ano novo

Ano Novo é quase uma expressão mágica envolta por um véu que para além do qual desejamos espreitar e ter boas vistas. Sempre assim é e o resultado final é sempre o mesmo: ao dia sucede-se a noite e o amanhã depende do que somos hoje. Simples, certo e seguro; tudo o resto é bem mais incerto.

Vivemos um tempo de incerteza mas onde o essencial está à parte e por isso é certo. E nesta equação o mais relevante, a grande e boa notícia, é que esse essencial depende somente de cada um de nós.

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a europa e o nosso campo

Cork é uma média cidade no litoral do sul da Irlanda, com cerca de 130 mil pessoas. Nunca lá estive mas deve viver-se bem em Cork. Vem isto a propósito desta cidade ter acolhido em 1996 e 2016 (5 e 6 de setembro) uma “Conferência europeia sobre o desenvolvimento rural” promovida por Phil Hogan, Comissário Europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural. Seria interessante comparar as conclusões de 96 com as de 2016 e, sobretudo, avaliar resultados após 20 anos de trabalho – desde 96 até hoje. Não vamos por aí, pois a conclusão fundamental é bem conhecida de nós, portugueses: “aos costumes disse nada”. Afinal não somos assim tão diferentes dos povos mais a norte.

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vida distante

Antes de iniciar este escrito dei uma volta por alguns sítios de informação. Nada mais se lê que banca, europa e terrorismo, o maravilhoso mundo a que chegámos e em que vivemos. Até o Europeu do nosso contentamento começa a ficar distante, embora as medalhas do Senhor Presidente continuem a ser distribuídas.

Bem a propósito, um amigo, gestor de empresa própria de sucesso, sempre bem informado, escreveu-me:  “até o LIDL já compra a fruta e as verduras aos produtores locais. Enquanto isso tens o presidente do governo de Espanha a dizer que a situação de Portugal é muito pior que a de Espanha, Portugal a dizer que está melhor que a Grécia, a Itália a dizer que está melhor que a Espanha, a França a dizer que está melhor que a Itália e estes cabrões todos fazem uma suposta União Europeia… O que é um belíssimo exemplo do que significa a globalização!” Transcrevo porque me parece uma excelente imagem do esterco em que vivemos. Triste vida esta que nos entra pela casa dentro e sobre a qual nada, ou quase, podemos fazer. Esta é a face oposta do que escrevi a semana passada sobre a vida de proximidade. Ganha força uma questão que formulei há muitos anos e que, certamente, por aqui já a terei escrito: “quanto vale um hectare de terra fértil com um poço de água potável?”

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vida de proximidade

Como sabemos vivemos num mundo global sem escala e sem rosto, onde é fácil parecer sério e conveniente e não o ser. Não é possível e aceitável viajar para Londres por 30 €, ou comprar uma cadeira, feita do outro lado do mundo, provavelmente por uma criança, a dois Euros; estas, como muitas outras, são enormes mentiras. Obviamente que isto vai acabar. Por isto, e muito mais, sou um fervoroso adepto do local, o que chamo o valor do local, o up local; a terra onde vivemos, os seus recursos e saberes. Na verdade trata-se dos recursos e patrimónios da nossa terra, naturais e culturais, que todos conhecemos, vemos, apalpamos e cheiramos.

borba 41 º C

25 de julho, 15:00, em Borba 41ºC. Na escada de acesso ao Centro Cultural um homem afia sábia e calmamente a navalha. Que mais pode fazer?

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tecnologia e pêras rocha

Para substituir as mesas da cantina:

http://futurism.com/videos/the-table-that-keeps-your-food-warm-and-drinks-cool/

fico efusivamente satisfeito com o nível tecnológico que atingimos e contraditoriamente preocupado por me interrogar sobre quem vai tratar das pêras rocha do Oeste para servir no refeitório?

a minha escolha é, claramente, o UP LOCAL.

isto é, escolho as pêras rocha saboreadas numa velha mesa de madeira nacional.

inevitavelmente temos que fazer escolhas; ou sabem-me dizer onde há refeitórios com mesas destas e pêras rocha?

só consigo encontrar mesas destas com pêras da Argentina,  e disto eu desconfio e muito.

Conversas em torno da Ciência “Beat in Science”

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Comemoração do 11º aniversário do CCVEstremoz

Datas: 12, 19 e 26 de Maio, 21h15 | Local: Beat in Box Caffé, Estremoz

3 dias | 3 temáticas | 9 cientistas

Com intuito de comemorar a sua décima capicua (número cuja inversão é ele próprio, ou seja, que lido da esquerda para a direita ou vice-versa é o mesmo), a primeira na casa das dezenas, o CCVEstremoz irá promover um Ciclo de Palestras, seguido de debate, aberto ao público, intitulado “Beat in Science” a ter lugar nos dias 12, 19 e 26 de Maio no “Beat in Box Caffé”, Estremoz. Cada um destes três dias terá uma temática própria, para o qual serão convidados três oradores, alguns dos quais com ligações claras à cidade, que irão apresentar temáticas científicas diversas, todas elas de alguma forma interligadas à cidade Estremoz e à sua envolvente.

O CCVEstremoz convida desde já todos os potenciais interessados a estarem presentes em cada um dos três dias de conferências.

Semanalmente, são anunciados os oradores convidados para os 3 dias de conferências. Não percas…

Vamos olhar a cidade de Estremoz e a sua envolvente de forma diferente e, contamos contigo!

As Conversas em torno da Ciência “Beat in Science”, são uma organização do CCVEstremoz, da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, do Instituto de Ciências da Terra e do Município de Estremoz; Contam com os media partners, Jornal Brados do Alentejo, Jornal Ardina do Alentejo, Jornal E e da Rádio de Estremoz; Com o patrocínio da Pastelaria Formosa, de Tiago Cabaço Winery e do Beat in Box Caffé.

 

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É já no próximo dia 19 de maio que se realiza o segundo conjunto de conferências “Riscos Geológicos, Recuperação Ambiental e Alterações Climáticas no Alentejo”… Revelamos em primeira mão as suas temáticas e oradores:

Está Alqueva a mudar o clima do Alentejo?

por Rui Salgado (Departamento de Física da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora | Instituto de Ciências da Terra)

Sismos no Alentejo: Porquê?, Onde?, e Quando?

por Bento Caldeira (Departamento de Física da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora | Instituto de Ciências da Terra)

 A Alma do Mármore

https://www.dropbox.com/home/uploads?preview=carlos+cupeto+11+anivers%C3%A1rio+19+de+maio+fundo+cinza.pdf

por Carlos Cupeto (Departamento de Geociências da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora)

MODERAÇÃO: Hugo Cortes (Jornal E)

Após a sua intervenção, trocamos ideias numa agradável e calorosa tertúlia?

Contamos que sim, contamos consigo!

Registe já na agenda… 21h15, dia 19 de maio, Beat in Box Caffé em Estremoz!

 

 

florestas urbanas

árvores no espaço urbano é o melhor dos “equipamentos” que as nossas cidades podem ter.

chega de tapetes de relva.

a floresta urbana, árvores, simplesmente árvores, tem que ocupar o espaço público:

https://www.dropbox.com/home?preview=florestas+urbanas+-++07-04-2016.pdf

o absurdo dos relvados num país patético que insiste em ser pobre:

http://www.otrosmundos.cc/2014/01/relvas/#more-496

árvores, só árvores sem relva algumas imagens:

https://picasaweb.google.com/109212587513581186400/FlorestaUrbanaArvoresSimplesmenteArvoresNoEspacoUrbano?authkey=Gv1sRgCNW0oP7NsdbKAw

 

 

 

 

 

 

 

 

saúde e alterações climáticas

Café de Ciência é daquelas iniciativas que nos orgulha como portugueses.

Dia 6, no Parlamento, decorreu a 14ª edição com o tema: saúde e alterações climáticas.

– impacte das ondas de calor na saúde;

– qualidade do ar e doenças respiratórias;

– disponibilidade e qualidade da água;

– propagação de doenças infeciosas;

– estratégias de mitigação de riscos;

são alguns dos tópicos que foram conversados.

Provavelmente este é o maior desafio global da Humanidade: e se o mar subir 5 metros nos próximos 100 anos?

Alterações Climáticas = Alimentos (escassez) + Saúde, esta é a equação fatal.

Em maio este tema vai estar na Conversas de Cesta.

Entretanto cumpra o seu dever assista ao Café de Ciência no Parlamento, em:

http://www.cienciaviva.pt/divulgacao/cafe/saude.asp

 

 

living in Brazil

No fatídico e triste dia de Bruxelas ouvi numa estação de rádio, em bom inglês, o desabafo de um brasileiro que estava no aeroporto naquela hora:

viajar para a Europa é como jogar na roleta russa.

(traveling to europe is like a game of roulette)

como o terroir do Brasil não possibilita muito mais eu compreendo e desculpo.

todavia, como sou filho de boa gente sinto-me e por isso respondo ao dito brasileiro:

viver no Brasil é morte certa.

(living in Brazil is death certain)

como mínimo devem respeitar as terras que os acolhem.

Deus os perdoe.

 

 

água e mais água

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amanhã é o dia mundial da água e hoje vivemos o day after do II Fórum Ibérico do Tejo – Vila Franca de Xira.

Ontem  em Vila França explicitei que o nosso principal, para não dizer único problema, é não termos água e solo suficientes para alimentar a população da Terra.

“Según organismos internacionales como la FAO, será necesario aumentar la producción de regadío más de un 40% antes del año 2030 y más de un 70% antes del 2050 para garantizar el abastecimiento de alimentos básicos a la creciente población mundial.”

Como vamos fazer?

E o Tejo?

É necessária mais água, sempre mais água, mais uma infra-estrutura e tudo é possível, que enorme engano.

http://www.ambientum.com/boletino/noticias/Aumento-de-la-superficie-de-regadio.asp?utm_campaign=11032015not&utm_medium=email&utm_source=newsnoticias

Em homenagem à água:

http://observador.pt/2016/03/21/natureza-45-das-belas-paisagens-dominadas-pela-agua/

 

 

 

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan