Portugal, caro e perigoso

A brandura que nos caracteriza, em quase tudo, não se confirma em matéria da perigosidade natural do nosso território. Portugal é um país naturalmente perigoso e cada vez mais o será. Provavelmente, os tais brandos costumes levam-nos viver o dia ignorando esta dispendiosa realidade sem nada fazer. O ano de 2017 é excelente para ilustrar esta verdade: fogo e seca.

O país é perigoso devido à sua localização geográfica (incluindo uma coisa que se chama geodinâmica interna; neste caso a perigosidade vem-nos da “localização tectónica”), à sua geodiversidade, ao seu clima e à sua exposição atlântica. Com este contexto, a probabilidade de acontecerem fenómenos naturais perigosos é elevada. A tendência é que esta realidade se agrave progressivamente perante as alterações climáticas em curso, que se juntam assim à variabilidade climática e a tudo o resto já referido. Apenas sabemos que este tipo de ocorrências, que causam danos humanos e materiais, dando lugar ao risco, serão cada vez mais frequentes, intensas e imprevistas.

Artigo completo na edição do Expresso de 3 de fev. de 2018:

https://www.dropbox.com/s/dlamzomfvygmmv6/carlos%20cupeto%20-%20Expresso%203%20fev%202018%20-%20portugal%20caro%20e%20perigoso.pdf?dl=0

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan