar com outras 13 HD ajuda muito mas, todavia, a N2 é efetivamente a rainha. Os imensos, ricos e diversificados patrimónios estão lá todos, a mais das vezes em poucos quilómetros tudo muda. Faltou-nos o principal recurso para respirar totalmente a N2, tempo. A N2 e tudo à volta exige-nos tempo. Tempo, o recurso que o nosso modo de vida nos rouba. Dois dias é muito pouco para tanto.

A história completa de uma viagem de Chaves a Faro, Portugal ao comprido:

https://www.dropbox.com/s/0rykwcvlx6c87b3/en2%20by%20hd.pdf?dl=0

Newsletter Lisboa Chapter HD – outubro 2017

https://app.flashissue.com/newsletters/e795e512f3bd02a8da05a6d85a9b1eb8525696cd

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Marilyn (Harley Davidson)/turismo/up local

21

Out

nacional 2 by Harley Davidson

esta é a primeira parte, de três, de uma viagem de Chaves a Faro, Portugal ao comprido, pela charmosa Estrada Nacional 2.

como sempre em Portugal poucos ainda compreenderam o enorme potencial deste produto turístico “on road”, porque tem de ser sempre assim?

https://www.dropbox.com/s/gf468eov1asamqi/en2%20by%20hd%20in%20ds%201.pdf?dl=0

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Marilyn (Harley Davidson)/turismo/up local

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