Pucariça (Aldeia do Mato – Abrantes)

Em boa hora nas minhas férias de excelência pelo Zêzere-Tejo passei e fiquei um tempo pela Pucariça.  Desde logo porque fui encontrar o casal Kau e Cláudia meus queridos ex-alunos de há muitos anos e amigos. As “coincidências” pregam-nos partidas, quase sempre boas como esta.

Na Pucariça conheci a TerradÁgua, as palavras certas são difíceis e provavelmente sempre escassas e redutoras. Muito agradeço à Marina e ao Tó Zé o provarem, na prática o que sintetizo na expressão UP LOCAL; na verdade o up local é uma realidade.

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a inovação inútil

Num dos corredores da universidade onde trabalho surgiu agora exposta uma bicicleta de madeira. Para que serve uma bicicleta de madeira? Não consigo encontrar uma resposta que valha a pena. É uma inutilidade como tantas outras que para nada serve a não ser entreter um conjunto de gente que assim se sente ocupada e útil. Muito provavelmente o país evita assim maiores despesas com tratamento de depressões, baixas, desemprego etc. É a sociedade que somos. Todavia esta inutilidade interessa ao leitor porque assim fica a saber onde se gasta muito do dinheiro dos seus impostos. Este mal não é português, é geral. A Europa padece desta prática – inovar com inutilidades e chamar a isso empreendedorismo. A bicicleta de madeira simboliza o produto de excelência dos nossos jovens cientistas empreendedores e inovadores que por esse país fora enchem os centros de incubação de empresas e coisas parecidas. Na prática, nada disto interessa à vida das pessoas e resolve coisa nenhuma. Algumas destas peças até têm alguma beleza mas nada mais.

 

bike de madeira

 

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arraial do largo

cartaz_ARRAIAL (1) A Ana Luísa, minha amiga de há quarenta anos, tem uma loja na Av. Guerra Junqueiro em Lisboa – a avenida que sai da Praça de Londres para a Almirante Reis. Outrora, a Guerra Junqueiro tinha nome, e o comércio de rua vivia de algum charme. Os tempos ficaram difíceis e a Ana há uns anos decidiu esquecer a lamúria e dedicar a sua energia a um movimento de comerciantes da avenida. Ao longo dos anos fui sabendo de algumas histórias incríveis, na verdade, só com muita força e persistência se consegue chegar a bom porto. Mas lá conseguiram. Há dias vi na TV o enorme sucesso de mais uma iniciativa deste movimento de comerciantes, uma open night. É assim, este exemplo que conheço com alguma proximidade mostra como se faz, como se tem de fazer. O centro UNESCO de Évora só pode renascer, com movimentos deste tipo, que façam a sua parte e que deixem de reclamar junto de outros as causas de todos os males.

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“fazer pela vida”

malagueira 2

 

fazer pela vida, foi o que me disse o Vasco, quando lhe perguntei o que estava ali a fazer.

todavia esta atitude de vida é muito mais que isso, é uma lição de mestre sobre empreendedorismo e inovação.

os teóricos da universidade e afins devem correr à Malagueira (Évora) para aprender.

o que o Quim faz é muito melhor que bicicletas de madeira.

atenção, porque é empreendedorismo à séria, o Vasco não está lá todos o dias mas o domingo também é dia.

 

malagueira 1

Conversas em torno da Ciência “Beat in Science”

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Comemoração do 11º aniversário do CCVEstremoz

Datas: 12, 19 e 26 de Maio, 21h15 | Local: Beat in Box Caffé, Estremoz

3 dias | 3 temáticas | 9 cientistas

Com intuito de comemorar a sua décima capicua (número cuja inversão é ele próprio, ou seja, que lido da esquerda para a direita ou vice-versa é o mesmo), a primeira na casa das dezenas, o CCVEstremoz irá promover um Ciclo de Palestras, seguido de debate, aberto ao público, intitulado “Beat in Science” a ter lugar nos dias 12, 19 e 26 de Maio no “Beat in Box Caffé”, Estremoz. Cada um destes três dias terá uma temática própria, para o qual serão convidados três oradores, alguns dos quais com ligações claras à cidade, que irão apresentar temáticas científicas diversas, todas elas de alguma forma interligadas à cidade Estremoz e à sua envolvente.

O CCVEstremoz convida desde já todos os potenciais interessados a estarem presentes em cada um dos três dias de conferências.

Semanalmente, são anunciados os oradores convidados para os 3 dias de conferências. Não percas…

Vamos olhar a cidade de Estremoz e a sua envolvente de forma diferente e, contamos contigo!

As Conversas em torno da Ciência “Beat in Science”, são uma organização do CCVEstremoz, da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, do Instituto de Ciências da Terra e do Município de Estremoz; Contam com os media partners, Jornal Brados do Alentejo, Jornal Ardina do Alentejo, Jornal E e da Rádio de Estremoz; Com o patrocínio da Pastelaria Formosa, de Tiago Cabaço Winery e do Beat in Box Caffé.

 

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É já no próximo dia 19 de maio que se realiza o segundo conjunto de conferências “Riscos Geológicos, Recuperação Ambiental e Alterações Climáticas no Alentejo”… Revelamos em primeira mão as suas temáticas e oradores:

Está Alqueva a mudar o clima do Alentejo?

por Rui Salgado (Departamento de Física da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora | Instituto de Ciências da Terra)

Sismos no Alentejo: Porquê?, Onde?, e Quando?

por Bento Caldeira (Departamento de Física da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora | Instituto de Ciências da Terra)

 A Alma do Mármore

https://www.dropbox.com/home/uploads?preview=carlos+cupeto+11+anivers%C3%A1rio+19+de+maio+fundo+cinza.pdf

por Carlos Cupeto (Departamento de Geociências da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora)

MODERAÇÃO: Hugo Cortes (Jornal E)

Após a sua intervenção, trocamos ideias numa agradável e calorosa tertúlia?

Contamos que sim, contamos consigo!

Registe já na agenda… 21h15, dia 19 de maio, Beat in Box Caffé em Estremoz!

 

 

Terras Sem Sombra

Algumas são as razões porque somos um país de excelência em matéria de festivais. Este tema deveria ser olhado mais seriamente, como uma grande oportunidade para o nosso país e, em particular, para o vale do Tejo que tudo tem, e sobeja, para excelentes festivais.

Vem isto a propósito do Festival Terras Sem Sombra, uma magnífica iniciativa que percorre algumas terras do Alentejo e que o Tejo deve seguir. Como país caraterizam-nos os bons exemplos que depois não conseguimos generalizar. Esta é daquelas iniciativas que devia ser disseminada por todo o país com grandes benefícios para todos.

O Terras Sem Sombra é um festival que este ano está na sua décima segunda edição e que, desde 2003, a partir da Diocese de Beja, espalha cultura da melhor pelo Alentejo. Esta ímpar itinerância cultural a que o Alentejo assiste assenta numa tónica de descentralização como forma de construção da sustentabilidade. São programas como este que garantem o pulsar da alma da região, e o Tejo bem precisa. Como alguém disse, “é um grito de combate à resignação” que alia a música sacra, o património e a biodiversidade. Que mais podemos desejar?

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Évora cãovida

Gandhi terá dito um dia que “um país é a forma como trata os seus animais.” É uma grande verdade. Tudo o que um país faça em prol dos seus animais é um bom avanço civilizacional. Por isto fiquei muito satisfeito quando assisti na Câmara Municipal à apresentação do projeto “Évora Cãovida”. É excelente para Évora ter um conjunto de atores envolvidos no fortalecimento do vínculo afetivo entre as pessoas e os animais. O objetivo geral do Cãovida é diminuir a população de cães e gatos errantes / abandonada, sensibilizar os proprietários dos animais para a recolha das fezes dos seus animais em espaços públicos e fortalecer o vínculo dono-animal.

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florestas urbanas

árvores no espaço urbano é o melhor dos “equipamentos” que as nossas cidades podem ter.

chega de tapetes de relva.

a floresta urbana, árvores, simplesmente árvores, tem que ocupar o espaço público:

https://www.dropbox.com/home?preview=florestas+urbanas+-++07-04-2016.pdf

o absurdo dos relvados num país patético que insiste em ser pobre:

http://www.otrosmundos.cc/2014/01/relvas/#more-496

árvores, só árvores sem relva algumas imagens:

https://picasaweb.google.com/109212587513581186400/FlorestaUrbanaArvoresSimplesmenteArvoresNoEspacoUrbano?authkey=Gv1sRgCNW0oP7NsdbKAw

 

 

 

 

 

 

 

 

a agenda do Tejo

O Tejo parece querer bradar alguma coisa. Para além do Fórum que decorreu em Vila Franca anuncia-se o III Congresso, a Confraria do Tejo e têm surgido alguns ecos de notícias e opiniões nos media. Mas muito mais que a boa conversa, e nem sempre assim é, o Tejo necessita de ação, pequenas ações que sejam. Sobejam os planos, as estratégias e os estudos. Muito gostaria de saber de todo este somatório de planos, ao longo de décadas, o que se concretizou e quais foram os resultados? Além do enorme investimento em tratamento de águas residuais urbanas e dos arranjos das margens, o que se fez? Antes de mais, antes de ação, é imperioso que se faça este balanço, o que se planeou, fez e no que resultou. Só depois disto é que faz sentido desenhar uma agenda, a agenda do Tejo.

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riqueza local

Depois de dois exemplos do Portugal bom, sobre os quais escrevi nas semanas anteriores, eis um terceiro que merece ser partilhado.

O Portugal de baixa densidade (despovoado) tem recursos ignorados. Fátima Saraiva, em Penela, leva por diante um projeto de empreendedorismo social que contraria a pobreza.  Surge a marca DAQUI.

Aceda aos  excelentes biscoitos artesanais de Penela:

https://docs.google.com/forms/d/1roWYwJfxsoflIfwdqBxWvgdCvYxRilyue23tSLNN3AM/viewform

Artigo completo em o O Mirante:

http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=85640&idSeccao=543&Action=noticia#.VijNmrmFPIU

Mais informação:

http://idei-a.blogspot.pt/2015/11/dar-uma-nova-vida-ao-mundo-rural.html#more

 

 

 

 

 

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan