mais Oeste

as pessoas como o campo, lindo.

         as pessoas como o campo, lindo.

Se alguém tinha alguma dúvida, mesmo como plano B, o Oeste nunca nos deixa ficar mal. Outra vez o Oeste surpreendeu-nos pela positiva. Mais; a caminhada na freguesia de Moita dos Ferreiros, em terras da Lourinhã, excedeu a melhor das expetativas. A justa medida em tudo, mas com uma dimensão cultural, não prevista, muito acima do melhor que se poderia supor. Assim se prova a enormidade cultural deste povo que, na prática, mostra o que se consegue quando uma comunidade local se motiva e mobiliza para um objectivo comum.

O dia não começou bem, o indesejável aconteceu: um casal amigo (de um amigo, o DNA desde grupo é “amigo trás amigo e amigo fica” – o campo provoca boas amizades) aguardou-nos na serra do Risco. O amadorismo e boa vontade às vezes não chega e este tipo de coisas pode acontecer. Os amigos compreendem-se e perdoam-se, é a isso que apelamos.

A pontualidade começa a ser uma boa, e surpreendente, prática do grupo; sobretudo quando os grupos são mais reduzidos como foi o caso. A alteração do local e previsão de nuvens cinzentas terá levado alguns a cometer o erro de não responderem à chamada. À primeira hora significativos são os sms de alguns, dos habituais, que não puderam estar mas que desejaram uma boa caminhada a todos os presentes. Não sabem eles a quem mas até a Teresa apareceu, imagine-se!

Depois do surpreendente edifício da Junta de Freguesia e da imponente e bonita igreja, após os primeiros passos, o anúncio do traço do dia foi feito. Interpicámos, na venda ambulante da boa fruta local e no tal pão comunitário, neste caso com chouriço. Diz quem provou (todos os outros) que estava uma delicia. Um verdadeiro reforço energético para os milhares de passos que iriam cumprir os 13 Km previstos e os 14 marcados no fim pelo gps.

De resto o oeste igual a si próprio. Nos pontos altos os moinhos, antigos e modernos. Espectacular é o conjunto de Moinhos de Pinhoa, vejam logo que possam – a escassos 35 min de Lisboa. Foi um ponto alto do dia.

Há hora certa, o almoço aconteceu, casualmente, noutro ponto alto, que no caso é um vale, o Santuário de Nª Senhora da Misericórdia. À parte o exagero da infra-estrutura e o discutível gosto, a Santa brindou-nos, no fontanário, com um recanto maravilhosamente ajustado ao pic-nic de um grupo de caminheiros. Para animar os mais entusiastas nem uma lenda, a dos “pezinhos”, faltou.

Repostas as forças foi rolar calmamente até Moita dos Ferreiros onde o melhor dos complementos nos esperava.

Primeiro o almoço da festa do Espirito Santo, no magnífico Centro Cultural, onde mais de 400 pessoas estavam reunidas em são convívio domingueiro. Depois o forno comunitário com quatro fornos de pão para todos os gostos. Uma lição de ação comunitária, cultura e tradição.

Uma lição de tudo!

Carlos A Cupeto, 19 de maio de 2013

Album fotográfico: https://picasaweb.google.com/109212587513581186400/RotaDosMoinhosEDoPao20052013?authkey=Gv1sRgCKH6ur3-7dS3Qw#

2 thoughts on “mais Oeste

  1. Sem dúvida que estes passeios são uma prática muito positiva e regeneradora.
    As Lindas Paisagens, Excelente Gastronomia e Gentes do Melhor são características deste País e deste Povo de que nos devemos orgulhar sempre e muito!
    Ter colegas e amigos como os organizadores e os que acompanham estes passeios é um enorme previlégio!
    Obrigada por estes momentos
    Bj

Adaptado de Esquire, de Matthew Buchanan