ambiente e desenvolvimento

Como se sente, também nesta matéria do ambiente, Portugal tem que dar um passo em frente, vários passos. O ambiente (leia-se geobiodiversidade e tudo à volta) constitui, sem dúvida, para Portugal uma mais valia sem paralelo. O ambiente não pode ser visto como um mero meio castrador e proibitivo, mas antes como um fator de competitividade. Assim o saibamos entender, a começar pela tutela. É uma oportunidade para os investidores e uma mais-valia para quem vive neste magnífico território. Desenvolvimento e qualidade ambiental são, não só compatíveis, como necessários. São a mesma face da moeda apesar de muitos ainda não o terem compreendido. Não é possível continuar a ignorar esta realidade, o ambiente como fator de competitividade e não como limitante do desenvolvimento económico e social.

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entre o Sado e o Tejo

Todas as terras têm um rio, o mais bonito de todos. Esta certeza popular diz tudo sobre a importância de um rio. Muito mais do que o escoamento superficial da água, um rio é vida. Que o diga quem vive o Sado, nem que seja só com os olhos, ao longe, de quando em vez. Muito para além das suas margens, o rio são as pessoas, as árvores, os pássaros, os peixes e tudo o resto, tudo isto é o rio. Desde há milhares de anos que é assim no Sado, o melhor e mais bonito rio do mundo, porque é o nosso rio, mas também porque tem tudo, tem vida e tem alma, que contagia a quem toca. Como todos os rios maturos, a diversidade torna-o ainda mais precioso. Uma bênção às terras que ele atravessa de sul para norte, desde o Baixo Alentejo, com uma beleza natural ímpar. Mas Setúbal, a região de Setúbal tem também o Tejo, e muito mais, tem os fabulosos e ricos estuários destes rios, as serras da Arrábida e Sintra e, ainda, o imenso Atlântico; que abençoada terra esta. Qual a região da Europa que tem tanta riqueza?

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dragagens no rio Sado

Anunciam-se umas dragagens no Sado e um grupo de interesse, não sei qual, é contra. Tão pouco se sabe com base em quê? É contra porque sim. Acresce ainda outra prática muito comum, como sempre, este grupo, grande ou pequeno, tem a mesma voz que o maior especialista em dragagens.

artigo completo no Setubalense/Diário da Região de hoje:

https://www.dropbox.com/s/z4bhn4o80tm70uh/dragagens%20no%20Sado%20-%20Setubalense%20-%20DR%20-%2019%20set%2018.pdf?dl=0

terras à conversa

dia 23, 18:00, regressa a Conversas de Cesta.

o tema à conversa é de grande actualidade e importância:

terras de Cascais.

as hortas e as vinhas urbanas/comunitárias de Cascais.

a Teresa Pelagio e o André Miguel são gente que sabe e que garantem uma excelente Conversas.

faça parte da mudança; sinta-se convidado e convide os seus amigos.

 

vinho trabalha bem

 

A vantagem de andar de olhos abertos é enorme. Quando menos se espera, vemos coisas fantásticas que enriquecem a nossa existência. Um dia destes, nas recorrentes viagens que faço de um lado para outro, onde nada de relevante se espera por razões óbvias, aconteceu uma daquelas situações que valem a pena. Os meus olhos bateram na traseira de um camião TIR que ostentava uma imagem fabulosa. Por ir de olhos abertos ganhei o dia e mais alguma coisa: a enorme fotografia tinha como ponto central um caminho de terra que se perdia no infinito da planície alentejana. Acontece que o referido caminho era ladeado por vinhas, também elas infinitas. A (con)fusão da estrada em que estávamos a rolar (A6) com esta imagem foi qualquer coisa de soberbo. Tão bom como o excelente vinho que produzimos e que, como este exemplo evidencia, tão bem promovemos. Este sublime exemplo mostra-nos que é possível fazer bem mais e melhor.

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ainda a floresta

Pelas razões que todos sabemos a floresta continua na ordem do dia. Pode parecer um paradoxo, mas para escrever sobre floresta vou-me fixar na nossa magnífica capital, Lisboa. É verdade, Lisboa tem uma floresta magnífica e admirável que devia servir de exemplo para todo o país. Mais, o exemplo do Parque Florestal de Monsanto pode e deve constituir motivo de orgulho para todos nós. Saibam que qualquer desses emblemáticos parques verdes, mais ou menos urbanos, que as grandes capitais mundiais exibem e que todo o mundo conhece, até pelo cinema, são ridículos quando comparados com Monsanto. No meu tempo de menino, ir a Lisboa visitar o Jardim Zoológico era um sonho de todas as crianças. Pois bem, o Zoo que me desculpe, mas Monsanto está muito à frente. O sonho das crianças e pais de hoje devia associar Monsanto ao Zoo.

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água

“o ministro do ambiente julga que é dono da água”, afirma o presidente da CAP ao jornal Público.
é forte mas é verdade; não está em causa a postura do MA.
a verdade é, quem manda na água são os agricultores que consomem 80% da água em Portugal. nesta e noutras matérias o MA é uma figura decorativa.
numa sociedade do futuro, com”nível de consciência superior” o ambiente é intrínseco a todos os sectores e o MA não tem razão de existir. Em boa verdade, se pensarmos um pouco, talvez já assim seja.

caminhada na ribeira das vinhas em Cascais

No último domingo solarengo antes do abençoado inverno um numeroso grupo de amigos e caminheiros juntou – se no Mercado da Vila em Cascais e andou pelo campo desta terra. O convite foi-nos feito pela famosa ribeira das Vinhas.

Artigo completo no Noticias do Mar:

https://www.dropbox.com/s/nomub1b97df8vg8/vinhas%20em%20Cascais%20-%20noticias%20do%20mar%20-%20mar%C3%A7o%202018%20%28tejo%20a%20p%C3%A9%29.pdf?dl=0

mato limpo

O Governo manda fazer o que não faz, ou seja, que o cidadão limpe o mato nas suas propriedades. Manda fazer em pouco tempo o que não fez durante anos. O típico “casa arrombada tranca na porta”.

A realidade é um interior despovoado onde predominam velhos. De resto, são emigrantes e imigrantes de difícil contacto e que por isso dificilmente vão cumprir o dever. Segundo quem melhor conhece o território, os autarcas, é tarefa impossível. Na verdade, o que se tem de fazer é um trabalho de anos, quase de reestruturação total de ordenamento do campo. Mas para isso são necessárias pessoas, que ocupem e que façam e tirem riqueza do campo. Isso só é possível, como sempre, se o campo for valorizado. Como em tudo, a valorização do campo não vai acontecer por decreto, será um processo lento, essencialmente por mudança do “nível de consciência dos portugueses”. Ora, isto é lento, muito lento, e custoso.

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o vinho e a literatura

O vinho é a única obra de arte que se pode beber! (Robert Louis Stevenson, escritor escocês)

Em março a Coisas de vinho mistura vinho com livros.

Sinta-se convidado e convide os seus amigos.

Na agenda cultural de Évora:

http://www.cm-evora.pt/pt/agendacultural/Paginas/Tert%C3%BAlia-o-vinho-e-a-literatura.aspx

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan