Amarante – terra de patrimónios

As terras de patrimónios têm um encanto especial. Por ora o termo “patrimónios” é orgulhosamente um exclusivo meu. Enquanto isto, Amarante com o seu Tâmega, convidou-me a vivê-la durante um fim de semana. Esta é uma terra de patrimónios com muito encanto. Provavelmente este é um dos segredos mais bem guardados de Portugal; encanto, beleza, cultura e tradição. Não é Porto, não é Douro, não é Minho nem Trás-os-Montes, é tudo isto.

Esta é terra de verde, tinto ou branco, fica bem com tudo. Com este vinho, tipicamente português, prova-se que em “Roma sê romano” e que o vinho nesta terra é verde. A diversidade de Portugal é bem marcada, no sábado de manhã o mercado é, quase, igual a todos os outros, já à tarde a diferença é alguma, tudo trabalha e na hora da missa a igreja que acolhe o “famoso” S. Gonçalo está a abarrotar. Passa-se a histórica ponte sobre o Tâmega, onde os franceses invasores marcaram passo, e a rua 31 de janeiro está mesmo ali, incontornável. As confeitarias e as tabernas brigam-se pelo pódio. Não me lembro de outra rua assim. A oferta é tanta que um só fim de semana não chega, sobretudo porque fora do centro também há vida; não podemos esquecer a Taberna do Coelho, mesmo sabendo que para lá chegar não é fácil. Uma vez lá, o Filipe faz o resto, incluindo o contar a história do ancestral estabelecimento. Amarante  e arredores tem muitos mas muitos lugares de comida e bebida que não podem ser ignorados com um pormenor muito distintivo, não têm ecrã de TV. Não posso terminar sem uma justíssima referência ao Des Arts, Hostel & Suites, o antigo hotel Silva renovado que elevou o alojamento na cidade com muita originalidade. Charme, muito charme por todo o lado a merecer uma visita. Este país é na verdade fantástico mesmo que muitos se esforcem por o estragar.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan