tejo a pé em constância

Tejo a pe_ no Tejo (Consta_ncia, junho de 2014)-1-p1Tejo a pe_ no Tejo (Consta_ncia, junho de 2014)-1-p2

 

Finalmente, ao fim de alguns anos e cerca de 50 caminhadas, o Tejo a Pé pôs os pés na água, no Tejo.

O programa prometia e cumpriu. Com a competência da Ponto Aventura, excelente empresa de Constância, o dia teve de tudo um pouco: caminhada, suave e bonita, com cerca de 7 quilómetros sempre nas margens do Tejo, a fazer jus à motivação do grupo, Tejo vivo e vivido; depois, umas pagaiadas em canoa dupla de Almourol à Barquinha; um excelente repasto à beira Tejo com fataça frita, bom vinho e uma invejável tábua de queijos, com o simpático João a comandar as operações na cozinha, e já encantado com o seu aniversário, a 8 de julho, um mês depois; uns pés de dança e esplanada para outros, quase em jeito de sesta e, novamente, Constância com o mercado Quinhentista e as Pomonas Camonianas.

Um dia cheio e em cheio!

O tempo ajudou, sem muito calor. O grupo guiado pelo Tiago, engenheiro do ambiente, aprendeu que se fartou sobre curiosidades das plantas e ervas que fomos encontrando. Um mundo de saberes antigos que despertou o interesse de muitos dos presentes. Andando e conversando, Almourol chegou depressa.

Aí estavam as canoas e o outro João que nos apresentou em terra a técnica básica. Era tanto o movimento de chegadas de partidas de grupos que se tornou evidente o que é um rio vivido e rico para todos. Quando nos dizem que estarão no Tejo cerca de 300 canoas compreende-se a dimensão da coisa. Tudo carece de regulação inteligente, antes que algo possa acontecer, designadamente conflito com outras utilizações. No país do “faz de conta” vamos esperar que a notícia da desgraça aconteça para depois agir, tarde, a más horas e, muito provavelmente, mal.

Na água limpa e fresca do Tejo, mesmo para os estreantes, a remada foi fácil até à Barquinha. Os batismos foram agradáveis, quem sabe, a pedir novas aventuras, talvez no Zêzere ali mesmo ao lado.

Mudadas as roupas, foi o tempo do copo na mão com vinho branco fresco e o resto que já se escreveu. O tempo de convívio foi, como sempre, agradável.

Desta vez, a fechar a época, o programa foi mais completo, em Constância vimos o que é uma verdadeira festa popular bottom up. A vila estava cheia de gente a mostrar que o país real vai muito para além do Tejo no Terreiro do Paço.

Boas férias vivas e vividas com os rios por perto!

 

Comments are closed.

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan