emoções sem ténis

joelho

Hoje correu-se mais uma edição da Corrida do Tejo. Não é o que foi e o encanto dos10 km de Algés à praia da Torre já não é o mesmo. Não a corri mas sinto-a.

A emoção hoje vem de não ter calçado os ténis e por não ter corrido, como tantas vezes já aconteceu. Mas hoje é diferente.

Há cerca de dois meses que a pior das lesões que me bateu à porta, a diagnosticada artrose na rótula do joelho direito, me impede de alargar o passo. Pior que os dois meses o que mais me incomoda são as dores e o não sentir as melhores que os tratamentos deviam trazer.

Hoje não corri mas vi, ainda bem, a alegria de quem ia correr. Isso trouxe-me a compensação possível e emoção qb. A corrida faz estas maravilhas, mexe connosco mesmo quando não corremos.

Com o sonho de voltar aos 42 km, cedo percebi que Lisboa (outubro) estava muito mais longe, pensei no Porto (novembro) que foi passado antes de o ser e chegou agora Madrid em abril que parece tão longe mas não é.

Depois da rótula arranjada quanta dor e prazer são necessários para chegar a Madrid?

“Ai que desgraça esta sorte que me assiste

Ai mas que sorte eu viver tão desgraçado

Na incerteza que nada mais certo existe

Além da grande incerteza de não estar certo de nada.”

(Desfado, Ana Moura)

14 de setembro de 2014

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Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan