desafios empresariais

Enquanto a primavera desponta e a natureza rejubila por todos os lados, o ecossistema humano vive tempos que nos exigem um esforço enorme para acompanhar. Como podemos viver tranquilamente sem entrar no turbilhão que nos rodeia?

A necessidade de operar numa economia globalizada, com expressão local, onde a sociedade depende dos recursos naturais e não do capital, provocará profundas mudanças nos mercados atuais.

A empresa é cada vez mais um factor importante na qualidade de vida das pessoas. Para satisfazer as suas necessidades, o cidadão olha, cada vez mais, para as empresas. Contudo, estamos num processo de aprendizagem em que é necessária uma mudança profunda de atitude. No contexto atual, é preciso que se crie riqueza com quatro a dez vezes menos recursos; enquanto isso não acontecer, a ecoeficiência não é mais do que uma palavra vã que não traz nem inovação nem valor.

Embora não esteja claro quando, sabe-se que muitas das atuais tecnologias estão, ou aproximam-se, do final do seu ciclo de vida, enquanto novas tecnologias despontarão. Instituições como as Nações Unidas e o Banco Mundial estão a investigar novas técnicas para deduzir os custos ambientais no PIB. Um novo PIB terá que avaliar o “bem estar”. Também não há dúvidas que este “bem estar” é garantido por um equilíbrio entre a segurança socioeconómica, ecológica e disponibilidade de recursos, numa base de prática ecoeficiente que deve considerar: a utilização de todos os recursos com a máxima eficiência, isto é, com o mínimo de desperdício; a minimização e, na medida do possível, a eliminação do uso de recursos não renováveis; a maximização do uso de recursos renováveis e a utilização de recursos renováveis abaixo da taxa de regeneração. Tudo isto não é mais que a economia verde que recentemente entrou na retórica do Governo. De facto, o caminho terá que ser, necessariamente, a criação de valor através de produtos e serviços que ofereçam uma qualidade de vida superior.

Empresas inovadores utilizam habilmente os melhores recursos tecnológicos disponíveis na atualidade para satisfazer, mais adequadamente (competitividade), as necessidades e desejos do mercado com um menor custo ambiental.

A matemática mostra que os sistemas complexos dependem de poucas variáveis e se regem por simples regras. Esta realidade aplica-se às empresas, e em matéria de ambiente as simples regras, atrás referidas, conduzem ao sucesso. E se esta mudança pode implicar para as empresas algum grau de dificuldade de implementação, tudo se resume, simplesmente, em “produzir mais com menos”, isto é, a consideração da eco-inovação ou do ambiente como factor de competitividade.

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan