seca e cheia, duas faces da mesma moeda.
de hoje para amanhã faz 50 anos em que a catástrofe foi cheias; era bom que o país gerisse a seca a sério (“fechar a torneira enquanto lava os dentes” é ridículo) e cuidasse das cheias enquanto é tempo.
o comportamento do regime salazarista é inaceitável. Se olharmos para o que se passou e passa, 50 anos depois, em Portugal, as diferenças são assim tantas? Sabemos tudo o que devemos saber sobre Pedrogão e por aí fora? Hoje, o desempenho do Estado perante a catástrofe é aceitável? O Público de 28 de novembro chama o tema à capa:
há uns tempos, a propósito da queda do avião na base aérea do Montijo um leitor (Carlos Conde) do Observador escreveu este delicioso comentário:
“Recomendação grátis:
A Força Aérea, se estiver sintonizada com o governo, deve começar por negar em absoluto a queda da aeronave.
Quanto ao fumo negro visível na foto basta dizer que foi provocado por combustão espontânea de pneus, numa sucata, pertencente a pessoa próxima dos sucateiros do PS.
Mais tarde, após as notícias sobre o euro, o ministro da defesa deverá aparecer na tv e, entrevistado por pessoa de confiança (são quase todos), responde que já estão no terreno equipas cinotécnicas em busca de um eventual avião desaparecido.
A suspeita sobre o desaparecimento surgiu na sequência de “rumores anónimos”, quando uma equipa especializada multidisciplinar da Força Aérea após ter contado, por duas vezes, todos os aviões concluiu estar em falta um dos grandes.
Especulou-se sobre o desaparecido tendo sido colocada a hipótese de ter ido a Paris em treino dos pilotos, com passagens a 600€ para amigos.”
vale a pena espreitar estes links, imperdível escutar o Arqtº Ribeiro Teles:
http://observador.pt/2017/11/24/cheias-de-1967-21-fotos-do-rasto-de-morte-que-salazar-quis-ocultar/
pelo lado espanhol (El Pais):