Cada criatura manifesta o seu nível de Ser em cada ato.
Depois da, sempre excelente, estadia em Pardilhó ficam sementes que vão germinando.
A minha ligação à Terra é algo real e que me faz sentir bem. Por isso, talvez, a visita ao Parque Ambiental do Buçaquinho tenha motivado um olhar diferente para o pátio da minha abençoada casa em Évora.
Um pátio com muita alma, adormecido, que parece agora querer viver e fazer pessoas felizes.
O jardim de ervas (a expressão alentejana; “jardim de aromáticas” é qualquer coisa que soa para nós a algo apanelerado) do pátio tem mais de 10 anos. Lindo de morrer, à parte as árvores (cipreste – uma antena viva ao Céu-, parreira, romãzeira – este ano com 24 romãs graças ao amigo e mestre Agnelo – e limoeiro) este jardim de ervas conta, originalmente, com mais de 20 ervas. Desde a erva príncipe, orégãos, alfazema, alecrim…, e mais umas coisas que o Agnelo lá pôs (comestíveis dos Açores) que não sei o nome – mas vou saber e escrever para não me esquecer – há um pouco de tudo. Pensei então em rejuvenescer o jardim, por fases, tendo sido a primeira hoje mesmo, de manhã bem cedo, concluída. Depois de uma vista geral do pátio as últimas imagens mostram, em particular, as novas ervas.
Entre estas quero partilhar umas curiosidades. A planta de maior porte, junto à parede, é a stévia (erva do açúcar), desconhecia de todo, serve para adoçar tudo o que quisermos: gelados, bebidas refrescantes, doces, fruta, chá… Julgo que não dará para “minis estupidamente geladas”? Tenho igualmente duas variedades de manjericão e de tomilho, o comum verde e o, menos vulgar, roxo.
A última curiosidade, e em jeito de agradecimento, estas ervas têm muito em comum com Pardilhó, imaginem que o sistema de rega foi montado em ambos os lugares pelo amigo Agnelo.
Sirvam-se, das ervas, do pátio, do que entendam.
Évora, setembro 2015
(porquê, só agora este texto nasceu no otros mundos?)