No ambiente não existem férias. A boa conduta ecológica, onde quer que estejamos, não deve descansar. Respeitar o ambiente em todo o tempo e lugar, deve ser o lema. Embora, para alguns possa parecer estranho, a fuga para os grandes espaços naturais começa a ser o destino mais procurado e desejado. É também por isso que o país deve aproveitar bem e já agora, ecologicamente as potencialidades que tem.
Falamos de turismo rural, agroturismo, ou ecoturismo e todos pensamos em qualidade. O alojamento numa casa com um magnífico enquadramento paisagístico e um património natural e cultural acessível, é hoje uma alternativa cada vez mais procurada. A pluralidade da paisagem portuguesa possibilita uma infinidade de hipóteses, cuja escolha vai depender dos gostos de cada um e da oferta de atividades disponíveis. O andar a pé ou de bicicleta, por percursos previamente marcados e escolhidos, montar a cavalo, canoagem, e toda uma variedade de práticas e possibilidades podem ajudar a escolha.
Nos parques naturais é ainda possível contar com a oferta de casas/alojamento geridas pelo próprio parque.
A grande questão, num planeta onde a explosão demográfica é uma realidade, é a massificação e os perigos que daí advém se não forem tomados alguns cuidados por quem de direito.
Ao olharmos para o litoral percebemos o que facilmente pode acontecer. É necessário planificar um turismo que conserve o património natural e cultural, e evite a degradação decorrente da sua prática. Adotemos pois, uma prática de turismo sustentável que preserve o seu produto: a qualidade do ambiente.
Para quem optar por umas férias de contato com a natureza, deixamos algumas recomendações:
– durante a viagem tente apreciar as paisagens que as estradas secundárias e rurais proporcionam;
– evite usar o automóvel, ajuda a relaxar e a compreender as vistas, os sons, e os aromas da natureza;
– conheça antecipadamente os hábitos e a cultura da zona onde se vai instalar;
– integre-se na comunidade que o recebe – o “bom dia” e “boa tarde” não custam nada;
– documente-se sobre o património natural que o rodeia: geologia, floresta, rios, flora, fauna, etc.;
– vá adequadamente vestido: roupa cómoda e larga, calçado desportivo, chapéu, mapa/guia, mochila, creme protetor, binóculos, máquina fotográfica;
– respeite a natureza, as árvores, as plantas, os animais. Estes não devem sentir a sua passagem por aquele lugar, deixe-o como o encontrou;
– não corte flores, plantas ou ramos;
– ouça o silêncio.