Mourão, um exemplo do interior com enorme potencial.
A maioria vive nas cidades do litoral e olha para o resto do país, para o interior, com um misto de curiosidade e desconhecimento; os que se atrevem a indagar, sobre o que é isto do interior, ficam muitas vezes surpresos. Surpresos porque o Portugal interior é fantástico.
O que nos falta no interior?
A biodiversidade, tem uma enorme densidade e diversidade, atinge padrões ímpares à escala da Europa, a história da Terra assim fez com esta parte da península seja particularmente rica em espécies, muitas delas já desaparecidas de outros territórios. O património construído é de uma rara beleza e retrata magnificamente a ocupação destas paragens pelo Homem desde tempos imemoriais. Culturalmente, desde as tradições e costumes até à gastronomia e ao cante, somos particularmente ricos.
Temos tudo o que há de melhor. E até as acessibilidades, indispensáveis para nos pormos rapidamente onde desejamos, são hoje excelentes.
O que nos falta então? Nada, não nos falta nada para sermos mais prósperos.
Ou falta-nos, quiçá, acreditar em nós e em todo o potencial de recursos de que dispomos? Falta-nos atitude.
Este, é pois, um território com imensas potencialidades. Com tantas parcelas positivas, como conseguimos então o “milagre” da pobreza, despovoamento e desertificação?
Se o turismo é uma oportunidade para o país, muito mais o é para o interior. E nesta matéria acrescentamos ainda, como todos o sabemos, as magnificas infra-estruturas que temos, designadamente, ao nível do alojamento.
O turista de hoje procura programas personalizados e de qualidade, que se traduzam numa maior seletividade dos consumos, na procura de uma melhor qualidade de vida, no maior interesse pelo meio e no crescente encontro de culturas. Isto é, um produto turístico à medida do Alentejo, onde é indispensável a participação ativa da população local. Resta ainda uma outra boa notícia, é que, pela qualidade e exclusividade que temos, o turista está disposto a pagar mais.
Que melhor oportunidade temos para aproveitar?