professor

Desculpem os médicos, engenheiros, arquitectos, jornalistas e todos os outros, mas a profissão de professor, sobretudo a de professor primário, é a mais importante. É aqui que tudo se decide. É aqui que os médicos aprendem a tratar bem dos doentes, que as pontes não caiem e que podemos ter a esperança de que um dia os juristas vão fazer leis justas e perfeitas. Um professor italiano enviou aos seus alunos uma lista de quarenta trabalhos para casa. O famoso tpc de férias. Como esta humanidade seria bem melhor se todos os professores usassem esta lista de tpc e se todos os alunos a considerassem.

Desde logo, as férias seriam bem melhores. Vejamos. “pratica desporto”: se é importante todo o ano, imagine-se quando os dias são grandes e o tempo livre é muito. Não há mente sã sem um corpo afinado; “de manhã, de vez em quando, caminha sozinho à beira-mar. Vê como o sol se reflecte na água, pensando nas coisas que mais gostas na vida e sê feliz” (o campo ou um rio também servem, escrevo eu): nos tempos que correm quantas vezes um jovem se encontra consigo?; “usa todas as novas palavras que aprendeste este ano: podes dizer mais coisas, podes pensar mais coisas, e quanto mais pensas, mais livre és”. O valor da verdadeira liberdade é incalculável; outro trabalho de casa: “lê o máximo possível. Não porque precisas… ler é a melhor forma de rebelião.”; e ainda: “durante o dia ou a noite, sonha como a tua vida pode ser. Durante o verão, reúne forças para não desistires e faz tudo o que possas para realizar esse sonho.” E por aqui me fico. Está tudo dito, não está?

 

 

 

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan