as mentiras da sustentabilidade

Talvez por ter começado há muito tempo, também há muito tempo que esgotei a paciência para as mentiras da sustentabilidade. Tenham paciência mas não acredito que um grupo de criancinhas a plantar árvores seja coisa significativa pelo ambiente.  Tranquiliza a consciência do coletivo depredador. Há uns anos a ONU definiu um conjunto de objetivos para a sustentabilidade até 2030 e seguintes (ODS). Irrepreensível no papel, só no papel. Mais do que objetivos para o desenvolvimento sustentável são utopias para a sustentabilidade. A semana passada a mesma ONU divulgou uma espécie de resultados onde Portugal surge em lugar de destaque como bom aluno. Que enorme mentira, em tudo de mais elementar: intensidade energética, gestão da água, produção de resíduos etc. estamos cada vez pior, com toda a verdade. É muito preocupante que a ONU divulgue este tipo de relatórios, enganadores, que alimentam a máquina e não convidam a arrepiar caminho. Não passa de conversa e política, política que entre nós até serve para uns palermas impreparados formarem um partido com sucesso e, não sei onde, na Europa do norte, uma gaita de 17 anos se tornar leader de opinião. A coisa é de tal forma grave que ainda a semana passada o norte do país ardeu violentamente enquanto que a poucos quilómetros, em Valência, devido a enxurradas morreram pessoas e os prejuízos materiais, designadamente na agricultura, foram incalculáveis. A coisa é mesmo de emergência muito séria mas até esta palavra, emergência, perdeu sentido pela leviandade com que é usada e abusada.

Há várias formas de terrorismo, a mentira em matéria de clima e ambiente é uma, bem grave.      

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan